sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (10 de 10)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
O FATOR RESSURREIÇÃO NO VIVER
        Chegamos agora à parte que finaliza a mensagem sobre esse tema que é tão importante para o bem eternal do povo de Deus. A pergunta que vem a seguir é: “Como esta verdade pode ser importante para o viver diário dos crentes?”. Nós devemos saber que as doutrinas servem de fortalecimento para o povo salvo, porque enriquecem o viver e amplia a fé, o amor e a esperança do povo de Deus. Se quisermos abastecer nossa fé, devemos utilizar o combustível bíblico – doutrinas maravilhosas dadas a nós pelo Espírito de Deus.
        Vou primeiramente enfatizar a bendita esperança que temos nas coisas que hão de vir. Vivemos num mundo mergulhado nas ocas esperanças de um mundo melhor. Somos todos os dias influenciados por aquilo que passa e esse ambiente inunda o coração de vaidade. Precisamos voltar às promessas eternas, aquelas que tratam do viver além desta vida, daquilo que vamos ter na eternidade. Nosso Senhor nunca entregou quaisquer promessas desta vida aqui aos Seus discípulos. Pelo contrário, Ele mostrou que aqui só há desespero num mundo perigoso e que luta contra Deus. Suas palavras dirigidas aos apreensivos discípulos pouco antes de Sua morte foram: “No mundo tereis aflições...” (João 16). Ele deixou bem claro que este mundo era um sistema enganador e corrompido e os dias sempre experimentaram essa verdade em suas vidas.
        Também a ressurreição que virá é um ensino suficiente para anular as influências deste século sobre nossas mentes e emoções. Os crentes são despertados para um viver que agrada a Deus; as conversões acontecem e os homens abandonam suas idolatrias e paixões, porque sabem o quanto tudo aqui passa e que a morte foi tragada pela vitória suprema do Filho de Deus. Não há dúvida que precisamos viver aqui, trabalhar e esforçar para mostrar a todos que somos diferentes. Mas a verdade é que este mundo é inútil e seu alicerce é feito de barro. Também, sabemos que estamos neste mundo à serviço do nosso Deus. Todos os que compreenderam o significado da ressurreição passaram a viver compenetrados na esperança das perfeições vindouras.
        Mas tem outra lição que considero de imensa importância. É o fato que a ressurreição revelará os corações dos homens aqui. Muitos que parecem ser crentes logo são descobertos que jamais experimentaram o novo nascimento. Suas esperanças estão fincadas neste mundo, por isso amam e não querem largar esta vida, a fim de andar em santidade e agradar a Deus. A salvação em Cristo é forte suficiente para desligar o coração daqui e faz o salvo empenhar-se em trilhar o caminho rumo ao céu.
        Finalmente, a ressurreição pode despertar corações para as realidades eternas. O que virá após a morte? Para onde irá a alma? Foi a corajosa atitude dos três amigos de Daniel enfrentando a fornalha que despertou o rei Nabucodonosor para as realidades eternas, porque a vida aqui não tinha qualquer valor para aqueles crentes. Um testemunho assim, corajoso, fiel e dedicado há de atrair muitas almas a Cristo. Deus usa isso para ocasionar grande impacto no muito dos incrédulos e assim muitos pecadores vêm a Cristo.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (9)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
O CAMINHO DO CRENTE PARA A RESSURREIÇÃO
        Claramente a bíblia nos mostra que nosso caminho a ser percorrido aqui é o caminho exatamente oposto aos padrões da e do mundo. Acredito que muitos chamados crentes nem sequer se ocupam com esta verdade em nossos dias. O mundo moderno parece tão belo, afável, doce e religioso e muitos nem percebem o perigo de que as táticas de satanás são extremamente perigosas e letais. O mundo é o mesmo, ele jaz no maligno (1 João 5:19). O que é doce para os mundanos, deve ser amargo para os santos de Deus; o que parece ser luz para os incrédulos, para os crentes é a terrível escuridão; o que parece ser liberdade não passa de um depósito de almas escravas no pecado.
        O alvo dos santos é o caminho que foi aberto na salvação e que ilumina mais e mais até ser dia perfeito (Provérbios 4:18). A fé verdadeira, quanto mais forte for, mais poder terá para desprezar o mundo e marchar com força, no poder da graça rumo à perfeição. Não há meio termo, se não separarmos deste mundo vil, perderemos a coragem na caminhada; se não dispusermos a viver em santidade, aplicando os princípios bíblicos, nossa visão será curta para ver as maravilhas que nos esperam na glória eterna. Os crentes sobem rumo ao céu; os mundanos descem rumo ao abismo; os santos respiram a atmosfera celestial na oração e na palavra, enquanto a multidão incrédula só consegue respirar este ar poluído de um mundo marcado para a destruição. Sendo assim cuidemos em andar na sobriedade, com a verdade da redenção como firme fundamento debaixo dos nossos pés.
        Além disso, cuidemos em percorrer o caminho santo sem qualquer peso mundano nas costas. Muitos vivem preocupados com o amanhã; muitos vivem em contínuo medo, devido as ameaças constantes deste mundo; muitos se ocupam demais com as coisas desta vida, de tal maneira que são levados pela fúria impetuosa das ocupações mundanas. Quanto perigo! Todas essas coisas são cargas inúteis que devemos deixa-las aqui. O barco pode afundar ante as tempestades bravias que surgem. Aquilo que para o mundo é fantástico, lindo e cheio de sabedoria, para nós os salvos deve ser motivo de desprezo, quando comparamos com a glória vindoura. O que virá é incomparavelmente melhor do que qualquer tesouro achado nesta vida.
