“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
MOSTRA A CONDIÇÃO NA
QUAL ESTÃO OS HOMENS NO PECADO.
Tomemos a vida de Saulo de Tarso, porque
sabemos o quanto era um homem incrivelmente sério e zeloso em sua religião. Não
era ele um hipócrita, porque cria que tudo o que fazia estava certo; que todo
seu esforço redundaria numa ressurreição final e que um dia iria morar no
Paraíso celestial com Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, etc. Paulo era um morto
espiritual; a luz da verdade revelada não havia entrado em seu coração e tudo
que recebera não passava de mentiras e para aquelas mentiras ele havia se
dedicado e consagrado, assim como acontece com os mulçumanos. Dentro do seu
coração Saulo nutria um tremendo ódio contra o Senhor e respirava nele um
sangrento desejo de ver mortos os seguidores desse Nazareno.
Tenho passado essas coisas, a fim de
mostrar o que significa o que o texto diz: “Não verá a vida...”. Nós estamos
acostumados a olhar o homem e ver boas qualidades nele; observamos
cuidadosamente boas coisas que achamos que podem leva-lo a Deus. Mas, que valor
tem um morto? Será que entendemos que o pecado trouxe a morte? Será que
entendemos que não há qualquer sinal de vida no homem? No que tange a vida aqui
ele tem, mas quando se trata de coisas eternas ele está morto. Sendo assim
devemos entender que a existência do homem no pecado é completamente sem valor
para Deus. Pode ser os grandes como Herodes, Pilatos, Félix ou Faraó. Não
passam de mera fumaça que aparece agora e logo se dissipa. Pode ser os ricos,
os cultos, os fortes e grandes nomes que surgem na religião mundana. Não passam
de meros cadáveres inúteis para Deus.
Mas você pode retrucar, dizendo que
morte, conforme o texto, não significa morte, mas sim num estado como se
estivesse sem vida. Ora, para que Deus usaria o termo morto? Além disso, por
causa desse termo é que Deus usa a palavra “ressurreição”, a fim de dizer que
Ele nos deu vida. Se tirarmos a palavra “vida” ou “morte” do seu significado
literal, teremos que dizer que Jesus não morreu na cruz; que Ele estava
semimorto e que a ressurreição era realmente uma mentira. Fujamos desse perigo!
Para nós os homens estão vivos, porque podem falar, caminhar, trabalhar,
pensar, sentir e tomar suas decisões neste mundo. Mas isso é o que vemos.
Porém, quando se trata de coisas espirituais eles estão mortos, são defuntos
andantes; estão surdos, mudos, paralisados, com a mente e emoções em trevas.
Notemos que quando trata-se de coisas desta vida eles estão bem vivos, mas
quando se trata de Deus, da glória de Deus e de coisas eternas, eles ficam em
absoluto silêncio ou procuram sair.
O Senhor e seus apóstolos jamais mudaram
a mensagem. É verdade que eles lidaram com os homens como seres vivos,
responsáveis perante Deus. Quando Deus lida com os homens é sempre assim, pois
Ele os convoca a entender que a culpa do pecado é deles; que é insana a vida
que eles levam em suas idolatrias e práticas perversas. Deus lida com os homens
no fato que eles vão enfrentar o juízo, que terão de prestar contas perante o
grande Juiz e que no final o juízo de Deus será um juízo justo e santo. Devido
ao pecado os homens estão mortos e carecem de uma intervenção vivificadora de
Deus, assim como Lázaro precisou para voltar à vida. Mas os homens, como seres
responsáveis são chamados à responsabilidade deles. Eles são culpados pelos
seus pecados, por não darem a Deus a glória que lhe é devida; por usar da
criação e ainda viver em suas maldades.
O evangelho convoca os homens ao arrependimento,
porque quando os homens se arrependem é sinal que eles estão no lugar certo,
onde Deus usará ou não de compaixão para com eles.
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