“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram
crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos
na angústia” (Salmo 78:33)
OS
CASTIGOS DE DEUS QUE APARECEM COMO BÊNÇÃOS: “...fez que os seus dias se
dissipassem num sopro...”.
Somos iludidos quando pensamos que se os
homens enxergarem Deus operando maravilhas, então eles se converterão. Eles
ficarão admirados e darão a impressão que realmente creram. Foi assim com
Israel quando nosso Senhor viveu entre eles. Muitos deram prova de que a fé era
algo passageiro, porque à medida que eles sentiam a ameaça da sociedade
religiosa, eles simplesmente calavam e não confessavam. O cego de nascença que
fora curado pelo Senhor, esse sim, confessou e não se acovardou. Entretanto, é
comum que, assim que passe a euforia e alegrias momentâneas, logo os homens
descem ladeira abaixo, a fim de curtir suas vidas corrompidas e mundanas. A
disposição natural dos homens, sempre foi de rejeitar a bondade e a benignidade
de Deus, como ocorreu na história de Israel no deserto.
Posso afirmar que mesmo que os homens
forem tratados com rigor e forem cercados pelo terror da morte, mesmo assim
eles não mudam. Se investigarmos o verso 34 do Salmo 78, veremos o quanto isso
é verdade: “Quando os matava, então o procuravam; e voltavam, e de madrugada
buscavam a Deus”. Parece que houve conversão, não é? Mas olhe o verso 36: “Todavia
lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiram”. Precisamos conhecer a
perfeita psicologia do homem através da bíblia, caso contrário ficaremos
embaraçados e não compreenderemos os homens do ponto de vista correto. Eles
sempre vão dar a impressão que se arrependeram, mas a realidade é que as
punições não mudam os corações dos homens, eles apenas escondem o castigo por
um tempo. Se você pisar superficialmente uma barata ela dará impressão que está
morta, mas deixe-a e logo ela se vira, suspira e vai embora.
Eu sei que tem muito mais a tratar sobre
o assunto que terminei acima. Mas é o momento agora para que lidemos com o fato
que os castigos de Deus, incrivelmente aparecem como se fossem bênçãos. Como
assim? Se olharmos bem a frase: “...fez que os seus dias se dissipassem num
sopro...”, veremos que o quanto tal verdade não é perceptível aos homens, quando
estão sob o castigo de Deus. Por quê? É simples. Para os rebeldes, felicidade,
prazer e bênção é viver como a natureza quer. É comum ouvir os homens falarem: “Tendo
saúde tem tudo” e outras frases que mostram o quanto eles querem saúde, comida,
diversão e prazeres aqui. Normalmente, Deus faz com que os que são entregues à
dureza do coração se sintam como as pessoas mais felizes do mundo. O que Deus
faz é cerca-los de tudo o que eles anseiam ter.
O perigo, porém está no fato que Deus
vai consumindo os dias deles em que mesmo? Na vaidade! Eis aí o problema! Nós
sempre pensamos erradamente, porque achamos que os castigos de Deus aparecem
com punições mortais. Deus não matou todos os israelitas rebeldes, os quais não
quiseram entrar na terra prometida (Números 14). Deus os fez andar errantes por
40 anos no deserto. Eles comeram e beberam? Sim! Eles riram, brincaram e
participaram de tudo o que o restante do povo fizeram? Sim! Mas eles não sabiam
Deus estava consumindo seus dias na vaidade e seus anos na angústia. E é
justamente isso o que devemos conhecer nesse texto tão revelador.
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