        Também, importa que sejamos humildes, pois estamos pisando em lugares perigosos. O mundo é a organização de rei dos orgulhosos – o diabo -  No reino de Deus devemos ter aquela atitude de humildade que aprendemos com nosso Senhor (Filipenses 2:5). Vejo o quanto em nossos dias o desejo de viver como quer, de fazer a própria vontade tem tomado conta de milhares que afirmam serem crentes. Temos que fugir do orgulho próprio no viver cristão; temos de buscar conselhos, porque somos extremamente frágeis e poderemos tombar a qualquer momento.
        Assim amados, avancemos rumo ao nosso perfeito destino. Tudo foi preparado de antemão para nosso bem eterno e nada há de interceptar o amor cuidadoso de nosso Senhor pelas ovelhas tão frágeis e sem defesa num mundo cruel!

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (9)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
AS MARAVILHAS DA RESSURREIÇÃO.     
        Não há como explicar ressurreição no meio dos homens, porque ressurreição é milagre, e por ser milagre não como explicar. O mundo dirá que é normal o envelhecimento e a morta, enquanto a ressurreição dirá “não!” Por quê? Cristo anulou o efeito da morte quando ressuscitou. O mundo vive daquilo que é resultado do pecado e suas consequentes normalidades e não há ninguém que possa observar essas coisas, senão por meio de uma obra despertadora de Deus.
        O texto acima nos mostra a realidade da ressurreição no orvalho: “Como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens”. Só podemos ver o orvalho pela manhã, assim será na ressurreição, porque acontecerá na manhã gloriosa. Naquele dia impressionante eis que todos os salvos aparecerão radiantes da glória fulgurante da ressurreição. Por enquanto os crentes estão atravessando este vale de dor e tristeza aqui neste mundo; milhares de santos já partiram e estão agora no céu, aguardando aquela bendita manhã. Os que aqui estão sabem bem daquilo que lhes espera na eternidade e como serão perfeitos para sempre.
        Também, o “orvalho” explica como serão os crentes naquela ocasião: “...serão os teus jovens”. O que é isso? Não há outra maneira de explicar, senão afirmando que todos os crentes serão jovens; que não haverá mais idosos nem crianças na ressurreição. Mesmo não tendo recebido seus corpos glorificados ainda, eis que Moisés e Elias aparece na ressurreição de Cristo como jovens (Mateus 27:2,3). Não é algo maravilhoso? Encaremos a miséria do pecado em nossos corpos mortais; enfrentamos dia após dia e anos após anos os resultados danosos e humilhantes do pecado aqui, mas o que vemos são as maravilhas da ressurreição que virá para todos os salvos naquele grande dia. Nunca mais haverá envelhecimento; nunca mais os salvos sofrerão a miséria trazida pela entrada do pecado. Para sempre serão jovens, fortes, belos, sem qualquer mancha nem ruga experimentamos neste vale da sombra da morte.
        O que significa isso em sua vida e para sua vida aqui, meu caro leitor? A esperança habita em seu viver? Vive aqui na esperança da glória? Habita em você o Espírito de Deus? Tem abandonado as promessas deste mundo e aguarda a esperança que alegra o coração do povo de Deus? Foi nessa gloriosa expectativa que viveram os santos no passado; foi por causa da esperança da ressurreição que milhares ignoraram o mundo, desprezaram suas ofertas e enfrentaram com coragem as lutas e dificuldades enquanto atravessaram este mundo.
        Hoje vemos como milhares afirmam que são crentes, mas seus corações se alegram com este mundo maligno; querem curtir esta vida aqui e desprezam as promessas da vida que há de vir. Não é motivo de tristeza isso? É triste ver como muitos desprezam santidade; é triste ver o quanto milhares desconhecem o poder da ressurreição no viver. Meu sincero desejo e oração é que esta mensagem desperte os corações e motive muitos à santidade aqui, a fim de viver para Deus e para a glória daquele que nos amou e nos chamou para sermos povo Dele!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (8)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
AS MARAVILHAS DA RESSURREIÇÃO.
        Não há como explicar ressurreição justamente porque é milagre, e não há como explicar milagres, pois ao achar uma explicação para milagre, então deixa de ser milagre. Em todos os Seus atos Deus só opera por meios que os homens não podem e não sabem como explicar (Salmo 136:6). Já pude explicar que o orvalho é milagre, pois não há como explicar, assim será na ressurreição; não é algo natural, completamente distante da compreensão dos homens aqui.
        Vivemos num mundo natural, onde tudo funciona segundo os moldes da natureza. Aqui tudo é explicável na lógica. Por exemplo, o pecado e seus resultados puseram os homens na lógica do pecado. Para os homens há uma normalidade em tudo o que acontece no reino do pecado, se sair dessa normalidade eles não terão como explicar. Para os homens o pecado é coisa normal; o sofrimento aqui é coisa daqui mesmo; o envelhecimento faz parte da vida e não se espera outra coisa desta vida. Para o mundo não há como retroceder e mudar a situação; não há como barrar o avança da idade, o envelhecimento e a morte. Todos esperam essas coisas e dizem “sim” ou “amém”.  Esse é o reino do pecado e os homens vivem nesse sistema e respiram essa atmosfera.
