“Apresentar-se-á
voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como
orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
Preciso fincar as bases seguras e
inabaláveis deste assunto que trata da importância da ressurreição. De novo,
asseguro aqui que se esse tema não for abordado constantemente, certamente o
mundo triunfará e nossa fé cairá. A pressão hoje é grande da parte deste
sistema maligno e mentiroso, a fim de que os crentes pensem no mundo como o
mais gostoso lugar de viver. Nosso Senhor há de assegurar aos Seus discípulos
que no mundo eles passariam por aflições; os santos apóstolos nos ensinam em
suas cartas, para que sejamos fortalecidos na esperança, enquanto aqui
estivermos.
Ora, foi assim que viveram os heróis da
fé desde que a salvação deu início nos corações de homens e mulheres. Diz a
bíblia que Enoque andou com Deus e este o tomou para Si. O que podemos falar de
Abraão? Nosso pai na fé teve uma atuante esperança e viveu o gozo dessa
esperança aqui, de tal maneira que suas decisões sempre foram comprometidas com
Deus. Abraão não permitiu que nada deste mundo dominasse seu estilo de vida
servindo a Deus; ele não titubeava em nada. Para ele o prazer era cumprir a
vontade Deus e no final sabia bem para onde estava indo. Moisés, também teve
essa visão que ultrapassou as barreiras daquilo que é apenas visível, por isso
preferiu unir ao povo de Deus, para sofrer com eles aqui, porque sabia bem que
um superior galardão o aguardava no céu.
O que podemos falar de Jó? Que incrível
história de uma vigorosa esperança! Era algo tão extraordinário que satanás não
podia compreender. Um homem tão rico e abastado era temente a Deus e desviava
do mal. Tudo isso traz consigo o ensino da ressurreição, do fato que aqueles
homens sabiam que um dia veriam ao Senhor face a face. Talvez nem pensássemos
na vida de um homem como Asafe, um dos levitas que participavam dos cânticos em
Israel. No Salmo 73 ele sente a satisfação de ser guiado por Deus aqui e depois
ser recebido na glória. Para esses homens o que valia a vida aqui? Nada, se não
fosse o prazer de andar com Deus! Simeão viu o Messias recém-nascido, tomou-o
nos braços e adorou a Deus, sabendo que o Senhor havia lhe preservado para
aquela bendita oportunidade de ver o Salvador (Lucas 2).
Podemos deixar de lado o apóstolo aos
gentios? Em sua maravilhosa carta aos Filipenses ele fala sobre seu anseio pela
ressurreição e como foi que esse assunto envolveu sua vida, mesmo antes da sua
conversão. Pedro fala em sua segunda carta que logo o barco de sua vida seria
desamarrado daqui e que ele partiria para o Porto Seguro no céu.
Ora, poderia gastar muito tempo tratando
desses múltiplos exemplos de homens e mulheres que viveram à luz da esperança
da ressurreição. Mas quero finalizar esta página, mostrando o quanto a própria
presença do pecado nos impele a ambicionar a ressurreição. O que para o mundo é
doce, para os santos é amargo; o que é mel para os ímpios é fel para os santos.
Os crentes são aqueles que veem o quanto são frágeis e inclinados a pecar, por
isso anseiam pela perfeição que há de vir; por isso cantam e clamam na
esperança da vinda do Senhor, a fim de tirá-los deste vil lugar!
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