“Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas
a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor
não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia” MIQUEIAS 7:18-20.
UM SALVADOR INIGUALÁVEL: “Quem,
ó Deus é semelhante a ti...?
Caro
leitor, que desafio vemos nessa frase: “Quem, ó Deus é semelhante a ti...”!
Essa frase expõe a glória da tão grande e incomparável salvação, porquanto não
algo semelhante na terra. Não há como imitar isso, porquanto todo problema do
homem está em sua tremenda culpa perante Deus. Os homens vivem curtindo a
miséria do pecado neste mundo, não há como escapar disso e depois partem para o
sofrimento eterno. Mas a mensagem do evangelho vem notificar a todos que o Deus
ofendido perdoa todos os pecados. E o que é mais grandioso nessa mensagem é que
Seu perdão está vinculado ao Seu ser; não pode ser comparado ao perdão humano,
porquanto Ele não somente perdoa tudo, como também esquece. É exatamente essa a
mensagem da frase: “...e te esqueces da transgressão...”.
Caro
leitor creio que vale a pena examinar essa verdade de uma forma mais profunda,
segundo os ensinos pautados nas Escrituras. Como Deus pode perdoar e esquecer?
Como Deus pode olhar e encarar um culpado e declarar ser ele inocente? Como
pode Deus aceitar alguém como se nada houvesse acontecido? Não há perigo nisso?
Não estaria Deus manchando Seu Nome e Sua glória? Não estaria aceitando
criminosos e maliciosos no Seu reino? Ora, sabemos que em nosso caso podemos
até perdoar alguém que cometera algo errado contra nós. Mas mesmo que o
aceitemos em nosso convívio social fica marcada a suspeita de que essa pessoa
não mudou sua atitude e que novamente pode repetir sua maldade. Sabemos bem que
o próprio Deus assegura que é maldição confiar no homem (Jeremias 17:5), então,
como Ele mesmo pode confiar num traidor, transgressor, ofensor e idólatra? Como
poderá Ele admitir em Seu reino e em Seu santo convívio homens e mulheres que
provaram ser criminosos e malfeitores, que prontamente deram as costas contra
Deus a fim de seguir e servir ao pai da mentira (João 8:44)?
Mas
caro leitor, estamos lidando com Deus e não com homens. Estamos lidando com o
Santo e Justo Senhor. Lidamos com um Deus riquíssimo em misericórdia e poderoso
em graça para entrar em pleno território do pecado e lidar com o mal de uma
maneira incrível, invencível e milagrosa. Nesse terreno a mente natural não
pode entrar e vasculhar, porque para sua compreensão tudo não passará de
loucura (1 Coríntios 2:14). Ora, os homens não podem compreender a criação
original no Éden; não aceitam as maravilhas e simplicidades dos atos criadores
de Deus usando apenas Sua palavra, quanto mais quando está envolvendo a nova
criação, os atos gloriosos e milagrosos da graça.
Então,
mesmo sendo tão ínfimos somos desafiados a entrar pelas portas abertas dessa
casa da misericórdia. Sua luz é ofuscante para o homem natural, por isso ele
ficará do lado de fora queixando de Deus e desdenhando da verdade. Para que
entendamos o fato que Deus perdoa e esquece é importante que saibamos que Seu
perdão tem base de suficiente e perfeita justiça. O perdão de Deus não é um ato
momentâneo de Deus, quando Ele simplesmente resolveu perdoar pecadores, porque
ficou com dó deles. Deus jamais tratou nem tratará o pecado de forma leviana;
jamais passará por cima da injustiça e perversidade praticadas contra Ele e
contra Seu reino. Mesmo entre os homens podemos achar um sistema justo de
perdão que pode ilustrar o que quero expor aos meus leitores. Sabemos o quanto
é prejudicial um perdão dado sem qualquer base; sabemos o quanto é perigoso
estender um perdão sem que haja um ato de justiça e pagamento. José não
estendeu seu perdão aos seus irmãos, sem que antes eles fossem experimentados e
mostrassem que tinham se arrependido das maldades cometidas anteriormente
contra José e contra Jacó.
Meu
caro leitor, você foi perdoado com o perdão de Deus?
Nenhum comentário:
Postar um comentário