        Notemos bem que no reino do pecado até mesmo até mesmo há uma expectativa de um retorno após a morte; aquela atmosfera de esperança por um mundo melhor reina no coração e no íntimo ele acha que haverá um retorno. Toda religião, ensino e pregação que possa trazer essa esperança serão benvindos ao mundo. Para o homem natural, até mesmo a esperança do céu é porque ele tem um desejo de um mundo melhor, mais favorável para viver e sem qualquer perturbação. Os homens querem morrer e viver depois eternamente no pecado.
        Enquanto o mundo diz: “Sim!” para tudo isso, a ressurreição diz: “Não!”. Todo ensino da graça opera diametralmente oposto aos ensinos deste sistema enganador e cruel deste mundo. Cristo não veio ao mundo para perpetuar o sistema de vida causado pelo pecado; ele não veio ser um aliado de Adão, nem tampouco abençoar o estilo de vida proposto por Caim. O velho Adão veio para gerar no pecado este mundo no qual vivemos, enquanto o novo Adão veio para arrancar o sistema maldito e passageiro do pecado, a fim de estabelecer o sistema eterno, oposto ao que temos recebido aqui. Com Sua morte Cristo de fato anulou tudo e os crentes usufruem à medida que passa, até o acontecimento maravilhoso que sucederá na eternidade.
        Foi por causa de tudo isso que Paulo inspirado escreveu o maravilhoso capítulo 15 de 1 Coríntios. Ali Paulo assegura que se não houver ressurreição tudo aqui vira fracasso e que é até melhor o viver dos incrédulos, comparando com as esperanças inúteis dos crentes. Mas os santos vivem sim na bendita esperança da glória; aguardam o tempo eterno, quando a morte sumirá, para dar lugar à felicidade eterna. O mundo não pode compreender, nem compreenderá o estilo de vida que os crentes têm, porque ressurreição é estranho aqui. Tudo aqui funciona na base da morte; tudo aqui, por mais belo que for, por mais rico que apareça, tudo está fadado à desgraça eterna.
        

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (9)


                
        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
O CAMINHO DO CRENTE PARA A RESSURREIÇÃO
        Uma palavra de exortação vem em seguida, alertando os crentes a percorrer o caminho, sem, contudo carregar nenhum peso do mundo e da carne, a não ser o peso da cruz. É exatamente isso o que nos exorta Hebreus 12, para que nos livremos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com paciência a carreira que nos está proposta. Noutras palavras, desapeguemo-nos deste mundo; temos um caminho pela frente, temos o Modelo perfeito a ser seguido – o Autor e Consumador da nossa fé. Não permitamos que o mundo nos engorde com suas paixões e prazeres, pois aquilo que o mundo considera maravilhoso e fantástico, pode ser empecilho para nossa jornada rumo ao lar.
        Outro perigo que nos cerca, impedindo que vivamos à luz da ressurreição é o orgulho. Se tem algo a ser combatido com oração, súplica e contínua luta é a poderosa soberba, como disse Davi: “Também da soberba guarda teu servo...” (Salmo 19:13). O orgulho é o pai de toda iniquidade, especialmente daqueles pecados disfarçados. Pensamos que nossas quedas aparecem em pecados notoriamente grosseiros, sem saber que o mal aparece pintado e carregando pelas flores consigo. Estamos vivendo uma era extremamente perigosa no orgulho, pois o lema hoje é que “cada um deve fazer o que bem quiser”, e isso envolve a vida de homens e mulheres de toda idade. Esse é o espírito desta época corre sem freio para consequências drásticas. Os chamados crentes se sentem ofendidos, não parecem como ovelhas que seguem seu pastor e não buscam conselhos, porque já estão determinados a fazer o que querem fazer de forma obstinada. Como diz Paulo em exortação a Timóteo, que viria tempos difíceis de domar e o tempo realmente chegou.
        Ora, tudo isso vem nos instruir, para que combatamos o bom combate e lutemos pela ressurreição. É nessa constante luta que melhoramos nossa vida espiritual aqui e desfrutamos das riquezas eternas, sem mencionar o fato que seremos mais úteis neste mundo. O mundo só pode brilhar mediante a luz da ressurreição que aparece num viver santo dos crentes. Não esqueçamos que a igreja é a cidade edificada sobre o monte (Mateus 5). Quanto mais humildes formos, melhor; quanto mais apegados à palavra fiel, melhor para nós; quanto mais alimentarmos da verdade revelada, mais excelência teremos no viver; quanto mais encher nossos corações da esperança da glória, mais feliz e cheios de regozijos seremos. Noutras palavras, devemos ambicionar mais de Cristo.
        Que diferença bendita! Enquanto o mundo se alimenta de coisas passageiras, desfrutamos de coisas eternas! Corramos, portanto das ambições deste mundo, de suas ofertas tentadoras e contentemos com maravilhosas promessas. Subamos sempre ao Monte Sião em oração e adoração; cultivemos a arte de fazer pela fé contínuas viagens à Nova Jerusalém; saiamos sempre da comunhão mundana, para a comunhão santa e preciosa que os santos têm devido a posição em Cristo. Delícias eternas, riquezas eternas e bendita e perfeita posição esperam os salvos!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (7)


      
        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
O CAMINHO DO CRENTE PARA A RESSURREIÇÃO
        Os crentes são os únicos que avançam no caminho rumo à ressurreição, porque eles foram salvos e santificados para isso. Aliás, é essa a esperança do povo de Deus na face da terra; essa foi a conquista preciosa do Senhor para eles, sendo o Senhor mesmo as primícias da ressurreição. Será que isso é uma verdade de fundamental importância para o viver dos santos de Deus na terra? Que valor tem para nosso viver diário e nossa batalha contra o mal diariamente? É sobre esse assunto que almejo tratar nesta parte.
