“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram
crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos
na angústia” (Salmo 78:33)
OS
ATOS DE REBELIÃO CONTRA DEUS: “Sem embargo, continuaram a pecar...”
Israel viu as maravilhas de Deus,
desconhecidas do povo egípcio e de outros povos. Ele eram um povo privilegiado,
pois estavam debaixo das promessas feitas por Deus a Abraão. O que eles viram
era para mover seus corações em humildade, temor, obediência e dependência de
Deus em tudo, pois o Senhor estava, como que dizendo: “Eu vou cuidar de vocês;
eu Sou o Deus que tirou vocês e meu braço é forte para não permitir que passem
fome ou sede, e vou livrar vocês de todo perigo e inimizade que acharem pelo
caminho”. Para aquele povo tudo era motivo para adorar o Senhor, para
prestar-Lhe culto no deserto, para temer Seu nome e até mesmo sentir orgulho em
face dos perigos. Podemos esperar isso dos homens? Claro que não! Eles se
ergueram para requerer de Deus coisas que jamais o Senhor prometera. Deus os
tirou do Egito, mais eis ali milhares querendo voltar para lá. Incrível, mas preferiam
estar na escravidão que subordinar-se ao Deus que os tirou de lá com mão forte
e poderosa.
Os mundanos provam seu mundanismo pelo
fato que não creem em Deus. O que Deus requer dos homens? Não é verdade que Ele
quer que apenas confiemos Nele? Mas a verdade é que, para os homens, é mais
fácil confiar na sombra do que no Deus da bíblia. Eis aí a natureza maligna,
caída, vil e rebelde do homem. Para os incrédulos judeus no deserto, era muito
melhor voltar e morrer no Egito do que estar sob o amparo do Todo-Poderoso. Ora,
estamos nós alarmados com essa atitude? Pois é, não somos diferentes coisa
nenhuma. A natureza do homem é assim. Quando os homens dizem que crê em Deus,
na realidade essa fé é realmente rebelião.
Não podemos esquecer que essa foi a
atitude do povo quando enviou os doze espias e, após o relatório incrédulo de
dez deles, ficaram revoltados com Deus e queriam até mesmo levantar um líder
para voltar à escravidão de onde foram arrancados. Quando ouviram que Deus em
Sua ira faria com que todos eles morressem no deserto e que não entrariam na
terra da promessa, imediatamente tomaram a disposição de obedecer (Números 14).
Quão enganoso e vil é o coração dos homens! Quando estão rebeldes e mostram
dureza não querendo obedecer, logo parece que mudaram de atitude quando enfrentam
o fato do castigo de Deus. Mesmo que Deus afirme que não está com eles e que em
tudo que fizerem não serão bem sucedidos, mesmo assim no orgulho eles vão à
frente.
Sempre achamos que os homens hão de se
converter quando virem as maravilhas de Deus, mas é puramente engano. Já lidei
com pessoas que pareciam que se converteram devido aos perigos de morte que
enfrentaram. Mas o fato é que foi algo do momento. Por fora pareciam sinceros,
mas o coração não mudou e logo quando o vendaval passar e as brisas do mundo
voltarem, seus corações reanimarão para o pecado de antigamente. É como uma
víbora congelada, que após ser aquecida está disposta a picar e matar quem a
ajudou.
Os crentes devem lembrar que eram assim
antigamente. Não fosse a graça de Deus, um Saulo de Tarso se ergueria em sua
cegueira, reuniria o grupo de extermínio e iria à procura dos crentes para mata-los,
no ódio contra Jesus.
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