“Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”
Romanos 6:23.
Os
verdadeiros crentes são exortados a fugir do mal; a desvencilhar do pecado que
de perto os rodeia (Hebreus 12:1); a aborrecer o mal e apegar-se ao bem
(Romanos 12:9); a andar em santidade em tudo, a fim de agradar ao Senhor (1
Pedro 1:15) e fazer tudo para a glória de Deus. Podemos ver nessas exortações
dadas ao povo de Deus o quanto os crentes passam por perigos provenientes da
carne. É fato que os crentes foram salvos, perdoados, santificados, feitos
filhos de Deus mediante o novo nascimento. Todos eles são amados porque são
agora participantes dessa nova criação (2 Coríntios 5:17), mas certamente estão
sujeitos aos ditames perigosos da carne, do mundo e do diabo.
Amado
leitor, não resta dúvida que o efeito do pecado é mais forte no crente que numa
pessoa que não salva. É lógico isso, pois o crente foi erguido pela graça, está
em pé, por isso é exortado a fugir de uma queda: “Aquele, pois, que está em pé
veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Tal verdade reveste-se de grande
importância para o entendimento cristão. Quem está caído não precisa temer uma
queda, e é essa a condição de alguém que ainda está no pecado. Mas o tombo de
alguém pode provocar sérios “ferimentos espirituais”. Foi por essa razão que
Paulo tomou as experiências do povo de Israel durante a jornada no deserto, a
fim de chamar a atenção da igreja de Corinto, devido ao estado de orgulho
inflamado no qual aqueles crentes estava.
No cap. 10
de 1 Coríntios, nos versos 7-10 ele mostra os quatro atitudes pecaminosas
reveladas pelos israelitas, mesmo diante de tanta bondade do Senhor em conduzir
Seu povo através do deserto. Foram estes: IDOLATRIA (verso 7); IMORALIDADE
(verso 8); OBSTINAÇÃO (verso 9) e MURMURAÇÃO (verso 10). Será que o povo salvo
que vive debaixo da maravilhosa graça está sujeito a estas mesmas atitudes
rebeldes? Claro! Notemos como Paulo toma as atitudes de Israel a fim de exortar
toda igreja de Corinto:
1) “Não
vos façais, pois, idólatras...”. Isso significa que a idolatria
perigosa está oculta nos desejos da carne.
2) “E não
pratiquemos imoralidade...”. Aquele povo queria no deserto dar vazão
aos anseios sexuais de forma ilícita, atraindo por isso o castigo do Senhor.
Nós os crentes não estamos imunes a essa maldade que tanto avassala nossa
sociedade hoje.
3: “Não
ponhamos o Senhor à prova...”. Israel não vivia satisfeito com a
provisão diária do Senhor, porque a saudade dos manjares egípcios queimava em
anseio e paixões. A religião falsa tem largamente promovido a decepção contra o
caminho estreito onde os crentes andam; a busca por direitos tem arruinado o
testemunho cristão em nossos dias.
4) “Nem
murmureis, como alguns deles murmuram...”. Notemos no texto que aquilo
que parece tão inofensivo e infantil não passa de ser uma brutal manifestação
de revolta contra a liderança e disciplina de Deus. Amado leitor, Deus trata
seu povo com séria disciplina, porque o povo Dele representa Seu Nome neste
mundo. Não brinquemos com o pecado, achando que pode ser posto tudo debaixo do
“tapete do esquecimento”. No tempo certo Deus tratará com a impiedade dos
ímpios, mas com Seus santos, Deus lida continuamente com disciplina a fim de
purificar Seu povo e manter distinta Sua glória.
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