        A primeira lição que vem despontar perante nossos olhos é o fato que nosso caminho a percorrer é completamente oposto aos padrões da carne e do mundo. Os verdadeiros crentes logo percebem isso e ficam alertados contra os perigos que envolvem suas vidas aqui. Notemos bem que o pecado fundamenta a vida em torno de sonhos e vaidades. Para o mundo a morte é um acontecimento normal na vida, que faz parte do viver, como se isso viesse da própria criação de Deus. Para o mundo não há um reino invisível, de um Deus que do trono celestial reina soberanamente sobre tudo e sobre todos. Esses pensamentos são estranhos ao mundo perigoso onde os crentes vivem. Para o mundo, o fim é algo que fica na incógnita do futuro, que o melhor é viver agora e experimentar a felicidade e alegria de viver. Para o mundo, quando o fim chegar então virá o “descanse em paz”.
        Os crentes percebem, mediante as instruções bíblicas, que eles são estrangeiros aqui e que não há como ter comunhão com os pensamentos deste sistema, nem mesmo com o melhor da religião que o mundo pode oferecer. O mundo dorme gostosamente nos braços de um líder esperto e perverso, enquanto os crentes são aqueles que foram despertados para ver que agora andam rumo ao lugar certo. Notemos, que mesmo sendo religioso e extremamente apegado aos costumes judaicos, Saulo de Tarso não passava de um mundano que tinha pensamentos iguais a qualquer pagão deste mundo. Sua mentalidade acerca da ressurreição foi completamente mudada, após ter conhecido o Senhor Jesus, e ele transmite isso em sua carta aos Filipenses, capítulo 3.
        Avanço mais, mostrando que aos crentes a ordem é para avançar rumo à perfeição. No pecado a morte nos levava rumo ao lugar dos mortos. O pecado em suas conquistas leva milhares para a destruição, enquanto a graça leva os que foram conquistados rumo à perfeição eterna. Notemos a diferença, porque os santos não caminham para a direita, enquanto os incrédulos vão para a esquerda. No ensino bíblico a direção é sempre vertical e não horizontal. Os santos sobem às alturas, enquanto os condenados descem para o precipício de terror eterno.
        Então, tomemos esses fatos e coloquemos em prática no nosso andar. O que a Palavra de Deus nos ensina? “Sede sóbrios” (1 Pedro 1:13). O que isso significa? Nosso Senhor nos instrui a não seguir os princípios perigosos deste mundo; que cuidemos com a mentalidade deste viver insano e louco. Fomos chamados a por nossos “pés no chão”; que acordemos deste lugar sombrio, onde as trevas dominam e agarram os homens. Fomos chamados revestir-nos de Cristo e andar rumo ao nosso lar celestial; fomos chamados olhar para o Autor e Consumador de nossa fé, a fim de correr a carreira que nos está proposta.

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (7)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
AS MARAVILHAS DA RESSURREIÇÃO.
        Precisamos conhecer as maravilhas da ressurreição, porquanto o texto do Salmo 110:3 nos mostra isso: “Como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens”. É bem provável que nada vemos e que o texto nada desperte qualquer interesse pelo assunto. Mas nós somos assim, vivemos na superfície e não temos coragem de mergulhar nas profundezas da graça. Se examinarmos bem seremos acordados pela graça para vermos o quanto a ressurreição veio anular completamente todos os efeitos aterrorizantes do pecado e da morte. Olhemos ao nosso derredor. O que vemos? Não são os efeitos terríveis do pecado neste mundo e em toda criação? Não vemos que toda beleza da pureza, da vida e santidade da criação foi destruída pela presença do pecado e da morte? Olhemos a criação e vejamos o quanto cada criatura corre de um lado para outro à procura de como escapar da morte. Os animais lutam para sobreviver neste mundo; eles vivem gemendo, em agonia, porque sofrem os efeitos dos nossos pecados.
        Outra lição deprimente aparece perante nossos olhos. Vejamos a situação angustiante dos homens, porque todos eles lutam neste cenário de dor, a fim de escapar da morte. Nada há aqui que não foi atingido pelos efeitos mortíferos do pecado. Onde tudo parece ser bonito, feliz e duradouro, ali está a presença da morte para frustrar tudo e trazer tristeza, dores e miséria. Olhemos nossos corpos e vejamos que em cada centímetro reinam as dores do pecado; em cada detalhe a morte está presente ali, a fim de desmanchar a saúde, arrancar a beleza e apagar as esperanças de um futuro abençoado. Neste mundo a morte está presente para anular as festas, apagar os sorrisos e desferir golpes certeiros naquilo que parece ser segurança aqui.
        Além de tudo isso, não há qualquer esperança de mudança neste mundo, pois a realidade é essa que vemos. Todos os enfeites são destruídos de repente. Deus faz com que os homens saibam que a realidade das coisas está naquilo que não procuramos. Quando Belsazar fez a festa no palácio da Babilônia (Daniel 5), ele não contava com o fato que Deus sabe como transformar as festas aqui em realidade de terrores e desespero, porque não demorou para que o arrogante monarca fosse visto tremendo diante daquilo que estava sendo escrito na parede do palácio. As nações investem em tudo, na política, na medicina e noutras atividades, a fim de criar um mundo melhor, onde todos possam se sentir felizes, mas é tudo inútil, são os homens lutando contra aquilo que eles não podem lutar.
