“Examinais as
Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas quem testificam
de mim” (João 5:39,40)
INTRODUÇÃO:
Até parece um tema sem qualquer lógica,
pois como pode os mortos examinar algum livro? Afinal, nosso Senhor estava
perante o povo judeu, um povo instruído no Velho Testamento, especialmente nos
costumes da lei de Moisés. Era, eles um povo religiosamente falando
diametralmente oposto aos costumes pagãos, pois a cada sábado era costume os
judeus frequentar as sinagogas e educar seus filhos nos bons costumes de
Moisés. Também, em Israel naquele tempo existia a religião dos fariseus, aliás,
uma religião com bons homens, mesmo tendo ali muitos elementos que tinham más
intenções. Mas provavelmente a maior parte deles era constituída de homens que
levavam a sério os padrões da lei de Deus no viver. Saulo de Tarso, Nicodemos,
Gamaliel foram exemplos clássicos desse homens.
Mas esses fatos não mudam a verdade que
nosso Senhor estava conversando com homens e mulheres mortos no pecado. A boa
religião e bons costumes não mudam o fato que os homens nasceram no pecado e
que por isso foram atingidos imediatamente pela morte espiritual. Deus não vê
ninguém na aparência nem nos costumes, porque todos em Adão são iguais: “Assim
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte; assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).
Notemos bem o quanto o texto mostra que não há diferença e foi assim que nosso
Senhor a todos os judeus, como caídos, filhos da perdição, filhos do diabo e
herdeiros do inferno. Eles não foram poupados por serem descendentes de Abraão.
Nosso Senhor não veio ao mundo com intenções sociais, de lutar para dar uma
condição de vida melhor ao povo judeu. Realmente eles estavam interessados
nisso, mas não o Filho de Deus.
O que nosso Senhor fez foi confrontar
aquele povo com a verdade. Eles costumavam usar de sofismas, isto é, usar
passagens bíblicas a fim de acionar suas desculpas esfarrapadas. A bíblia era
como que metralhada por eles; eles eram arrogantes e queriam religiosamente
prevalecer contra todas as outras nações. Mas quando chegaram perante o Senhor,
então foram alvejados no coração pela verdade. O nosso Senhor era mais que um
profeta, era ele o próprio Deus encarnado. Aqueles judeus falavam tanto em
Jeová, porém não sabiam que perante eles estava o mesmo Senhor diante de quem
Moisés, Josué, Davi, Daniel e outros tremeram. A visão dos judeus era terrena e
cheia de desprezo. Para eles ali estava apenas o Nazareno, de família pobre.
Eles olhavam o aspecto externo do Senhor, e não percebiam sua glória. Mas essa
glória do Filho de Deus era revelada nas palavras da verdade que saíam de sua
boca.
Foi assim que Jesus, com amor foi direto
aos seus corações. Suas palavras furavam como espada, mexiam com o orgulho e
atraiam o ódio mortal deles contra o Senhor. Mas o Senhor amava seu povo e
desejava que eles soubessem da verdade. O cap. 5 de João é marcante, porque o
Senhor mostra nele que veio ao mundo para vivificar mortos. Ele veio para dar
vida e isso significa que os homens estão mortos. Essa é a lição central desse
impressionante capítulo inspirado que chegou até nós. Então, o texto acima nos
leva a entender que, mesmo tendo as Escrituras em mãos, aquele povo estava
espiritualmente morto em seus delitos e pecados.
Nosso Senhor não o tratou como salvos,
como bonzinho, como herdeiro do céu. Nosso Senhor mostrou que eles,
espiritualmente eram cegos, mortos no coração, que eram apenas homens naturais,
vivendo da natureza terrena, assim como qualquer pagão neste mundo. Eles
estavam mortos e como mortos manipulavam as Escrituras, como fazem milhares
neste mundo: Mortos esquadrinhando as Escrituras. Que o Senhor me conceda uma
excelente jornada na graça ao apresentar essa mensagem aos meus leitores.
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