terça-feira, 17 de novembro de 2020

“PAZ E SEGURANÇA” (3)

 

“Quando andarem dizendo: paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar a luz; e de nenhum modo escaparão” (1 Tessalonicenses 5:3)

“PAZ E SEGURANÇA” À LUZ DO VIVER DO CRENTE.

        Primeiramente quero examinar “paz e segurança” à luz do viver normal do crente, como ele entende isso e como é completamente oposto aos pensamentos deste mundo. (Vou colocar “paz e segurança” na linguagem aqui como se fosse uma coisa só) Para os não crentes, “paz e segurança” é visto nos sentimentos da incredulidade e não da fé bíblica; é vista sob o pensamento daquilo que eles esperam do ambiente onde vivem e das circunstâncias. Os incrédulos querem curtir a brisa da paz que para eles resulta em segurança. Depois quero tratar sobre isso com mais dedicação, porquanto agora, seguindo o roteiro, vou explicar o que é isso à luz da visão dos crentes em Cristo.

        Para os crentes, “paz e segurança” é vista dentro do contexto bíblico, onde a fé está firmada. A fé bíblica tem a palavra de Deus como poderoso e eficaz fundamento, fora disso nada tem valor permanente. Assim, para os crentes em Cristo há diferença nítida entre o que eles veem aqui e o que eles veem nas sagradas letras. Eles não ignoram a paz e segurança achadas aqui; eles veem isso como valor, mas não se firmam nisso, porque sabem que tudo aqui passa. A fé se prepara para os acontecimentos terrenos à luz do que eles veem nas Escrituras. Para os crentes têm dois reinos, o reino terreno, natural e transitório e tem o reino celestial, duradouro, perfeito e que permanece para sempre.

        Assim, os salvos não dizem: “paz e segurança” só por falar. Os momentos agradáveis desta vida são fatores importantes, mas eles consideram que tudo está sob o controle de um Deus que tudo rege, tendo em vista a glória Dele e o bem-estar do Seu povo. Nota-se que os salvos sempre põem os acontecimentos terrenos à luz do que está escrito, pois não estão fiados na história terrena, nem nas circunstâncias. Para Pedro, sua “paz e segurança” não estava num ambiente de segurança entre os irmãos, por isso pode dormir tranquilo na prisão, tendo dois guardas lhe cercando (Atos 12). O que importa para a fé é o que Deus diz e os santos operam nesta vida assim, sob bonança ou na tempestade.

        Então vemos que a fé difere completamente da visão que os incrédulos têm. Não significa que a fé não enfrenta perturbações e temores aqui. O que Deus manda em Sua ira para os incrédulos, os santos também enfrentam, pois eles estão debaixo do mesmo teto da casa de Deus. Os santos enfrentam medo? Claro! Mas eles transformam o medo como matéria usada por Deus para ampliar a fé: “Em me vindo o temor, hei de confiar em Ti!”. A fé dos santos está sendo aperfeiçoada neste vale de provações, por isso vemos os crentes muitas vezes chorando, clamando e suplicando ao seu Deus. A fé sente os tufões da vida e transforma tudo num palco de louvor e adoração ao Senhor.

        Vejamos bem como a situação é diferente aqui, porque quando tudo está indo bem aqui, para os incrédulos a vida é maravilhosa, porque querem curtir o momento. Mas não assim com os crentes. Para eles há entendimento do que está acontecendo. Eles caminham bem pelo caminho estreito e entende o que é o caminhos ímpios e veem que não vai demorar para que os ímpios venham a escorregar, enquanto isso a vereda do justo vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito.


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