        Minhas pobres palavras não podem expressar o quão terrível são as consequências do pecado e da morte neste mundo. Mas todo meu esforço tem em vista mostrar o quanto a morte e a ressurreição do Senhor foram suficientes para anular tudo isso, abrindo um cenário de esperança que vai infinitamente além desta vida tão banal e ilusória, oferecida por este mundo maligno. Como vemos isso? Ora, o texto acima nos mostra no “orvalho”. “Orvalho” é milagre, porque não há quem possa explicar de onde vem essas gotas que aparecem bem cedo, até mesmo em lugares onde não caem chuvas facilmente. Não é um ensino maravilhoso, entregue a nós pelo Senhor? O que seremos após a morte? “Como orvalho emergindo da aurora serão os seus jovens”.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (6)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
AS MARAVILHAS DA RESSURREIÇÃO.
        Todo meu propósito nesta explanação do texto acima tem como intenção mostrar o quanto Deus tinha em mira conquistas eternas e essas conquistas serão vistas nos santos ressuscitados: “...como orvalho da aurora serão os teus jovens”. Minha esperança e oração é que o leitor atento perceba que tudo foi conquistado na cruz e no sepulcro vazio. Precisamos saber que a entrada do pecado no mundo não foi algo simples; não foi um mero acidente. Foi algo aterrorizante, trágico, porquanto o pecado e a morte não fazem parte da criação de Deus. Devemos saber que esses efeitos da queda no Éden são mostrados agora em nossos corpos mortais, conforme diz Paulo em Romanos 5:12: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.
        Vamos analisar esses fatos à luz da nossa vida aqui, porque no mundo sempre vemos que isso e aquilo que quebraram podem ser consertados. Aquela casa que caiu, pode ser reedificada; aquela plantação que foi destruída pela seca, poderá dar lugar a uma colheita abundante após dias de chuvas, e assim por diante. Mas no que tange ao pecado e a consequente morte não há como remediar ou consertar. Foi exatamente essa lição que Cristo queria passar para os judeus tão cegos: “Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). Podemos melhorar um cemitério, arrumá-lo, pintar os sepulcros, colocar flores e melhorar os jazigos com os nomes dos que morreram, mas não podemos trazer à vida os que ali foram sepultados. Quando nosso Senhor curou o paralítico (João 5) ele estava mostrando aos judeus que o problema do homem não é uma perna atrofiada ou um braço defeituoso, mas sim o fato que o pecado entrou e levou-o à condição de um morto no pecado (Efésios 2:1).
        Assim, voltando para o texto acima do Salmo 110, vemos que a única solução para os pecadores é o milagre da ressurreição. Veja o desespero e tristeza ocasionados pela morte no mundo; para onde foram os mortos? O mundo não tem como responder. Eles não sabem para onde foram seus queridos e satanás logo trabalha em seus corações, fazendo com que eles esqueçam de tudo e levem a vida aqui em sua normalidade. Eles vivem sem esperança e sem Deus neste mundo, conforme afirma Paulo em Efésios 2:12). Veja amado leitor o quanto a ressurreição é milagre, porque traz os mortos à vida. As palavras usadas pelo Espírito Santo no texto acima mostram essa verdade: “Como orvalho emergindo da aurora...”. Quem pode explicar o orvalho? De onde vêm essas gotas? Se fossem das nuvens não seriam orvalho, mas sim chuva.
        Então, é milagre! Ninguém explica isso; ninguém tem palavras para falar sobre algo que vem da força da ressurreição do Senhor Jesus. Não é isso maravilhoso? Não enche o coração do salvo de gozo e alegria? Cristo ressuscitou e eles também ressuscitarão! Nossa esperança de glória eterna está para dar lugar a realidade, pois os santos deixarão este mundo, finalmente, para ir adorar Jesus e serem semelhantes a Ele!


VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (6)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
        A TRISTE REALIDADE DA TRANSITORIEDADE DESTA VIDA
        Posso assegurar que neste mundo, devido a entrada do pecado e como consequência a morte, certamente o prazer se esvai facilmente. Toda luta do mundo, do pecado e do diabo é cercar os homens, para que eles se deem pelo prazer. O mundo vive desse hedonismo, dessa busca pela felicidade aqui, o que de certa forma não é errado em si mesmo. O perigo, entretanto aparece no fato que tudo isso encobre a realidade das coisas. Em lugar do prazer aparecerá o desprazer; a glória e felicidade hoje deverão dar lugar a lutas, dores e gemidos; quando os homens sobem nas altas montanhas de alegria e expectativas de um mundo melhor, eis que de repente aparece um profundo vale de desespero. Na vida de José, a felicidade de se sentir seguro em sua casa, na companhia de seu pai e de seus irmãos foi trocado para o desespero de ser maltratado e vendido como escravo para anos de sofrimentos (Gênesis 27).
        Os homens neste mundo devem saber que por detrás dessa fachada de alegria e aventuras na busca por felicidade terrena, os homens nada sabem o quanto este mundo está cercado de terríveis inimigos, os quais não querem outra coisa, senão empurrá-los para o desespero eterno. Satanás o deus deste sistema é um homicida e utiliza os homens apenas para seus interesses pervertidos, e depois quer vê-los na destruição eterna. A morte exerce seu trabalho cruel, aproveitando bem das oportunidades, a fim de dar seu golpe final, a fim de empurrar almas para a boca insaciável do inferno.
