“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares” ISAIAS 55:
O DINHEIRO E O SUOR: “...o dinheiro...e o vosso suor...”
O que procurei fazer na primeira página foi dar uma simples introdução, com a finalidade de atrair a atenção dos meus leitores para um texto de tamanha importância na pregação do evangelho. O fato é que a mensagem do céu é um tesouro tão precioso que vale a pena o homem gastar o que tem para achar esse tesouro. Na verdade, o evangelho moderno, tão impregnado do fermento humanista, tem desvalorizado a mensagem santa e feito da graça uma graça barata, sem qualquer valor. Mas quando entramos nos detalhes do capítulo 55 de Isaías percebemos o quanto a mensagem é diferente. Nosso Senhor em parábola falou do valor do reino do céu, que o homem pode vender tudo o que tiver para compra-lo.
O que precisamos fazer para tratar desse santo tesouro celestial com grande ardor? Creio que a resposta é que devemos pregar a mensagem aos homens, expondo os fatos que vêm do céu. O evangelho é o sublime tesouro que vem do coração gracioso, compassivo, benigno e misericordioso de um Deus que aprovou enviar aos homens. A mensagem do céu custou a vinda do Filho de Deus à terra, para ali na cruz pagar o preço e resgatar os perdidos. Ora, devemos baratear a mensagem, a fim de que os homens deem crédito e venham aceita-la com mais facilidade? Claro que não! Mas é exatamente isso o que ocorre em nossos dias, com os homens achando que basta fazer uma decisão mental ou emocional por Cristo e tudo está pronto na salvação imediata da pessoa, sem que houvesse qualquer custo para isso.
Por favor não me entenda mal. Quero afirmar aqui que todo pecador arrependido, contrito e confesso é salvo imediatamente quando clama por salvação. Afinal, estamos lidando com um perdido e com o Salvador. Onde houver pecadores que clamam, pode estar certo que Ele há de salva-los imediatamente, pois é dito que Ele está perto e pronto para salvar os que invocam Seu nome. Mas quando não há esse encontro salvador, então não há salvação. Milhares jamais viram o custo da fé salvadora e abraçam uma salvação pela qual nunca pagaram o alto preço, nunca foram de todo coração a Cristo. O que ocorre é que tais almas não têm segurança no íntimo. Elas adquirem segurança externa, dada pelos homens, mas não por obra do Espírito Santo em suas vidas.
Mas no texto de Isaías os pecadores são chamados a olhar suas vidas, a avaliar como dão valor ao que não tem qualquer valor; como querem dinheiro para gastar com a inutilidade e como vivem da vaidade e paixões carnais. Notemos bem como o evangelho chama os homens a uma avaliação: “Por que gastais...?. Não devemos analisar esse fato com temor? Estamos olhando o mundo envolvido naquilo que os homens precisam e que por isso trabalham, lutam e são incansáveis. Olhando do ponto de vista humano tudo é normal e direito. Mas ao abrir a palavra estaremos vendo o ponto de vista de Deus; estamos lidando com o Deus que mostra o que está por detrás de toda essa agitação dos homens neste mundo.
Deus sempre mostrou sua compaixão com os homens, enviando seus mensageiros, como o caso de Jeremias, o qual foi no encalço dos judeus que buscaram abrigo no Egito depois da queda de Jerusalém (Jeremias 44). Temos um hino no Cantor Cristão que mostra essa manifestação do evangelho de um Deus compassivo: “Ó que mensagem cheia da compaixão de Deus, a do evangelho santo que nos conduz ao céu!”. O propósito do evangelho é conduzir pecadores ao arrependimento e à fé em Cristo, e tais pecadores vão querer pagar o preço que a fé salvadora induz a pagar.
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