“Por isso, ele
fez que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror” (Salmo 78:33).
DIAS DISSIPADOS NA VAIDADE:
Prezado
leitor vamos voltar nossa atenção de forma fervorosa ao texto em pauta. Tomemos
o exemplo de Israel como uma lição de seríssima advertência aos que hoje têm
tomada o curso da avareza, carnalidade e mundanismo. Parecia que eram
espirituais e cheios de fé, mas não passavam de zombadores, atrevidos e
rebeldes no coração. A resposta de Deus parecia ser de bênçãos, mas era o peso
atroz da Ira que caía sobre suas cabeças. É exatamente isso o que está
acontecendo em nossos dias, quando vemos milhares correndo em busca, não da
verdade, porém de favores materiais. Elementos gananciosos conquistaram seus
corações e estão sendo arrastados pelo engano de uma fé fraudulenta e de uma
espiritualidade enganosa.
Amigo
leitor, a verdadeira razão de nosso viver não se fundamenta naquilo que
recebemos de Deus. Não há qualquer promessa de que Deus há de prover aos homens
qualquer coisa além daquilo que Ele concede a cada dia. O erro fundamental
daquele povo no deserto foi achar que precisava mais do que Deus prometera dar,
por isso achava que estava passando fome, que Deus era cruel na liderança e na
provisão pelo deserto. Eles estavam tomados do orgulho e achavam que eram
especiais; agiam como crianças rebeldes, gritando e berrando querendo alguma
coisa.
Deus afirma
que o maior prazer, a bem-aventurança da vida é conhecê-Lo: “mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender,
e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça
na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9:24). Eis aí a diferença crucial entre o Deus verdadeiro e o
deus da imaginação fantasiosa dos evangélicos modernos. O Deus que guiava
Israel pelo deserto em nada era aceitável aos corações rebeldes que caminhavam
rumo à terra prometida. O caminho que o Deus santo preparou para os remidos era
insuportável para esses elementos carregados de egoísmo. O caminho dos remidos
está sob a observação de uma liderança disciplinadora e amorosa do Senhor, o
Deus que carrega o fardo do Seu povo e que sustenta de forma sábia Seus filhos.
Vejamos a linguagem Dele assim que chegou às margens do Jordão:
“Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná,
que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não
vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor, disso vive o homem.
Não se envelheceram as tuas vestes sobre ti, nem se inchou o teu pé, nestes
quarenta anos. Saberás, pois, no teu
coração que, como um homem corrige a seu filho, assim te corrige o Senhor teu
Deus (Deuteronômio
8:3-5). Veja amigo, como podemos conhecer o Deus verdadeiro pela linguagem com
a qual Ele mesmo comunica-se com Seu povo. O que aquele povo atrevido quis no
deserto, eles obtiveram, mas não foi o fruto da graça, da bondade e da provisão
normal de Deus. O que eles receberam foi um pacote cheio de prazeres que
reverteram em peso atormentador para os dias daquelas pessoas.
O Deus de Israel é o mesmo Deus e Seus atos seguem o mesmo
padrão. Com Seu povo remido, salvo, Ele age com misericórdia: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias de minha
vida...” (Salmo 23:6).
Mas com corações atrelados aos prazeres, que querem ordenar Deus; que recusam
submissão à liderança de Deus e ao reino Dele, certamente Ele age com justiça e
juízo. E quão amargo é receber nas mãos aquilo que parece bênção, mas que não
passa de Ira. Para o homem humilhado, caído perante Ele, o Senhor tem
maravilhosa misericórdia. Eis aí a verdadeira prosperidade! Eis aí o caminho
certo que pecadores devem tomar!
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