quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

AS ARMADILHAS DO PECADO ( 10)



“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
        O pecado injeta na alma um conceito de que o mundo é um lugar de paraíso e glória; é o mais poderoso efeito do pecado, porque é seu trabalho anular a glória de Deus e as realidades eternas. Todo propósito do pecado é opor-se a Deus e aos conceitos eternos. O pecado a vida aqui parecer melhor e que é infindo este sistema e não há como escapar dessa armadilha mortal, mesmo, a não ser que haja uma intervenção da graça operante de Deus na vida. Um Esaú há de escolher um mundo onde ele poderá ter uma descendência, com fama e riquezas aqui. Um Jacó, não fosse a eleição divina escolheria também o mesmo caminho desejado por sua natureza pecaminosa. O ladrão na cruz, mesmo em face da morte, ainda assim queria um Salvador que lhe trouxesse um livramento dessa morte e um escape para voltar à vida que sempre teve e não fosse o milagre da graça jamais escaparia da condenação do inferno que tanto lhe aguardava. Pilatos era seduzido pela fama e pelas honras terrenas, por isso, mesmo vendo ser Jesus inocente e Justo, preferiu condená-lo e libertar o criminoso Barrabás.
        O pecado também tapa a visão e os ouvidos, tornando a alma incapaz de enxergar e de ouvir. Veja bem, não estou tratando do aspecto físico, porque neste aspecto tudo poderá estar funcionando maravilhosamente bem. Porém, Deus vê o homem no coração e é lá que tudo deve funcionar perfeitamente bem. O pecado faz com que todas as funções que o homem no coração deveria ficassem sem qualquer utilidade, pois com o pecado tudo no homem interior deixou de funcionar. Seus olhos estão cegos, os ouvidos surdos, os pés paralíticos, as mãos paralisadas, a mente em trevas e as emoções sob a mentira. O Salmo 115 afirma que a pessoa está como um ídolo mudo, surdo e inativo. Notemos o quanto o pecado em seu serviço aqui é operante e até mesmo diria que é soberano em suas maldades.
        O pecado também remove Deus da frente, porque para a natureza do pecado não há divindade que é onipotente, onisciente ou onipresente. No pecado tudo funciona com uma visão daquilo que podemos ver e tocar, tudo deve ser palpável na lei do pecado. O pecado, no máximo leva o homem a compreender as funções da alma, mas não passa disso, porque a alma tem suas funções com o uso do corpo. Mas no pecado não há a parte mais importante do homem que é o espírito. O corpo parece como uma casca de ovo, mas a alma habita em escuridão lá dentro. Por isso que o Salmista afirma acerca do ímpio: “...que não há Deus são suas cogitações”. É por isso que o homem no pecado vive assim, como se não houvesse Deus; o temor ao Deus vivo e verdadeiro é inexistente no homem que jaz no pecado, ele entende a divindade à luz daquilo que vê, sente e pensa em seu mundo de escuridão. Um homem pode cometer suas abominações, sem sequer imaginar que os olhos do todo-poderoso estão mirando seus atos abomináveis.
        Assim, Deus removido da mente e das emoções, por isso é de se esperar que a lei do pecado fará com que os homens criem outros deuses para si. Vemos que a nação de Israel, mesmo aprendendo tudo sobre a lei e tendo um histórico de milagres e poder da mão conquistadora de um Deus compassivo, ainda assim a preferência do povo era voltada aos seus ídolos, atitude de franca rebelião, blasfêmia e ousada rebelião. Eis o que a Palavra de Deus mostra acerca do pecado. Não há qualquer esperança no homem; não há qualquer possibilidade que ele volte por si mesmo para Deus, porque é impossível. Foi a graça que entrou trazendo luz em plena escuridão, a fim de mostrar aos homens que há um Deus que opera maravilhas nesse imenso mercado de escravos – o mundo.

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