terça-feira, 20 de julho de 2021

Tema: “O PERIGO DA AVAREZA” (6)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.

O que vemos no texto é o Senhor apresentando a verdade quanto ao que significado do viver aqui. Ele deixa claro que a vida não consiste na abundância de bens que possui. Os crentes se impressionam com o fato que durante a vida no pecado eles eram levados por essa mentalidade mundana, como esse deus mamon tinha uma tremenda influência no modo de pensar e agir. O amor ao mundo e os interesses de usufruir de todos os prazeres terrenos facilmente tomam posse do estilo de vida em todos os aspectos.

        Olhando superficialmente, nada disso mostra ser ilícito. Todos os que trabalham honestamente têm o direito de usar daquilo que ganhou e viver bem. Nada há de errado. O que ocorre é que o poder, as ambições terrenas e desejos por possessões nos fazem tropeçar e nos levar a distanciar de Deus. Foi assim em Israel nos dias do rei Uzias, porque naqueles anos do seu governo houve crescente prosperidade na nação e isso em nada colaborou espiritualmente para o bem daquele povo, pelo contrário, o que houve foi um orgulho prevalecente que puxou os juízos de Deus sobre Israel.

        Notemos como o mundo transmite esse espírito de guerra por possessões. Foi isso o que o Senhor enfrentou com aqueles homens que Ele intermediasse a causa deles quanto à herança. Eis aí o mundo como realmente é em sua ocupação com as riquezas. Meus pais morreram e deixaram para nossa família uma casa simples, de pouco valor que seria dividido para treze irmãos. Mas bastou um da família que queria brigar e lutar a fim de ficar com tudo, porque achava ser ele o mais querido por nossos pais. Felizmente prevalece a lei com justiça e ele teve que ficar com a mesma porção que todos tiveram. Na história da raça caída o que prevalece é a luta por poder, fama, riquezas, honras, domínio, etc. e diante de tudo isso prevalece a maldade, a briga entre outras atividades perversas. Notemos como os desejos insanos de Esaú por bênçãos vindas do seu pai eram para que ele fosse próspero materialmente. Porque Jacó entrou para impedir a posse das “bênçãos” ele estava pronto para matar seu irmão, assim que Isaque viesse a falecer. Percebemos que não há nada que possa arrancar esse maldito deus do coração, a não ser pelo poder da graça salvadora.

        Sendo que a avareza é um pecado que oculta-se no coração do homem, pode enganar o pecador de forma que ele ache que não tem tal pecado. A avareza se manifesta, dizendo que tem seus direitos, mesmo que venha custar caro no sofrimento alheio. A avareza leva a um endurecimento tal que todo sentimento natural é arrancado pela raiz. O amor natural desaparece como um sopro é suficiente para arrancar as pétalas de uma flor diante do poder e incrível força da avareza. Notamos na vida de Geazi (2 Reis 5) como essa impulsão de desejos insanos tomaram suas emoções, vontade e desmanchou todo temor, assim que viu a oportunidade de ser rico à frente e sua decisão lhe custou muito caro, assim como ocorreu com Judas. Os crentes em Cristo são também puxados por esse insano desejo que está agarrado à carne, por essa razão Deus lhes cerca, impedindo que eles caiam nessa infâmia. Não fosse a intervenção de Deus Balaão teria ido com todo afoito amaldiçoar Israel que estava acampado no território moabita, e tudo por causa de promessas de riquezas (Números 22).

        Amado leitor, notemos como está o mundo atual, movido pela poderosa força depravadora da soberba. Notemos como tem aumentado o número de ladrões, infames, vis, capazes de matar e destruir, a fim de roubar o que os outros adquiriram com trabalhos e justiça. Satanás é o supremo avarento, pois seu desejo de ser igual a Deus é posto no coração de cada ser humano e tal desejo erguido em força destruidora e aterrorizante. Era assim que vivia os caldeus, conforme a narrativa do pequeno livro de Habacuque, mas Deus extirpou da face da terra aquele povo, cujo objetivo eram implantar o terror.


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