“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
O pecado
injeta na alma um conceito de que o mundo é um lugar de paraíso e glória; é o
mais poderoso efeito do pecado, porque é seu trabalho anular a glória de Deus e
as realidades eternas. Todo propósito do pecado é opor-se a Deus e aos
conceitos eternos. O pecado a vida aqui parecer melhor e que é infindo este
sistema e não há como escapar dessa armadilha mortal, mesmo, a não ser que haja
uma intervenção da graça operante de Deus na vida. Um Esaú há de escolher um
mundo onde ele poderá ter uma descendência, com fama e riquezas aqui. Um Jacó,
não fosse a eleição divina escolheria também o mesmo caminho desejado por sua
natureza pecaminosa. O ladrão na cruz, mesmo em face da morte, ainda assim
queria um Salvador que lhe trouxesse um livramento dessa morte e um escape para
voltar à vida que sempre teve e não fosse o milagre da graça jamais escaparia
da condenação do inferno que tanto lhe aguardava. Pilatos era seduzido pela fama
e pelas honras terrenas, por isso, mesmo vendo ser Jesus inocente e Justo,
preferiu condená-lo e libertar o criminoso Barrabás.
O pecado
também tapa a visão e os ouvidos, tornando a alma incapaz de enxergar e de
ouvir. Veja bem, não estou tratando do aspecto físico, porque neste aspecto
tudo poderá estar funcionando maravilhosamente bem. Porém, Deus vê o homem no
coração e é lá que tudo deve funcionar perfeitamente bem. O pecado faz com que
todas as funções que o homem no coração deveria ficassem sem qualquer
utilidade, pois com o pecado tudo no homem interior deixou de funcionar. Seus
olhos estão cegos, os ouvidos surdos, os pés paralíticos, as mãos paralisadas,
a mente em trevas e as emoções sob a mentira. O Salmo 115 afirma que a pessoa
está como um ídolo mudo, surdo e inativo. Notemos o quanto o pecado em seu
serviço aqui é operante e até mesmo diria que é soberano em suas maldades.
O pecado
também remove Deus da frente, porque para a natureza do pecado não há divindade
que é onipotente, onisciente ou onipresente. No pecado tudo funciona com uma
visão daquilo que podemos ver e tocar, tudo deve ser palpável na lei do pecado.
O pecado, no máximo leva o homem a compreender as funções da alma, mas não
passa disso, porque a alma tem suas funções com o uso do corpo. Mas no pecado
não há a parte mais importante do homem que é o espírito. O corpo parece como
uma casca de ovo, mas a alma habita em escuridão lá dentro. Por isso que o
Salmista afirma acerca do ímpio: “...que não há Deus são suas cogitações”. É
por isso que o homem no pecado vive assim, como se não houvesse Deus; o temor
ao Deus vivo e verdadeiro é inexistente no homem que jaz no pecado, ele entende
a divindade à luz daquilo que vê, sente e pensa em seu mundo de escuridão. Um
homem pode cometer suas abominações, sem sequer imaginar que os olhos do
todo-poderoso estão mirando seus atos abomináveis.
Assim, Deus
removido da mente e das emoções, por isso é de se esperar que a lei do pecado
fará com que os homens criem outros deuses para si. Vemos que a nação de
Israel, mesmo aprendendo tudo sobre a lei e tendo um histórico de milagres e
poder da mão conquistadora de um Deus compassivo, ainda assim a preferência do
povo era voltada aos seus ídolos, atitude de franca rebelião, blasfêmia e
ousada rebelião. Eis o que a Palavra de Deus mostra acerca do pecado. Não há
qualquer esperança no homem; não há qualquer possibilidade que ele volte por si
mesmo para Deus, porque é impossível. Foi a graça que entrou trazendo luz em
plena escuridão, a fim de mostrar aos homens que há um Deus que opera
maravilhas nesse imenso mercado de escravos – o mundo.
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