“Mas com inundação transbordante, acabará de uma vez com o lugar desta cidade; com trevas perseguirá o Senhor os Seus inimigos” (Naum 1:8).
Prezado leitor tenho mostrado que Deus aprisiona Seus inimigos nas trevas. Milhares e milhares vivem assim, não percebem que estão aprisionados e são levados nessa prisão para as trevas exteriores. Preciso ampliar esse assunto tão desconhecido, mas tão importante para nossos dias.
Nas trevas onde estão aprisionados, os inimigos de Deus desfrutam de um gostoso colchão espiritual, a impressão de bem-estar cerca seus corações e adorna o viver de orgulho. Cegados na alma as multidões não conseguem ver os perigos ao derredor. Há um verdadeiro prazer no lugar onde estão e não querem sair dali. Cercados de uma atmosfera enganosa e sedutora, homens e mulheres fogem da luz e odeiam a luz. Como diz Jó: “...para eles a profunda escuridão é a sua manhã; porque são amigos das trevas espessas” (Jó 24:17). Sob o domínio do pecado um ambiente de trevas é maravilhoso para os inimigos de Deus. Nas trevas tudo parece oculto e não há qualquer sinal da presença de Deus. Nas trevas homens e mulheres acham que passam despercebidos; que a vida há de continuar assim, que o amanhã será melhor e que a morte será um verdadeiro descanso. Nas trevas tudo é descanso, paz, calma e é o lugar onde o príncipe das trevas consegue se disfarçar e apresentar aos homens como anjo de luz.
Veja caro leitor como os judeus sentiam o conforto das trevas. Eles queriam Jesus como alguém que lhes proporcionasse mais conforto dentro das trevas. Queriam tê-Lo como rei se usasse Seus poderes miraculosos para dominar os inimigos romanos e fazer da nação judaica um povo que sobrepujasse em tudo seus inimigos. Queriam Jesus, mas não queriam a luz da verdade! Queriam um profeta, mas não o Filho glorioso de Deus! Quando a verdade eterna, proveniente dos lábios do Grande EU SOU brilhou perante seus olhos incrédulos e descobriu a triste condição deles, então brotou a fúria dos seus corações pervertidos e assassinos, por isso pegaram em pedras no intuito de eliminar o Rei da glória, de uma vez por todas. Para eles foi odiosa a verdade de que eles não eram filhos de Deus, mas sim do diabo (João 8:44). Não podiam tolerar que estavam destinados à perdição eterna e não à companhia de Abraão (João 8:39); que não passavam de pobres escravos do pecado (João 8:34).
Meu caro leitor veja bem como o Senhor persegue Seus inimigos com trevas, aprisionando-os ali, porque é o lugar onde eles gostam e se sentem bem. Notemos como após a morte e sepultamento de Cristo a população de Jerusalém estava tranquila e dormia um profundo sono da apatia espiritual. Ora, na mentalidade enganosa deles aquele impostor estava morto e agora estavam em paz, podendo assim desfrutar da liberdade de viverem e continuar prosseguindo seus caminhos da mentira e das paixões carnais. Mas, quando o Espírito de Deus desceu e os apóstolos começaram a pregar (Atos 2), o horror ficou estampado nas faces dos líderes religiosos, porque aqueles crentes afirmavam que Jesus estava vivo, tinha ressuscitado dentre os mortos. Que verdade aterrorizante para milhares que amavam as trevas e não queriam contemplar a luz!
Quantos agora estão buscando maior conforto nas trevas! Quantos nestes dias apóstatas e malignos estão aptos para ouvirem mensagens agradáveis, que aliciam suas paixões! Quantos estão fugindo da verdade revelada, porque odeiam a verdade conforme nos foi revelada na Palavra! Caro leitor, quão terrível é o coração endurecido no engano! Quanto ódio e desprezo ao Senhor e à Sua Palavra!
Mas, eis que o Senhor e Salvador veio ao mundo para buscar perdidos! Ele entra nesse império de mentiras e maldades e chama pecadores da morte para vida, das trevas para a luz! Que misericórdia desse Deus! O que nós merecemos? Fomos atrevidos e rebeldes contra Ele, mas mesmo assim Ele aprouve salvar perdidos! Então, que momento maravilhoso para um ambiente de humilhação! Quando homens e mulheres estão caídos em quebrantamento é o momento do Senhor agir em Sua graça para salvar!
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