“Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)
HÁ UMA CONVOCAÇÃO ESPECÍFICA: “Buscai ao Senhor vós todos os mansos da terra…”.
Na página anterior procurei mostrar o que acontece quando Deus ordena que homens busquem ao Senhor. Lembremos bem que quando Deus ordena, então tudo acontece. Estamos lidando com o Deus que é soberano em salvar e não salvar, pois é livre em agir com compaixão com quem Ele quiser, conforme aprendemos em Romanos 9:15, num texto extraído de Êxodo, quando Deus fala acerca do arrogante Faraó. Vamos então estabelecer a base certa. O texto em Sofonias 2:3 mostra a graça soberana em ação, em meio aos atos punitivos de Deus, na ira Dele contra as nações.
Sem dúvida desperta na mente a questão sobre a fé. Ela é a parte do homem? É sim! O sinal claro que a pessoa está buscando a Deus é a fé. Numa forma verbal temos em João 3 a frase: “Para que todo o que Nele crê…”. Veja a fé em pleno exercício, pois conforme o texto original significa “o crente”. Simplificando, podemos afirmar que quando Deus ordena: “Buscai ao Senhor”, então, a fé entra em plena ação. Como assim? Pode o homem crer em Deus a ponto de buscá-lo? Naturalmente não, porque precisa de uma ação da parte do próprio Deus. Deus em toda sua obra só lida com material dele mesmo e nisso Ele é glorificado.
No Salmo 136:4 o Salmista exclama em louvor: “Ao único que opera grandes maravilhas, porque a sua misericórdia dura para sempre”. Veja como as Escrituras dão ênfase a essa verdade da soberana ação de Deus na salvação. Quando Deus ordena pecadores a buscá-lo, imediatamente essa palavra ativa a vida no homem morto. Se a vida está em Cristo, então não há vida no homem caído em Adão. Se há vida apenas no Autor da vida, então dele é que vem a fé. Que grande obra vivificadora! Que ação maravilhosa do Deus triuno na tão grande salvação, pois o Pai escolheu, o Espírito Santo vivifica e o ato do Filho é salvar, como dia a mensagem de um antigo hino:
“Amavas-me Senhor, no fundo do meu peito
brilhou a doce luz do meu consolador.
E com promessas mil do teu amor perfeito,
nasceu em mim a fé em que hoje me deleito”
Prazer por Deus no homem natural? Jamais! Como o homem há de buscar as misericórdias de Deus se jamais viu seus pecados? Como cairá perante o Senhor se em Adão rendeu ao diabo e ao pecado? Como terá prazer por ser santo no viver quem ama e busca o pecado continuamente? Notemos bem que não está tratando de assunto religioso, de gostar desta ou daquela igreja, ou mesmo deste ou daquele pastor. A ordem vinda dos lábios graciosos do Senhor é “buscai ao Senhor” e para isso o poder de Deus deve entrar em ação. Quem pode contra essa soberana vontade? Ninguém. Nem os homens nem os anjos.
Da parte dos homens o que deve haver? A resposta é simples, porque o homem natural deve saber que resistir orgulhosamente a Deus é cavar sua própria sepultura e afunda mais ainda para o abismo. Perante Deus todos devem se humilhar, cair perante Sua verdade revelada; saber que o Senhor reina e que se Ele quiser há de salvar, caso contrário não vai salvar. Mas quando o homem se humilha, Deus volta Seu olhar compassivo para ele e poderá chamá-lo à salvação que há no Filho.
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