“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6)
A
CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas...”.
O que vemos em Isaías é Deus mostrando
como os eleitos confessam sua condição no pecado, diante da cena da cruz. Neste momento, sem salvação, nada há de
temor no coração do ímpio. Paulo, antes do seu tombo ante a luz da glória de
Cristo carregava no íntimo uma inimizade assassina contra o Senhor; participava
de uma equipe religiosa que queria o mal do povo de Deus e nutria em seu
coração uma esperança de acabar com o Nazareno e sua “seita maligna”. Mas assim
que caiu cego, pode reconhecer que nada era, senão pobre e miserável ovelha
desgarrada. Incrível momento quando suas armas de ataque foram transformadas em
lixo e sua ambiciosa vida religiosa foi completamente desmanchada perante o
Senhor da glória. Meu amigo, nenhuma diferença há entre você e qualquer pessoa
lá fora, caso seu coração estiver endurecido no pecado; todo seu conceito de Jesus
é humanista e supersticioso, enquanto Deus não abrir seus olhos para que você
enxergue a verdade.
Os pecadores eleitos são aqueles cujas
almas conheceram o arrependimento e isso é visto na humilde confissão: “Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Impressionante! Jesus confrontou os
judeus incrédulos em João 10, dizendo que eles não criam Nele porque não eram
Suas ovelhas. Notemos como Deus mesmo mostra o viver dos ímpios. Não importa se
são religiosos, ateus, cruéis, etc. todos são essencialmente soberbos. Eles
jamais reconhecerão sua pobre condição. Eles se consideram fortes, corajosos,
aptos para resolver seus problemas sozinhos e no trajeto deles confessam na
prática que não precisam de Deus. Em Efésios 2 o apóstolo afirma que eles vivem
sem Deus no mundo. Mas, quando seus olhos são abertos na alma, eles miram a
cruz.
Agora, fracas ovelhas miram sua
miserável condição no mundo. Não há mais a manifesta arrogância; não há mais a
obstinada guerra contra Deus. Agora o que vemos são homens quebrantados no
íntimo, vendo Cristo, a provisão de Deus, a ovelha vinda do céu, a fim de
morrer para salvar ovelhas perdidas. É impossível mirar a realidade da cruz e
ainda fugir obstinado como um touro selvagem. Aquele que veio ao mundo, veio
com a incumbência prometida na eternidade; veio como a suficiência para homens
e mulheres, os quais o Pai escolheu para serem salvos do pecado. Assim, a luz
do Calvário é milhares de vezes mais brilhante que o sol ao meio dia, porque
brilha ali a glória do Cordeiro. É diante dessa verdade celestial que os olhos
da alma são abertos para que o homem caia perante tão grande amor.
Quem poderá ficar insensível ante a
glória da cruz? Quem continuará soberbo, arrogante e disposto a continuar no
mau e perverso caminho, quando a verdade chega ao íntimo? A dura verdade vem ao
coração. Quem sou eu? Eu pensava que era alguma coisa; eu pensava que era de
grande valor; eu pensava que era valente e auto suficiente, até que pude ver
meu Senhor pendurado na cruz. Assim pude ver que não passo de uma frágil
ovelha, errante, seguindo meu caminho, sem ver os reais perigos que me envolvia
a vida.
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