“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.
Examinemos as atitudes que
revelam o avarento. Notemos como é apegado aos bens desta vida e nunca tem nada
para oferecer a Deus em atitude de louvor e gratidão: “Trazei oferendas...”. O
avarento não é dizimista, pois sempre está guardando o que é de Deus. Usando
severas palavras, como Deus usa em Malaquias, o avarento rouba de Deus e
desafia o governo justo e santo do Senhor. O avarento de vez em quando vai ao
seu cofre e pega uma oferta para levar à casa de Deus e diz que aquilo é o
dízimo dele. O avarento teve sua mente convertida, mas não seu bolso e pode
esperar que o trabalho de Deus não há de contar com ele. Se fosse um Israelita,
o avarento deixaria os levitas e sacerdotes passarem fome. Onde estão os
tesouros do avarento? É fácil saber porque o coração dele está em seu tesouro.
Veja o que ele faz e o que ele fala com mentiras religiosas e suas tentativas
de subornar Deus.
Nosso Senhor logo usa a
ilustração do homem avarento e nem
devemos acreditar que seja uma parábola, porque o Senhor, sendo Deus contou
algo que realmente aconteceu para nos alertar sobre o fato que a avareza está
presente e como ela dá um empurrão para o inferno. Aquele homem era um esperto
e sábio, do ponto de vista mundano. O mundo está lotado de homens assim. Um
amigo meu contou acerca de um fazendeiro que quando ia depositou dinheiro em
sua conta no banco conseguia passar por mendigo, ficando à porta do banco para
que as pessoas lhe dessem esmola e o que ele ganhava era adicionado ao que já
tinha. Um avarento nem sempre rouba, muitos são trabalhadores honestos,
aplicados em adquirir riquezas. Eu mesmo conheci alguém assim, esperto e
aproveitador, pois comprou muitas terras e investiu em pastos para seu gado,
esquecendo do povo da cidade que tanto precisava de trabalhos. Qual foi o final
de sua vida? Morte trágica num acidente com seu carro.
Não há nada de errado num
serviço e no acúmulo de riquezas, o perigo jaz no coração avarento. Boaz foi um
homem rico, dono de campos nos quais plantava, mas nota-se no texto do livro de
Rute o quanto sua produção beneficiava a muitos e até mesmo servia as pessoas
pobres, como fez com Rute. Nosso Senhor atacou os famigerados ricaços de
Israel, os quais ajuntavam tudo para si (Isaías 5), esquecendo que o Senhor tem
o controle de todas as coisas. O homem rico da história contada por Cristo,
para o mundo era um elemento esperto, capaz e sábio, pois se preparou para uma
aposentadoria abastada. O Senhor o chamou de “louco” e não de sábio. Qual foi
sua loucura? Ele preparou bem para seu viver físico e esqueceu de sua alma.
Nota-se no texto o quanto estava enganado quanto às necessidades vitais da sua
alma, pois queria conceder à alma comida, bebida e divertimentos, quando
naquela noite sua alma seria chamada à morte.
O amor aos bens mundanos
tem levado milhares para o inferno. É impossível amar as riquezas e seguir a
Cristo ao mesmo tempo. Não adianta alguém dizer que é salvo e irá para o céu,
se no coração for amante do dinheiro. Não há como servir ao Senhor se as mãos
estiverem agarradas a esse ídolo. Como podemos esquecer do homem rico que foi a
Cristo querendo saber como herdar a vida eterna? Ele era um avarento que queria
encobrir suas maldades tentando pagar para entrar no reino. Mas o Senhor foi
direto ao seu coração e ali pôs o dedo no ídolo. Nosso Senhor estava como que
dizendo que se ele quisesse entrar no reino, aquele ídolo deveria ser arrancado
do coração. Ele provaria isso com toda disposição para dar tudo o que tinha.
Veja bem que os atos certos devem vir do coração e não da mera aparência
religiosa. Os avarentos querem manipular Deus, estão prontos a trabalhar
ativamente numa religião, mas são duros e obstinados contra o Rei dos reis e
Senhor dos senhores. Os avarentos são elementos condenados à punição eterna com
seu ídolo preferido.
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