quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

AS ARMADILHAS DO PECADO ( 11 de 12)



“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
        Estamos vendo o que realmente significa a queda no pecado e suas armadilhas postas ao longo do caminho largo. O pecado sempre é inversão dos valores; sempre mostra o caminho oposto a Deus. A natureza do pecado sempre fará com que Deus seja removido da frente; toda aquela noção bíblica de Deus, de sua presença, onipotência, onipresença e onisciência não existem no pecado. O efeito terrível do pecado é que a pessoa sempre a de buscar outro deus, porque tudo do pecado é inverso, segue o caminho que desce e não que sobe. Além disso, a força do pecado é mostrado no orgulho próprio, porque mesmo cercado de perigos terríveis, ainda assim o homem não vê, pelo contrário o efeito de sua decisão é desafiar Deus e dizer que não é verdade o que Ele afirma a respeito Dele.
        Notamos isso na vida de Nabucodonosor, o perverso e tirano rei da Babilônia. Daniel havia advertido o rei do que haveria de acontecer, caso ele não se arrependesse do seu orgulho e tanta maldade praticada. Mesmo assim, o monarca arrogante olhou para a linda Babilônia e louvou a si mesmo por ter feito aquelas maravilhas. Foi assim que imediatamente Deus o demoveu do seu lugar de rei e o impeliu para o mato, a fim de viver como um animal por alguns anos. Notemos o que o pecado faz na natureza humana, porque remove qualquer temor e cerca o ambiente de orgulho e independência, como se Deus simplesmente não existisse, ou estivesse longe. Outro detalhe é que o pecado é por si mesmo enganador, porque mesmo nas derrotas claras o pecado há de inserir no coração a ideia de que tudo vai dar certo.
        Tomo agora a vida de Belsazar, (Daniel 5) filho de Nabucodonosor, porque após a interpretação daquilo que a mão de Deus escreveu na caiadura do palácio, o rei simplesmente ignorou o perigo mortal. O exército Medo e Persa já havia tomado o palácio e ele seria morto naquela noite. Mas todo aquele acontecimento que havia transtornado o rei e a todos, simplesmente foi ignorado, ele quis recompensar Daniel pela interpretação e naquela mesma noite foi morto. O pecado tem esse terrível efeito, pois se Deus não usar de misericórdia, a natureza do pecado há de empurrar o homem para o abismo de forma inevitável. Não é essa a mentalidade de Lúcifer, satanás? Claro! Ele acha que tudo vai dar certo, que Deus está errado e trabalha de forma terrível, a fim de trazer ao mundo seu grandioso propósito de estabelecer um reino de ateísmo e perversidade, mesmo sabendo que seu destino é o Lago de fogo.
        Assim segue o homem em seus pecados; em sua cegueira não vê quantas armadilhas estão postas no caminho que segue, utilizando a mesma mentalidade de satanás, achando que a vitória virá, que o próximo dia, mês e ano serão melhores. Não há como findar esse sistema, porque mesmo no sofrimento e à beira da morte o homem no pecado sente que tudo vai dar certo. Não há no pecado um elemento de mudança; não há como desligar o homem desse estado pervertido no qual se encontra. Para alguns Deus concede que vá longe e amplia sua felicidade em meio a prosperidade, mas não demora para que o Senhor remova tudo e puxe o ímpio para sua cova. Foi assim com Esaú, pois seu anseio de se tornar uma próspera nação foi alcançado, e de fato foi. Ele e seus descendentes construíram Petra e progrediram de forma dinâmica e com muita habilidade. Mas não demorou para que Deus, a Seu tempo viesse e destruísse toda aquela grandiosidade e deixasse os escombros para a história ver que é assim que Deus faz com quem ousa desafiá-Lo.
        Só há uma resposta para os que estão no pecado: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam cancelados os vossos pecados...” (Atos 3:19)

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