terça-feira, 27 de julho de 2021

“O PERIGO DA AVAREZA” (9)

 


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.

        É claro que nosso Senhor deixou no texto a ilustração do homem rico e avarento. Não busquemos satisfazer nosso orgulho, achando que estamos livres desse perigo, porque isso ronda a vida de qualquer crente. Mas devemos tomar aquela ilustração, a fim de que saibamos o quanto a avareza constitui um laço mortal para a alma descuidada e dela brota outros hediondos e vis pecados odiados por toda sociedade, como o roubo, por exemplo. Uma senhora de idade, querendo mostrar ao neto o perigo da avareza e do desejo de possuir o que é dos outros, ela tomou uma agulha e furou a mão de um lado para outro. Foi doloroso sim, mas creio que ficou bem marcado na mente do seu neto. Não brinquemos com isso, porque é certo que tal pecado, feito com prazer e na disposição de um coração perverso, realmente é armadilha infernal.

        Eu sei que poderei entrar em repetições aparentemente desnecessárias ao examinar o texto. Mas creio que repetições de assuntos tão sérios e momentosos são benvindos para nós nestes dias tão impregnados de amor ao dinheiro. Temos lidado com elementos que têm aproveitado para arrancar os bens alheios. Muitos hoje têm inventado doenças e passado à sociedade a ideia de que eles são vítimas e que precisam de ajuda. Muitos moços dominados pelas drogas se tornam verdadeiros ratos na arte de roubar. Muitos são os elementos perigosos, os quais tomam o nome de pastores e evangélicos, a fim de buscar enriquecimento de forma ilegítima. Conversei com um pai de um moço que entrou numa entidade evangélica e ali se tornou milionário. Aquele pai estava super feliz com a condição financeira do filho, mas sinceramente fiquei chocado. Um pastor milionário devido a posição de pastor? Não é algo normal.

        Estou dando esses exemplos apenas para mostrar o quanto a avareza toma uma forma terrível e aterrorizante. No texto nosso Senhor se depara com a briga entre irmãos por causa da avareza. Que diferença a atitude de Abraão com relação a Ló. O homem de Deus deixou Ló escolher o que ele achava ser o melhor lugar para seus pastores apascentar e cuidar do rebanho. Ali estava um homem manso e é nesse espírito de mansidão que Abraão viveu até o fim de sua vida. O que ocorreu com aquele homem da história é exatamente o que acontece com todos os que simplesmente confiam no homem.

        Notemos bem que ele confiava nele mesmo, em sua esperteza e em sua arte de ajuntar dinheiro. Veja bem que ele era rico para si mesmo; seu amor estava em ajuntar tesouros nesta vida, porque para ele esse era o real significado de viver. Ele não era um preguiçoso, mas todo seu esforço era tão virulento no pecado quanto a preguiça, porque ele não amava Deus, conforme ensina a lei. E é aí que está oculto o misterioso deus mamon. Ou Deus é amado acima de tudo ou o homem está no caminho tortuoso. Ou o homem dá a Deus todo louvor, glórias e honras, vivendo em piedade e santo temor, ou ele é tão vil e perverso quanto qualquer outro pecador. Enquanto um homem desse é chamado de inteligente e capaz, Deus o chama de “louco”. Enquanto ele ajuntava e preparava bem para um viver confortável e aprazível aqui, eis que cegamente não podia ver os perigos mortais e eternos que rondavam sua alma.

        Não é assim que vivem milhares dominados pelo amor ao dinheiro neste mundo?

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