        O que Deus está fazendo? Em Sua palavra o grande Deus está mostrando aos homens que a excelência não está aqui; que o lugar de viver não é aqui; que aqui tudo é transformado em cinzas com a presença do pecado e da morte. Enfim, o Senhor está expondo aos homens no mundo inteiro que o valor não está nesta vida, mas sim na ressurreição, foi por essa razão que por quatro vezes nosso Senhor prometeu quanto aos pecadores convertidos: “ e eu o ressuscitarei no último dia”. Em nada o Senhor assegura uma vida boa, confortável e segura, a não ser na salvação que há em Cristo, no mundo não. Assim, os santos devem saber que a excelência virá na ressurreição e nisso eles devem colocar seus corações.
        Diante dessas tremendas verdades, o que os santos devem fazer? Pedro exorta em sua segunda carta, que nós devemos andar em santidade e pureza aqui, uma vez que tudo isso que aqui parece ser tão belo, será passado pelo fogo da destruição, assim como aconteceu com Sodoma e Gomorra. Podemos compreender essas coisas? Podemos receber as palavras do Salmo 110 com alegria, quando diz que os santos são como orvalho emergindo da aurora? O que esperamos daqui? Milhares e milhares de santos já partiram e estamos caminho para a fase final de nossa jornada,  a fim de saudar nossos irmãos que já chegaram lá!
        E você, meu amigo leitor, onde está a sua esperança? Não é o momento maravilhoso para sua entrega e conversão sincera a Cristo? Não é o momento para reconhecer seus pecados e buscar Nele o perdão, purificação e desfrutar assim da paz com Deus, mediante o sangue remidor? Se ocorrer isso é o passo inicial para a jornada rumo à ressurreição!


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (5)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
        A TRISTE REALIDADE DA TRANSITORIEDADE DESTA VIDA
        Posso assegurar que a história deste mundo se ergue para contar que tudo aqui passa. João mesmo afirmou que “O mundo passa...” (1 João 2). Os homens no pecado vivem lambiscando os momentos; o que desfrutamos hoje há de perder-se hoje mesmo e não há esperança de que tudo há de voltar amanhã. A esperança embutida nos corações das multidões está no gozo e prazer do momento. O mundo ignora completamente o significado daquilo que é eterno; essas coisas são estranhas ao coração do homem que não nascer de novo. Além disso, os beliscões do pecado e a presença constante da morte vêm avisar aos homens o quanto tudo aqui está debaixo do desespero e de iminente tristeza e dores.
        Não há maior demonstração do horror deste sistema transitório aqui do que a presença cruel da morte. Este vale de dores é marcado por choro, tristeza, saudade e luto. Não há um dia melhor do que outro, porque satanás faz de tudo para encobrir a realidade das coisas aqui com festas e aparentes vitórias. Enquanto milhares gritam, pulam de alegria, celebram suas festas, passeiam e trabalham por uma vida melhor, eis que está oculto aos olhos de multidões o fato que muitos estão sepultando os pais, os filhos e outros queridos. Além disso, o mundo é sempre surpreendido por acontecimentos trágicos e inesperados. De repente homens são tomados pelo prazer de matar; de repente eis que um avião cai, um carro sofre acidente com vítimas e outros acontecimentos que normalmente a mídia procura ocultar.
        Vou além para afirmar o quanto os homens sofrem os golpes do pecado aqui. O Egito e o mundo iam muito bem, até que foram anunciados os sete anos de fome que seguiriam sete anos de fartura. Anos de bênçãos e prosperidades podem ser sinais de que desceremos para o vale da miséria. Os homens que hoje parecem ser gentis, amáveis e educados, amanhã podem tornar perseguidores e cruéis. O rei da Síria não esperava que seu próprio servo chegaria e o mataria, a fim de ocupar seu lugar no trono (2 Reis 8). Não podemos esperar coisas melhores de um mundo que jaz no maligno e onde reina o pecado e a morte. A alegria de Judas em obter aquilo que tanto queria, logo deu lugar a angústia, tristeza e remorso que levaram aquele homem ao suicídio.
        Minhas palavras são tão pobres para descrever as mazelas desta vida passageiras! Mas todo meu esforço visa levar meus leitores à compreensão do incrível valor da ressurreição para o viver diário do crente. Deus não nos concede Seus ensinos, sem que eles tenham precioso valor para o viver diário. Eles são como joias que vêm enfeitar nossas vidas enquanto caminhamos na jornada rumo ao céu. Notemos bem que não somos exortados a afastar, viver isolado; somos chamados para trabalhar, produzir, lutar, conquistar, prosperar, etc. até que o Senhor volte.
        Assim termino esta página, na esperança que meus irmãos em Cristo sejam fortalecidos na fé. Aqui envelhecemos e perdemos nossa força, mas a verdade é que a ressurreição nos tornou jovens eternos, orvalhos que emergem da aurora. Caminhamos para a perfeição, milhares já foram e aguardam que a família de Deus fique cem por cento completa naquele lugar.


A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (5)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
        A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
        Preciso fincar as bases seguras e inabaláveis deste assunto que trata da importância da ressurreição. De novo, asseguro aqui que se esse tema não for abordado constantemente, certamente o mundo triunfará e nossa fé cairá. A pressão hoje é grande da parte deste sistema maligno e mentiroso, a fim de que os crentes pensem no mundo como o mais gostoso lugar de viver. Nosso Senhor há de assegurar aos Seus discípulos que no mundo eles passariam por aflições; os santos apóstolos nos ensinam em suas cartas, para que sejamos fortalecidos na esperança, enquanto aqui estivermos.
