:“...e eu o
ressuscitarei no último dia” (João 6:44)
GLORIOSA OBRA DA RESSURREIÇÃO VISTA NOS SALVOS:
Caro
leitor, vislumbremos juntos às maravilhas da ressurreição, porquanto os salvos
transmitem essas preciosidades da graça de Deus em Cristo. A vida celestial, a
vida que há somente em Cristo brilha aqui na terra por meio daqueles que foram
chamados da morte para a vida (João 5:24), que foram arrancados do império das
trevas e agora são participantes eternamente do reino de amor. Que o Senhor
abra os olhos dos meus queridos leitores, pois precisamos sair dessa esfera
passageira, cheia de vaidade e tão contaminada, a fim de desfrutar das riquezas
eternas, jamais vistas pelos poderosos e eruditos deste mundo.
Caro
leitor, o que os salvos transmitem aqui, não pode ser achado na mercadoria
religiosa deste sistema satânico de vida. Mesmo que o mundo tente imitar, suas
imitações serão desfiguradas logo pelas manifestações do pecado e das
corrupções do coração dos homens. As maravilhas da ressurreição são coisas
inauditas; são obras que jamais podem ser explicadas, pois é impossível para o
mundo entender essas coisas. A vida celestial conquista tudo pelo perdão. Não
há nos santos qualquer sinal de vingança, pois os crentes entendem tudo à luz
daquilo que receberam em Cristo (Efésios 4:32). O mundo age sempre com egoísmo
e jamais pode entender o que significa esquecimento das maldades feitas uns
contra os outros. O perdão dos santos, entretanto, está estribado na cruz,
porque tudo se firma naquilo que eles conheceram em Cristo: “...assim
como Cristo vos perdoou...” (Efésios 4:32). Como podemos entender um
Estevão sendo apedrejado e em plena agonia da morte ainda pedir ao Senhor para
não imputar aquelas maldades que os perversos cometiam contra um homem
inocente. Como pode isso? Só tem uma explicação e essa é vista naqueles que
compreenderam que foram abraçados pela doce misericórdia de um Deus que visitou
homens e mulheres, concedendo-lhes completo e eterno perdão (Salmo 32:1,2).
Caro
leitor, somente a vida celestial pode conquistar tudo pelo verdadeiro e genuíno
amor – o amor de Cristo nos salvos. Para isso não há explicação. O amor de
Cristo é a porta aberta de aceitação, de prontidão para perder tudo a fim de
mostrar as verdadeiras riquezas. Os santos nada têm a perder, por essa razão a
graça criou, como que, uma ponte de comunicação de amor, onde todos são
aceitos. O amor é fundamentado sempre na santidade, por essa razão há de
detestar o mal e apegar-se ao bem (Romanos 12:9). Nunca o amor agirá sem essa
santa discriminação. O amor que parte da vida que há em Cristo sempre
santificará tudo, jamais permitirá que qualquer maldade venha habitar em sua
presença, pois sabe bem o quanto só traz prejuízo. O Senhor Jesus jamais
poderia ter comunhão com Seus discípulos, enquanto um Judas – filho da perdição
continuasse ali presente (João 13:30,31). A igreja de Corinto jamais poderia
conhecer adoração e comunhão mútua, caso não expulsasse todo tipo de fermento
da maldade que já contaminava o ambiente ali (1 Coríntios 5).
Caro
leitor, a vida celestial que adorna o viver dos santos na terra trabalha sempre
em organizar um ambiente de luz e é nesse ambiente que tudo funciona de forma
adequada. A terra respira a atmosfera do céu e os santos de Deus estão no mundo
para isso. Onde habita a vida de Cristo o pecado sai, as maldades são expulsas
dali e todos respiram honestidade, amizade verdadeira e confiança. Tudo isso é
fornecido pela ressurreição, porque os filhos da ressurreição ainda estão no
mundo. Eles estão na imperfeição, ainda aguardam a ressurreição de seus corpos,
ainda gemem no íntimo, por causa do corpo de humilhação onde habitam (Romanos
8:23), mas são eles que exalam esse aroma do céu no ambiente onde vivem, santificando
tudo e todos. Veja José, pois o Senhor abençoou a casa do ímpio Potifar, com a
presença de um de Seus santos ali.
Mas é
triste dizer o quanto o pecado semeia um ambiente de morte! Toda essa alegria
banal do mundo logo evapora, porque onde habita qualquer pecado, ali habita a
morte.
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