“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (Daniel 12:3)
AS GRANDES ESTRELAS DA ETERNIDADE: “... e os que a muitos…”
Nosso foco agora está na frase: “...e os que a muito conduziram à justiça…”. Enquanto a primeira parte nos conduziu mais à doutrina, mesmo que obviamente traz consigo um efeito prático, a segunda parte nos envolve ao serviço. É claro que quando trata de justiça, vemos que logo emerge um assunto que trata de uma das mais poderosas doutrinas que tocam na salvação do crente. A doutrina da justificação resplandece como estrela em toda extensão das Sagradas Escrituras, mostrando o real significado da salvação bíblica. Esse é o ensino que Paulo usa para fundamentar todo ensino da maravilhosa carta aos Romanos.
O que é a salvação bíblica? A resposta é simples: “É a justiça de Cristo no homem salvo”. Mais do que isso, a justiça tem um efeito tão poderoso na vida de um crente que ele recebe o mesmo nome dado a Cristo – justo. Esse ensino declara que o homem para ser aceito por Deus ele deve estar revestido da justiça de Cristo, exatamente o que ocorre na salvação de alguém, pois os trajes imundos são tirados e ele é revestido da perfeita Justiça de Cristo, a qual o torna mais alvo que a neve, sendo assim aceitável. Veja bem, porque precisamos nos afastar da justiça própria, a qual aparece bem togada e disfarçada. Todo evangelho que contém uma gota de mentira, ele está impulsionado pela justiça própria.
A Justiça imputada ao crente será vista no viver, porque doravante será “Cristo em vós”. Por essa razão o mundo logo percebe que o sistema de vida do crente difere do viver de qualquer pessoa neste mundo. O mundo tem seu padrão de justiça e tende a brilhar em muitas pessoas. Mas focamos nossa atenção em “Cristo em vós” porque é a perfeita justiça de Cristo aparecendo no modo de vida do salvo. A justiça do homem natural sempre está manchada e sem qualquer ligação com o céu. Mas a justiça do crente vem do mesmo Senhor que o mundo o condenou e ordenou que fosse crucificado. Essa verdade deixa o mundo em agonia.
Mas note que o Senhor sempre orientou Seus discípulos que eles seriam perseguidos por causa da justiça. O mundo realmente odeia a Cristo, então se alguém está revestido da justiça Dele, então é óbvio que o mundo não vai tolerar isso. Saulo de Tarso era tão convencido da sua autojustiça que passou a perseguir os cristão, até achar o “importuno Nazareno”. O Senhor Jesus fala também de perseguição por causa do nome Dele.
Tudo isso expressa uma só verdade, que os crentes foram justificados na salvação e agora expõem essa justiça de Cristo por meio do viver deles. Oras, Paulo expõe esse assunto no magnifico capítulo 6 de Romanos. Ele diz no verso 18 que os crentes ressuscitaram com Cristo para doravante servir a justiça. Como podemos definir a salvação bíblica, senão que ela é revestida de justiça. Como Deus apresenta a vida aqui? Em forma de justiça. O que é o pecado, senão uma oposição à justiça, por isso os crentes são exortados a odiar a iniquidade e amar a justiça. O que é o evangelho bíblico? É puramente justiça. O que é a vida normal do crente na terra? É servir a justiça em todos os mínimos e máximos detalhes. O que é santidade? É um viver prático de justiça. O que o mundo precisa ver? Não é exatamente a perfeita justiça de Cristo em nós? Claro! Justiça perfeita é vista no Homem perfeito – Jesus. Para que alguém seja justo é preciso que esteja ligado a Ele nessa justiça e assim o justo viverá da fé.
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