terça-feira, 18 de março de 2014

“O ÚNICO DIGNO DO NOSSO AMOR” (1)




Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema!        Maranata” (1 Coríntios 16:22)
          INTRODUÇÃO:
         Caro leitor, a fim de realçar a beleza e a glória do evangelho quero destacar os ensinos dessa incrível declaração de Paulo no término dessa carta enviada aos Corintos. Não estamos diante de radicalismo religioso, mas sim perante aquilo que deve ser realidade. Não teve alguém tão glorioso, que envolveu tanto a vida de Paulo, do que o Senhor! Não há outro Nome igual a esse Nome tão bendito! Se chegássemos a qualquer um dos doze apóstolos e perguntássemos algo a respeito do Senhor, certamente vocês veriam esses homens tremendo perante a majestade santa. Para eles o Senhor era tudo, o resto era periférico. Na vida de qualquer personagem bíblico o Senhor era o único e não o primeiro.
         Não fiquemos surpresos com uma declaração tão reveladora e perturbadora como essa de Paulo. Houve razões óbvias que levaram Paulo a falar essas palavras no encerramento de sua carta. Na igreja de Corinto havia problemas sérios de pecado e confusão, e tudo começou porque os crentes estavam admirando, idolatrando o homem; o problema sério do humanismo tinha penetrado ali e trazido orgulho, vaidades e contendas no meio dos irmãos. Paulo em seu amor e zelo pelo bem-estar espiritual da igreja termina sua carta mostrando que a igreja verdadeira ama realmente a Cristo e vive por Ele. Cristo mesmo reivindica esse amor do Seu povo, porque é o povo comprado com Seu sangue e que está sendo preparado para a glória.   Então, olhando agora num aspecto individual, o amor a Cristo é algo que deve ser esperado do crente; o Senhor não tolera um amor menor, dividido, porquanto é Ele, somente Ele que deve ser amado e admirado por cada crente. Então, qualquer um que professa ser crente, mas não ama o Senhor de coração; é mundano, carnal e idólatra, certamente está na posição de um anátema, que significa “maldito de Deus”. O leitor atento verá que a lição é reveladora e de grande utilidade para nossos dias. Cercados como estamos de tantos ataques de satanás e de um mundo tão envolvente, precisamos examinar esse verso profundamente em nosso viver, a fim de que saibamos realmente o que Ele representa em nossas vidas dia a dia.
         Antes que entremos nos detalhes do texto em pauta, façamos uma sondagem profunda nessa tão terrível declaração de Paulo. Que o Senhor use de misericórdia com milhares em nossos dias conturbados e tão iníquos; que almas sejam acordadas e humilhadas, a fim de saber qual é a sua condição perante Deus no momento, antes que partam para a eternidade, para o castigo eterno. Realmente, o que Paulo está querendo ensinar com essa declaração?
1.      Paulo lança uma profunda investigação em cada pessoa: “...se alguém não          ama”. O leitor pode perceber que Paulo não está apontando para esta ou aquela pessoa. A afirmação hipotética é bem direta e intimamente confrontadora, porque vai diretamente ao coração.
2.      Paulo faz uma afirmação singular com respeito ao amor ao Senhor. Ele não diz “também ao Senhor”, mas “...ao Senhor...”. Estamos vendo isso em nossos dias. Milhares estão afirmando que amam a Cristo, mas negam isso no viver, porque amam o mundo e firmaram aliança com a iniquidade.
3.      Paulo não trata do amor referente ao amor de Deus (ágape). O amor de Deus é singular e não há crente que possa amar o Senhor, assim como Ele nos amou. Paulo usa a palavra grega “filos”. Filos trata de amor, sim daquele amor sentimental, fraternal, que se submete ao amor maior, no caso o amor sacrificial de Cristo.  
4.      E por fim, não há dúvidas que o Paulo está referindo à pessoa do Senhor Jesus, porquanto, não podemos amar a Deus sem amar a Cristo, pois não há para nós outra revelação de Deus, a não ser Seu próprio Filho.
         Caro leitor, venho lhe convidar a participar desses ensinos que perturbam nosso ego, mas que nos leva à uma investigação acerca de nossa condição; precisamos saber se realmente amamos o Senhor; que provamos em nossa vida o quanto somos gratos por tudo e que vivemos aqui à luz desse infinito e santo amor: “...com amor eterno eu te amei...(Jeremias 31:3)

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