“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.
Conforme a narrativa do
Senhor no texto acima, o homem dono de um campo. era um homem esperto e sábio
do ponto de vista mundano. Não percebemos os perigos da avareza por causa de um
roubo, mas sim naquilo que aos olhos de todos parece ser legal. Onde está o perigo?
O texto nos mostra, pois aquele rico olha para si mesmo, ele enxerga a vida do
seu ponto de vista, dos seus interesses, como se ele fosse o dono de si e
soberano em suas decisões próprias. Quanto perigo envolvem as almas na avareza!
Encontramos muitos que são membros de igrejas, mas que tentam ser espertos como
Ananias e Safira (Atos 5). O fato é que aquilo que nós não podemos ver, Deus vê
e traz a lume na ocasião própria. Alguém me falou de um crente que jogou na
loteria e ganhou o prêmio, mas o que ocorreu foi que aquilo se transformou em
tremenda ruina em sua vida e em sua família.
Todo problema começa assim,
quando não reconhecemos que aquilo que temos ou que ambicionamos pertence a
Deus. O homem rico da história de Lucas 12 olhou para si mesmo, considerou que
tudo o que tinha veio dos seus esforços e esperteza. Ele não olhou para cima
nem considerou a glória de Deus e o domínio Dele em tudo. Ele não prestou
cultos ao Senhor naquilo que ganhara. A avareza é revelada nisso, porque tudo é
feito à luz da vaidade, de um coração ambicioso por ter tudo no desejo de
aproveitar a vida. Neste caso a glória sempre é retida para si mesmo. Notemos
no Salmo 73 que o ímpio é visto cheio de arrogância, fumando seu charuto, por
assim dizer e se pondo no alto, como que dizendo: “Eu ganhei, eu sou capaz e
mostrou que é assim que vivo cheio de riquezas e que meu caminho é firme e
cheio de venturas”. Normalmente vemos os avarentos olhando para os arrogantes
que foram postos lá no alto das riquezas.
Percebemos que a avareza é
vista no fato que o avarento não glorifica a Deus. O avarento quer mais, é
sempre ambicioso e se busca uma religião é porque ele quer os favores e bênçãos
divinas para pautar seu caminho assim. Às vezes encontramos um avarento
dizimista, mas ele o faz porque quer negociar com Deus; no fundo quer
recompensas eternas e terrenas com aquilo que faz. O avarento sempre está
pronto a brigar na igreja, lutar contra um pastor que lida com seus pecados. O
avarento não tem um coração benigno, pronto a servir ao próximo na forma como
Deus ordena; o avarento não depositou no altar, considerando que o que tem pertence
a Deus. O avarento segue sua rota assim e se for solto cairá nas mais terríveis
armadilhas criadas pelo mundo na arte da desonestidade.
Lembremos sempre que o
produzir com abundância sempre foi e será resultado da provisão divina.
Observemos a atitude de coração de um homem que desconhece a Soberania
de Deus. Foi assim que Deus ensinou a Israel, disciplinando Seu povo a
compartilhar das bênçãos materiais com os mais pobres. Quando o povo
desobedecia a Deus com atividades perversas de um coração avarento, eis que a
ruína logo chegava, com nações vizinhas chegando e saqueando tudo. No caso do
homem rico narrado em Lucas 12 ele mostrou que agia exatamente como fazia
Israel no Antigo Testamento. Corações contritos e quebrantados não agem sem
sabedoria com seus bens. Homens crentes ricos não dão tudo o que têm para as pessoas.
Eles consagraram o que possuem perante Deus, a fim de agir com sabedoria.
Quando o Senhor salvou Zaqueu, eis que a avareza bateu retirada daquela vida,
pois o homem salvo pode dizer que estava pronto a devolver quatro vezes mais,
se porventura tivesse roubado de alguém.
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