quinta-feira, 22 de julho de 2021

“O PERIGO DA AVAREZA” (8)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.

        Examinemos as atitudes que revelam o avarento. Notemos como é apegado aos bens desta vida e nunca tem nada para oferecer a Deus em atitude de louvor e gratidão: “Trazei oferendas...”. O avarento não é dizimista, pois sempre está guardando o que é de Deus. Usando severas palavras, como Deus usa em Malaquias, o avarento rouba de Deus e desafia o governo justo e santo do Senhor. O avarento de vez em quando vai ao seu cofre e pega uma oferta para levar à casa de Deus e diz que aquilo é o dízimo dele. O avarento teve sua mente convertida, mas não seu bolso e pode esperar que o trabalho de Deus não há de contar com ele. Se fosse um Israelita, o avarento deixaria os levitas e sacerdotes passarem fome. Onde estão os tesouros do avarento? É fácil saber porque o coração dele está em seu tesouro. Veja o que ele faz e o que ele fala com mentiras religiosas e suas tentativas de subornar Deus.

        Nosso Senhor logo usa a ilustração do homem  avarento e nem devemos acreditar que seja uma parábola, porque o Senhor, sendo Deus contou algo que realmente aconteceu para nos alertar sobre o fato que a avareza está presente e como ela dá um empurrão para o inferno. Aquele homem era um esperto e sábio, do ponto de vista mundano. O mundo está lotado de homens assim. Um amigo meu contou acerca de um fazendeiro que quando ia depositou dinheiro em sua conta no banco conseguia passar por mendigo, ficando à porta do banco para que as pessoas lhe dessem esmola e o que ele ganhava era adicionado ao que já tinha. Um avarento nem sempre rouba, muitos são trabalhadores honestos, aplicados em adquirir riquezas. Eu mesmo conheci alguém assim, esperto e aproveitador, pois comprou muitas terras e investiu em pastos para seu gado, esquecendo do povo da cidade que tanto precisava de trabalhos. Qual foi o final de sua vida? Morte trágica num acidente com seu carro.

        Não há nada de errado num serviço e no acúmulo de riquezas, o perigo jaz no coração avarento. Boaz foi um homem rico, dono de campos nos quais plantava, mas nota-se no texto do livro de Rute o quanto sua produção beneficiava a muitos e até mesmo servia as pessoas pobres, como fez com Rute. Nosso Senhor atacou os famigerados ricaços de Israel, os quais ajuntavam tudo para si (Isaías 5), esquecendo que o Senhor tem o controle de todas as coisas. O homem rico da história contada por Cristo, para o mundo era um elemento esperto, capaz e sábio, pois se preparou para uma aposentadoria abastada. O Senhor o chamou de “louco” e não de sábio. Qual foi sua loucura? Ele preparou bem para seu viver físico e esqueceu de sua alma. Nota-se no texto o quanto estava enganado quanto às necessidades vitais da sua alma, pois queria conceder à alma comida, bebida e divertimentos, quando naquela noite sua alma seria chamada à morte.

        O amor aos bens mundanos tem levado milhares para o inferno. É impossível amar as riquezas e seguir a Cristo ao mesmo tempo. Não adianta alguém dizer que é salvo e irá para o céu, se no coração for amante do dinheiro. Não há como servir ao Senhor se as mãos estiverem agarradas a esse ídolo. Como podemos esquecer do homem rico que foi a Cristo querendo saber como herdar a vida eterna? Ele era um avarento que queria encobrir suas maldades tentando pagar para entrar no reino. Mas o Senhor foi direto ao seu coração e ali pôs o dedo no ídolo. Nosso Senhor estava como que dizendo que se ele quisesse entrar no reino, aquele ídolo deveria ser arrancado do coração. Ele provaria isso com toda disposição para dar tudo o que tinha. Veja bem que os atos certos devem vir do coração e não da mera aparência religiosa. Os avarentos querem manipular Deus, estão prontos a trabalhar ativamente numa religião, mas são duros e obstinados contra o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Os avarentos são elementos condenados à punição eterna com seu ídolo preferido.


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