“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.
É claro que nosso Senhor deixou
no texto a ilustração do homem rico e avarento. Não busquemos satisfazer nosso
orgulho, achando que estamos livres desse perigo, porque isso ronda a vida de
qualquer crente. Mas devemos tomar aquela ilustração, a fim de que saibamos o
quanto a avareza constitui um laço mortal para a alma descuidada e dela brota
outros hediondos e vis pecados odiados por toda sociedade, como o roubo, por
exemplo. Uma senhora de idade, querendo mostrar ao neto o perigo da avareza e
do desejo de possuir o que é dos outros, ela tomou uma agulha e furou a mão de
um lado para outro. Foi doloroso sim, mas creio que ficou bem marcado na mente
do seu neto. Não brinquemos com isso, porque é certo que tal pecado, feito com
prazer e na disposição de um coração perverso, realmente é armadilha infernal.
Eu sei que poderei entrar
em repetições aparentemente desnecessárias ao examinar o texto. Mas creio que
repetições de assuntos tão sérios e momentosos são benvindos para nós nestes
dias tão impregnados de amor ao dinheiro. Temos lidado com elementos que têm
aproveitado para arrancar os bens alheios. Muitos hoje têm inventado doenças e
passado à sociedade a ideia de que eles são vítimas e que precisam de ajuda.
Muitos moços dominados pelas drogas se tornam verdadeiros ratos na arte de
roubar. Muitos são os elementos perigosos, os quais tomam o nome de pastores e
evangélicos, a fim de buscar enriquecimento de forma ilegítima. Conversei com
um pai de um moço que entrou numa entidade evangélica e ali se tornou
milionário. Aquele pai estava super feliz com a condição financeira do filho,
mas sinceramente fiquei chocado. Um pastor milionário devido a posição de
pastor? Não é algo normal.
Estou dando esses exemplos
apenas para mostrar o quanto a avareza toma uma forma terrível e aterrorizante.
No texto nosso Senhor se depara com a briga entre irmãos por causa da avareza.
Que diferença a atitude de Abraão com relação a Ló. O homem de Deus deixou Ló
escolher o que ele achava ser o melhor lugar para seus pastores apascentar e
cuidar do rebanho. Ali estava um homem manso e é nesse espírito de mansidão que
Abraão viveu até o fim de sua vida. O que ocorreu com aquele homem da história
é exatamente o que acontece com todos os que simplesmente confiam no homem.
Notemos bem que ele
confiava nele mesmo, em sua esperteza e em sua arte de ajuntar dinheiro. Veja
bem que ele era rico para si mesmo; seu amor estava em ajuntar tesouros nesta
vida, porque para ele esse era o real significado de viver. Ele não era um
preguiçoso, mas todo seu esforço era tão virulento no pecado quanto a preguiça,
porque ele não amava Deus, conforme ensina a lei. E é aí que está oculto o
misterioso deus mamon. Ou Deus é amado acima de tudo ou o homem está no caminho
tortuoso. Ou o homem dá a Deus todo louvor, glórias e honras, vivendo em
piedade e santo temor, ou ele é tão vil e perverso quanto qualquer outro
pecador. Enquanto um homem desse é chamado de inteligente e capaz, Deus o chama
de “louco”. Enquanto ele ajuntava e preparava bem para um viver confortável e aprazível
aqui, eis que cegamente não podia ver os perigos mortais e eternos que rondavam
sua alma.
Não é assim que vivem
milhares dominados pelo amor ao dinheiro neste mundo?
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