Deus é um! Suas obras e Seus caminhos são um! Tanto as Suas leis para a terra quanto as para o céu estão registradas no mesmo Livro. Diante de Deus, o natural e o espiritual não entram em conflito. Perniciosa e imaginária é a distinção que se faz entre o secular e o sagrado.
Cremos em Deus tanto para o presente quanto para a eternidade, tanto para a terra quanto para o céu, tanto para o corpo quanto para a alma. Longe de qualquer homem honesto está o confinar a sua fé em Deus apenas aos assuntos misteriosos e impalpáveis, excluindo-a dos interesses imediatos e das provações diárias da vida. Somos ensinados pelo nosso Grande Mestre a orar ao Pai celestial: “Venha o teu reino;” sendo que na mesma oração está inclusa a petição: “Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia.” Confiar ao céu os grandes cuidados e deixar os menores na descrença seria tão insensato quanto se comprometer a cuidar da casa de um vigia e esquecer uma janela aberta.
O que é pouco? O que é insignificante? Não existe isso na vida de um homem sábio que anseia por fazer o que é correto. Não mesmo! Nós devemos manter a fé sempre presente e disponível para todos os momentos como uma casa limpa, cujos móveis estão lustrados e as compras estão feitas, pois se o nosso sustentáculo está disponível apenas para as grandes ocasiões, poderemos estar completamente despreparados para os males que vêm de surpresa. Ora, “O justo viverá da fé!”
A fé não é um casaco que só usamos quando vamos para alguma reunião, mas uma vestimenta diária. A fé deve ser compreensiva, presente em todas as horas e sempre em operação. Ela é fundamental para todos os momentos, necessidades e contínuos perigos da vida. Da forma como a espada do querubim impede todos os caminhos de entrada para o Éden, assim também a fé guarda a alma do avanço dos inimigos, não importando de que ponto da bússola eles venham.
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