“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.
Para finalizar creio que
devemos por nossos olhos no texto para examinar as palavras ditas por aquele
homem rico, porquanto essas palavras expressam exatamente o perfil de um
avarento, cujo coração é dominado pelo amor às riquezas. Quando ele diz: “Que
farei?”, estava revelando que ele mesmo era deus. É assim que age o homem
governado por esse ídolo oculto. Os homens assim sempre têm seu ídolo
preferido, um tipo de divindade inventada no coração, mas qualquer ídolo é uma
forma de manifestar seu egoísmo e desejo de fazer o que bem quer na vida. O
avarento não conhece o Deus da bíblia, ele conhece a si mesmo e acha que é ele
o centro de tudo, porque foi ele quem trabalhou, lutou e conquistou. Vemos isso
na vida de Nabal (1 Samuel 25), porquanto ignorou o pedido de Davi para enviar
suprimento para eles, não obstante o fato que Davi com seus homens cuidou de
tudo o que pertencia a ele. Nabal era um homem duro, egoísta e avarento. Não fazia
parte de sua vida ajudar os outros que precisavam, mas estava pronto a gastar
consigo mesmo e seus prazeres.
O “que farei?” aparecerá de
uma forma ou de outra na vida de todos os homens dominados pelo amor ao
dinheiro. Ele poderá até ajudar alguém aqui ou ali, dar uma oferta boa numa
igreja, mas ele tem em vista buscar sucesso para si. O homem avarento não busca
Deus, pois não crê que é um administrador dos bens de Deus na terra. O avarento
não tem intenção de perder o que tem, por isso não quer saber de que a morte
virá a qualquer momento para tirar dele tudo, como ocorreu com o ricaço Nabal
(1 Samuel 25). Não há no avarento o culto ao Deus que dá e que toma, como
ocorreu com Jó. O avarento pensa na vida aqui, como pode ajuntar mais, a fim de
usufruir mais. O avarento se gaba dos seus esforços e serviço, por isso não
pode cultuar ao Senhor. Deus está fora do culto do avarento, a não ser que
apareça proposta de melhores lucros.
Então, veja na história do
rico avarento, pois logo fazer o culto a si mesmo: “que farei?”, ele passa a
tomar tudo o que tem para si. Nada dele é erguido em honras ao Criador e
Senhor: “Meus frutos”. O avarento não pode divisar o Deus invisível, porquanto
seu deus é visível, ele vê a si mesmo e toma tudo para si e esse é um estado
perigosíssimo para a alma, porquanto é afrontar Deus, é tirar Dele a glória que
lhe pertence. Deus sempre conduz Seu povo de tal maneira que lembre bem em
humildade que nada lhe pertence; Deus sempre livra Seu povo dos interesses egoístas
e arrogante no querer as coisas para si.
Em Deuteronômio 26 vemos
como Deus orienta o povo Dele a tomar as primícias daquilo que eles ganhavam a
fim de confessar que eles nada mereciam e adorar a Deus como doador de bênçãos
materiais. A falta de confiança plena em Deus gera egoísmo, maldade, ausência
de temor e outros atos perversos. O amor aos bens deste mundo arrasta milhares
à perdição, porque no íntimo propositalmente é um abandono ao Senhor. O
capítulo 28 de Deuteronômio mostra como Deus mesmo está pronto para transformar
prosperidade em miséria, saúde em desgraça física e alegria tristeza e horror,
tudo por causa da avareza.
Amigo, cuidado com essa
divindade criada no coração – o deus mamon, porquanto esse deus leva o homem à
miséria e ao inferno. Cristo veio ao mundo libertar homens e mulheres desse
sistema escravizador tão visto no mundo, especialmente em nossos dias. Quando a
avareza cumpre seu maligno serviço, eis que o céu fica encoberto e o culto a
Deus é abandonada, assim como estamos presenciando em nossos dias.
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