        Ora, foi assim que viveram os heróis da fé desde que a salvação deu início nos corações de homens e mulheres. Diz a bíblia que Enoque andou com Deus e este o tomou para Si. O que podemos falar de Abraão? Nosso pai na fé teve uma atuante esperança e viveu o gozo dessa esperança aqui, de tal maneira que suas decisões sempre foram comprometidas com Deus. Abraão não permitiu que nada deste mundo dominasse seu estilo de vida servindo a Deus; ele não titubeava em nada. Para ele o prazer era cumprir a vontade Deus e no final sabia bem para onde estava indo. Moisés, também teve essa visão que ultrapassou as barreiras daquilo que é apenas visível, por isso preferiu unir ao povo de Deus, para sofrer com eles aqui, porque sabia bem que um superior galardão o aguardava no céu.
        O que podemos falar de Jó? Que incrível história de uma vigorosa esperança! Era algo tão extraordinário que satanás não podia compreender. Um homem tão rico e abastado era temente a Deus e desviava do mal. Tudo isso traz consigo o ensino da ressurreição, do fato que aqueles homens sabiam que um dia veriam ao Senhor face a face. Talvez nem pensássemos na vida de um homem como Asafe, um dos levitas que participavam dos cânticos em Israel. No Salmo 73 ele sente a satisfação de ser guiado por Deus aqui e depois ser recebido na glória. Para esses homens o que valia a vida aqui? Nada, se não fosse o prazer de andar com Deus! Simeão viu o Messias recém-nascido, tomou-o nos braços e adorou a Deus, sabendo que o Senhor havia lhe preservado para aquela bendita oportunidade de ver o Salvador (Lucas 2).
        Podemos deixar de lado o apóstolo aos gentios? Em sua maravilhosa carta aos Filipenses ele fala sobre seu anseio pela ressurreição e como foi que esse assunto envolveu sua vida, mesmo antes da sua conversão. Pedro fala em sua segunda carta que logo o barco de sua vida seria desamarrado daqui e que ele partiria para o Porto Seguro no céu.
        Ora, poderia gastar muito tempo tratando desses múltiplos exemplos de homens e mulheres que viveram à luz da esperança da ressurreição. Mas quero finalizar esta página, mostrando o quanto a própria presença do pecado nos impele a ambicionar a ressurreição. O que para o mundo é doce, para os santos é amargo; o que é mel para os ímpios é fel para os santos. Os crentes são aqueles que veem o quanto são frágeis e inclinados a pecar, por isso anseiam pela perfeição que há de vir; por isso cantam e clamam na esperança da vinda do Senhor, a fim de tirá-los deste vil lugar!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (4)


“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
        A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
        Digo mais que nossa frágil habitação terrena pede a ressurreição. Paulo trata abundantemente desse tema no capítulo 8 de Romanos e em sua segunda carta à igreja de Corinto. O alvo do mundo é cortejar o corpo; a finalidade do pecado é aquecer as chamas da sensualidade aqui; toda luta deste mundo é enfatizar as paixões da carne. O mundo nunca mudou nem mudará; muito mais agora as coisas estão acontecendo de tal maneira que seja estabelecido certo tipo de culto ao corpo. Em nossos dias vemos que a vida de prazeres físicos tem entrado de forma disfarçada dentro das igrejas, de tal maneira que até mesmo pastores não percebem os perigos que envolvem isso.
        É claro que não estamos negando os prazeres aqui, desde que sejam lícitos e que não envolvam nossos corações. O perigo que envolvem os crentes vem quando eles não percebem o quanto precisam lutar diariamente contra as paixões pecaminosas que envolvem nossos corpos. Há nos verdadeiros crentes uma solicitação e aspiração por corpos perfeitos, de glória. Sentimos na pele dores, gemidos, canseira e a presença da morte. Foi exatamente isso o que Paulo tratou em 2 Coríntios, ao afirmar que habitava nessa casa de barro, por isso anelava pela habitação permanente que viria após a morte. O mundo busca uma melhora aqui, mas os crentes sabem que a mudança perfeita virá quando a morte chegar com sua chave e destrancar a porta dessa habitação de sofrimentos, na qual ainda vivemos.
        Também, as lutas, sofrimentos, dores, etc. revelam a verdade do que o pecado ocasionou aqui. Tudo o que se refere aos prazeres, conforto, alegria, e outras coisas semelhantes tem valor transitório, para sempre dar lugar às mazelas da vida. Nosso Senhor deixou claro para seus discípulos que no mundo eles teriam aflições e no Espírito eles ficaram preparados para enfrentar essa realidade. Hoje podemos estar vivendo no auge do conforto e dos prazeres aqui, mas amanhã provavelmente desceremos ao vale de dores e gemidos. Na ressurreição nosso Senhor está mostrando ao Seu povo eleito que o que virá é infinitamente melhor e tudo isso Ele conquistou em Sua ressurreição.
        Posso afirmar também que a natureza reclama a ressurreição. A igreja despontará no universo; um povo perfeito brilhará para sempre e tudo respirará com segurança, pois será tirado esse veneno que impactou o universo de dores e morte certa. Não há lugar aqui que possa dar descanso e livramento, pois até mesmo seres minúsculos estão preparados para sugar nosso sangue e puxar nossa morte. Não podemos gabar de nossa saúde, nem fortalecer em nossos bens. Não há porta fechada para a morte, nem esconderijo para os perigos sérios que rodeiam nossa vida aqui.
