“...no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).
DESCOBRINDO AS AFLIÇÕES: “...no meu leito...” (continuação)
Caro leitor, somente a verdade do evangelho pode revelar a triste condição das almas no pecado. Paulo esclarece isso ao falar aos Efésios acerca da situação deles antes que fossem salvos. Eles viviam “...sem esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). Milhares acordam no abismo eterno; milhares são despertados na miséria eterna. Muitos são acordados aqui, mas não se humilham em temor perante a verdade revelada. Não foi assim com Faraó? Mais do que muitos aquele arrogante monarca egípcio pode conhecer o poder, a força, a glória e soberania do Deus de Israel. Por diversas vezes Deus usou as pragas como chicotes do castigo da Sua ira santa. No cap. 9 Deus fala a Faraó por meio de Moisés que poderia facilmente ter tirado a vida dele, mas estava mantendo-o vivo para que por meio dele o Nome de Deus fosse glorificado. A vida de faraó aparece documentada em Romanos 9 para mostrar que Deus usa de compaixão com quem Ele quiser usar de compaixão, e endurece o coração de quem Ele quiser endurecer: “Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra. Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece” (Romanos 9:17,18)
Milhares são acordados diante do pavor da morte. Conheci um moço que devido um sério acidente de carro estava disposto a converter-se a Cristo, mas tão logo passou o efeito da tragédia esqueceu-se de Deus e voltou à sua vida normal de iniqüidade. O homem no pecado é igual pernilongo quando espantado, mas não demora muito volta à busca de sangue. Muitos pensam que se converteram porque receberam uma bênção material, mas é algo que funciona apenas na aparência, porque logo retornam ao caminho tortuoso. O homem no pecado não consegue sobreviver fora do seu ambiente mundano. Ele é igual peixe que precisa estar na água, seu habitat natural.
Amigo leitor, ninguém consegue ver os perigos que rondam sua alma, a não ser pela visitação misericordiosa de Deus. Se o Deus que salva não chegar perto com a luz do evangelho os homens continuarão cegos, apalpando seus ídolos e acreditando que o paraíso verdadeiro está num mundo melhor aqui mesmo. Seus lucros estão naquilo que o mundo pode dar e trabalham dia após dia para receber o salário do pecado. Não foi assim com Caim? O caminho de Deus rumo ao paraíso celestial não servia para aquela alma enganada. Por isso fugiu da presença misericordiosa de Deus e trabalhou para construir um mundo melhor, sem Deus (Gênesis 4).
É exatamente isso que acontece com as multidões cegadas pelo príncipe deste mundo. O que os homens querem, satanás tem para oferecer-lhes neste mundo enganador. Mesmo sendo contado como discípulo de Cristo, sabedor da verdade do evangelho, Judas habitava nas trevas. O que brilhava para ele era seu amor ao mundo e seu profundo desejo de ter dinheiro e fama. Quando acordou já estava sendo empurrado para o abismo de trevas eternas. Quando percebeu o quanto fora enganado, já estava sendo atraído pelas forças do inferno.
Amigo leitor acorde agora pela mensagem do evangelho! Ouça a voz do Amado redentor que convida os pecadores ao arrependimento!
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