“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
MOSTRA A CONDIÇÃO NA
QUAL ESTÃO OS HOMENS NO PECADO.
Uma vez dada a introdução procurarei
entrar nos detalhes do texto. Lidemos com a preciosa palavra de Deus; chequemos
a linguagem santa, examinando-a à luz da mentalidade divina, conforme Ele nos
transmite em toda Escritura. Nunca devemos esquecer que a Palavra de Deus há de
trazer contradição naquilo que ela mesmo ensina. O que parece ser contradição é
devido nossa visão errada. Os erros doutrinários aparecem justamente porque
ensinos são extraídos, não à luz da verdade conforme Deus fala em toda Palavra,
mas sim porque elementos colocam seus raciocínios falazes, a fim de tentar
fazer com que a Bíblia fale o que eles querem. Os judeus, por exemplo, viam
apenas a letra das Escrituras e não o espírito que que as envolviam, por isso
manifestavam ira e até mesmo disposição assassina contra o Senhor.
“...quem crê no Filho tem a vida
eterna...”. Quero que analisemos a palavra “vida”, a qual aparece no texto duas
vezes. No Novo Testamento 3 palavras gregas aparecem traduzidas “vida”. A
primeira que aparece em 1 João é a palavra “bios”, a qual trata-se do aspecto
físico ou aparente da vida. O outro termo é “psique” e normalmente trata-se da
alma. Esta palavra foi usada por Cristo para falar sobre esta vida que envolve
a alma em sua ligação como corpo. Por exemplo, quando Ele fala do homem louco
que ajuntou riquezas e disse para sua alma: “Come, bebe, folga e regala-te”.
Ele usa o termo psique para referir a essa vida que termina aqui com a morte. Mas
o termo usado em João 3:36 e em todo livro de João é a palavra grega “Zwê” que
é usada para referir à vida que está acima de psique e bios; é a vida por
excelência, a vida que há no Filho.
Quando nascemos viemos ao mundo com “bios”
e “psique”, a vida física e a vida da alma. Não trouxemos a vida que há no
Filho. A entrada do pecado nos tornou homens naturais, homens físicos ligados à
alma. Não trouxemos a vida que há no Filho, mas sim a vida que há em Adão.
Noutras palavras, esta vida natural nos tornou daqui, da terrena e não do céu.
Sem a vida que há no Filho, a vida verdadeira e eterna, para Deus o homem é um
morto. A vida natural é fruto do pecado e em toda Escritura Deus mostra nosso
estado de imundície, com o qual entramos neste mundo. Vejo como o movimento
evangélico moderno tem feito de tudo para que todos sintam que são filhos de
Deus, que podem orar, adorar e outras atividades religiosas. Mas quanto engano!
O texto de João 3:36 deixa claro que “quem temo Filho, tem a vida...”.
Significa que há diferença, que têm os que receberam a vida que há no Filho e
os condenados. O texto afirma categoricamente que muitos não verão a vida.
Para falar um pouco mais sobre nosso
estado natural de imundos, precisamos ver alguns textos bíblicos que vão nos
ajudar. Davi, quando se conscientizou do seu pecado e chegou em confissão
perante Deus, ele pode compreender a realidade da imundície do pecado: “Eu
nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe”. Imediatamente ele pediu
ao Senhor que o limpasse e o purificasse usando os rituais de purificação,
conforme a lei (Salmo 51. Leia todo esse Salmo). Além disso vemos essa verdade
claramente estampada em Isaías 64:6: “Mas, todos nós somos como o imundo...”. O
Velho Testamento usa muita figura física de imundície, como o leproso e como a
mulher no período da menstruação, a fim de enfatizar o estado no qual deixou o
homem no pecado.
Passei bem rápido por esses textos
somente para lembrar meus leitores, que não há no homem a vida aceitável a
Deus. Para Israel em Isaías 1 Ele ordena: “Purificai-vos!”. Para os discípulos
em João 15 o Senhor diz: “Mas vós estais limpos pela palavra que vos tenho
pregado”. Tudo isso e muito mais é para que saibamos que não há naturalmente em
nós nada que atrai a simpatia de Deus.
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