“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram
crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos
na angústia” (Salmo 78:33)
OS
CASTIGOS DE DEUS QUE APARECEM COMO BÊNÇÃOS: “...fez que os seus dias se
dissipassem num sopro...”.
O que Deus faria com aquele povo que
agiu teimosamente, em rebeldia contra Ele? Ele fez com que experimentassem o
horror do castigo dele entregando a todos
à vaidade. O que seria o castigo nisso? Apenas uma entrega à vaidade? “Vaidade”
significa que seus dias seriam usados, não como bênçãos de sabedoria, de temor, de pureza e santidade, mas de
completa inutilidade. Um coração incrédulo e endurecido nem sequer há de
meditar nisso, porque não achará qualquer problema. Mas a ideia embutida no
texto é que eles seriam envolvidos no coração pelas ondas da paixão. Eles
ficariam soltos para o pecado e suas desgraças; eles não teriam as bênçãos de
Deus, para livrá-los do mal, a fim de que eles escapassem de perigos que tanto
envolvem as pessoas no mundo.
Milhares não sabem das terríveis
consequências que envolvem as almas que são entregues por Deus para viverem
aqui na vaidade. Significa que as paixões passam a dominar o viver e eles
passam a serem controlados por tais paixões. Quando homens e mulheres mantêm seus
corações obstinados e rebeldes contra Deus, eis que seus olhos não são abertos
para a realidade de um viver em sabedoria; para eles o conceito de vida é
aquilo que podem obter em satisfazer suas paixões, pelos interesses terrenos,
pelas ambições da vida aqui, pelas alegrias passageiras, pelas aprovações dos
homens, pelo espírito do engano em achar que a vida vai muito bem e pelos
sentimentos de que estão sendo abençoados.
Muitos são induzidos pelo espírito da
paixão sexual e não conseguem se desvencilhar dessas atividades que dominam a
mente e as emoções. O que acontece é que a vida só tem sentido pelo sexo. Eles
trabalharão para conquistar seus anseios, viverão a buscar isso e nunca estarão
satisfeitos. Seus olhos estarão fechados para qualquer perigo, porque essa
vaidade desnorteia a razão, toma o controle de suas emoções. Na mente a alma
entregue a isso achará que tudo é seu direito; o espírito de engano alimenta o
engano no íntimo em achar que é seu direito e até mesmo crerá que tem sido
abençoado com saúde e com sucessos. O espírito que controla a mente com paixões
sexuais é extremamente envolvente e declara no íntimo que seus pecados não serão
vistos nem sequer odiados e seguirá assim no viver e nem mesmo a presença da
morte arrancará esse sistema enganador e maligno; não haverá lugar para
arrependimento e fé para a salvação.
Entregues à vaidade, homens e mulheres
são entregues às paixões daquilo que são coisas normais da vida, como o
alimento. Vejo em nossos dias quantos milhares estão entregues a esses desejos.
Homens e mulheres cujos dias são entregues à vaidade vivem de comida e nunca
estão satisfeitos. Eles sempre estão em busca de novidades e ficam cheios de alegria
quando há festas e convites para comida. Nota-se que estão prontos a sacrificar
qualquer coisa espiritual, mas estão sempre dispostos a esses prazeres. A
comida pode ser o sinal claro de que a alma está entregue à vaidade, pois vivem
do estômago e nada querem saber da verdade, sem perceber que perigos terríveis
rondam suas almas que aos poucos são envolvidas por perigos de coisas
passageiras.
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