“Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema! Maranata” (1 Coríntios 16:22)
INTRODUÇÃO:
Caro
leitor, a fim de realçar a beleza e a glória do evangelho quero destacar os
ensinos dessa incrível declaração de Paulo no término dessa carta enviada aos
Corintos. Não estamos diante de radicalismo religioso, mas sim perante aquilo
que deve ser realidade. Não teve alguém tão glorioso, que envolveu tanto a vida
de Paulo, do que o Senhor! Não há outro Nome igual a esse Nome tão bendito! Se
chegássemos a qualquer um dos doze apóstolos e perguntássemos algo a respeito
do Senhor, certamente vocês veriam esses homens tremendo perante a majestade
santa. Para eles o Senhor era tudo, o resto era periférico. Na vida de qualquer
personagem bíblico o Senhor era o único e não o primeiro.
Não
fiquemos surpresos com uma declaração tão reveladora e perturbadora como essa
de Paulo. Houve razões óbvias que levaram Paulo a falar essas palavras no
encerramento de sua carta. Na igreja de Corinto havia problemas sérios de
pecado e confusão, e tudo começou porque os crentes estavam admirando,
idolatrando o homem; o problema sério do humanismo tinha penetrado ali e
trazido orgulho, vaidades e contendas no meio dos irmãos. Paulo em seu amor e
zelo pelo bem-estar espiritual da igreja termina sua carta mostrando que a
igreja verdadeira ama realmente a Cristo e vive por Ele. Cristo mesmo
reivindica esse amor do Seu povo, porque é o povo comprado com Seu sangue e que
está sendo preparado para a glória. Então,
olhando agora num aspecto individual, o amor a Cristo é algo que deve ser
esperado do crente; o Senhor não tolera um amor menor, dividido, porquanto é
Ele, somente Ele que deve ser amado e admirado por cada crente. Então, qualquer
um que professa ser crente, mas não ama o Senhor de coração; é mundano, carnal
e idólatra, certamente está na posição de um anátema, que significa “maldito de
Deus”. O leitor atento verá que a lição é reveladora e de grande utilidade para
nossos dias. Cercados como estamos de tantos ataques de satanás e de um mundo
tão envolvente, precisamos examinar esse verso profundamente em nosso viver, a
fim de que saibamos realmente o que Ele representa em nossas vidas dia a dia.
Antes
que entremos nos detalhes do texto em pauta, façamos uma sondagem profunda
nessa tão terrível declaração de Paulo. Que o Senhor use de misericórdia com
milhares em nossos dias conturbados e tão iníquos; que almas sejam acordadas e
humilhadas, a fim de saber qual é a sua condição perante Deus no momento, antes
que partam para a eternidade, para o castigo eterno. Realmente, o que Paulo
está querendo ensinar com essa declaração?
1. Paulo
lança uma profunda investigação em cada pessoa: “...se alguém não ama”. O
leitor pode perceber que Paulo não está apontando para esta ou aquela pessoa. A
afirmação hipotética é bem direta e intimamente confrontadora, porque vai
diretamente ao coração.
2. Paulo
faz uma afirmação singular com respeito ao amor ao Senhor. Ele não diz “também
ao Senhor”, mas “...ao Senhor...”. Estamos vendo isso em
nossos dias. Milhares estão afirmando que amam a Cristo, mas negam isso no
viver, porque amam o mundo e firmaram aliança com a iniquidade.
3. Paulo
não trata do amor referente ao amor de Deus (ágape). O amor de Deus é singular
e não há crente que possa amar o Senhor, assim como Ele nos amou. Paulo usa a
palavra grega “filos”. Filos trata de amor, sim daquele amor sentimental,
fraternal, que se submete ao amor maior, no caso o amor sacrificial de Cristo.
4. E
por fim, não há dúvidas que o Paulo está referindo à pessoa do Senhor Jesus, porquanto,
não podemos amar a Deus sem amar a Cristo, pois não há para nós outra revelação
de Deus, a não ser Seu próprio Filho.
Caro
leitor, venho lhe convidar a participar desses ensinos que perturbam nosso ego,
mas que nos leva à uma investigação acerca de nossa condição; precisamos saber
se realmente amamos o Senhor; que provamos em nossa vida o quanto somos gratos
por tudo e que vivemos aqui à luz desse infinito e santo amor: “...com
amor eterno eu te amei...(Jeremias 31:3)
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