        Além disso, o próprio mundo e sua organização vão lutar contra o povo de Deus aqui; vão ser inspirados em perseguir os crentes e trazer-lhes aflições. O mundo louco e insano está gritando, dizendo que não nos quer aqui; que nossa presença impede que eles façam o que realmente gostam de fazer – pecar. É nesse ambiente que nós vivemos e caminhamos. O lugar não é nosso; os inimigos não querem que os santos de Deus acampem no território deles. Tudo isso está nos mostrando que os planos da ressurreição são eternos.

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (4)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
        A TRISTE REALIDADE DA TRANSITORIEDADE DESTA VIDA
        No engano do pecado há também uma expectativa de que há glórias aqui neste mundo. Eis aí uma das mais poderosas forças enganadoras do pecado. Há um poder de atração na mente, nas emoções e na carne do homem no pecado, de tal maneira que ele se entrega a este sistema numa confiança incrível de que amanhã tudo será melhor do que hoje. Nada, nem mesmo a morte pode aniquilar esse sonho posto no coração pelo pecado. É exatamente isso o que a bíblia diz em Provérbio 1:32: “...a impressão de bem –estar os leva à perdição”. O crente não está livre desse mal, porque ele envolve a carne e manipula a mente, por isso muitas vezes Deus utiliza as desventuras terrenas para mexer com os crentes e trazê-los à realidade.
        Posso afirmar também, que o espírito de engano leva os homens e até mesmo os crentes a pensar que a liderança que existe neste mundo é melhor. O princípio ativo é que há uma segurança aqui, devido ao fato que tudo parece ser tão favorável; a noite, o dia, a chuva, o sol, as estações, etc. tudo isso fornece um ambiente de segurança aqui. Muitos crentes, sem qualquer capacidade de discernimento das coisas não podem perceber que o mundo jaz no maligno (1 João 5:19). Há o grave perigo de que os crentes acreditem que Deus está distante e que o governo aqui pertence aos homens e não ao Senhor que reina no céu e na terra.
        Há também a impressão de que não há inimigos, e que as adversidades são superáveis. O próprio mundo pensa assim, porque os homens demonstram confiança neles mesmos, por isso procuram ser bem positivos e querem vencer todo negativismo. Tudo aqui é visto na base de uma visão terrena das coisas; somos descrentes no que se refere aos espíritos e a atuação terrível de satanás neste mundo. Uma lida com calma nos dois primeiros capítulos de Jó será suficiente para nos ensinar o quanto satanás está bem ativo neste mundo perigoso. Quando os homens pensam no céu normalmente estão buscando um seguro de vida contra o inferno, porque sabem que a morte virá. Mas mesmo assim, o mundo é o lugar deles e acreditam que receberão a influência dos seus bens e família após à morte.
        Os verdadeiros crentes sabem que se não houver uma disposição de ler a bíblia e andar em humildade com Deus aqui, certamente o mundo espertamente os dominará. Por essa razão foi que o salmista pede no Salmo 119 para que o Senhor não permita que seus olhos contemplem a vaidade. A correnteza deste mundo é muito forte e tendem a nos empurrar para o abismo abaixo. Se não houver uma disposição de subir às alturas da oração, e da palavra, certamente nossa fé vacilará ante a pressão da época. Até mesmo as nossas orações poderão demonstrar que não estamos curtindo aqui as maravilhas da ressurreição. Queremos pedir, mas pedimos mal porque temos em vista os confortos terrenos. Queremos um Cristo que abençoe nossos negócios, família e até mesmo pedimos que tudo dê certo, do nosso ponto de vista.
        Não é verdade que a tendência natural é descer? Que somos susceptíveis a buscar os vales mundanos, ao invés de subir com coragem às alturas onde somente a fé pode chegar?
       
        

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (3)


“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
A TRISTE REALIDADE DA TRANSITORIEDADE DESTA VIDA
Comecei o assunto na página anterior mostrando que neste mundo sempre houveram e haverão momentos de aparente glória, mas a verdade permanece que neste mundo teremos picos e vales, subidas e descidas. Sempre somos acionados a voltar e pisar a realidade do vale. Se não estivermos ligados à Palavra de Deus, sintonizados com a verdade, eis que o engano do pecado nos dará no íntimo  a impressão de que a vida aqui é a melhor que temos e que, por isso devemos aproveitar ao máximo. A vida aqui ousa sempre nos prender à zona de conforto, da qual não queremos sair. Estamos sintonizados à natureza e esquecemos que tudo o que é desta natureza terrena e animal foi fulminado pelo pecado e segue a vaidade. 
Vejamos bem o quanto nosso Senhor veio nos desprender disso; que veio nos arrancar desse sistema vil; veio por assim dizer, importunar nossa carne rebelde e levar-nos a segui-lo pelo caminho certo. Por esta razão foi que Ele afirmou: “Quem ama esta vida, perdê-la-á”; outra vez Ele disse: “Quem quiser vir após mim negue-se a si mesmo...”. Todas essas afirmações vêm estraçalhar a malignidade da natureza terrena e transitória, a qual carregamos em nossos corpos corruptíveis e mortais. Também, os santos de Deus presenciaram essas realidades e pela força da graça desprezaram esse sistema tão confortável, mas extremamente perigoso aqui. Moisés percebeu isso pela fé, porque recusou todo conforto que a vida de um monarca egípcio traria, a fim de aqui sofrer com o povo de Deus, a fim de alcançar um prêmio infinitamente mais excelente. 
Percebemos esse fato na vida de homens como Daniel e seus amigos. Não havia lugar mais confortável do que a vida luxuosa no palácio da babilônia. Era simples, o que exigia era apenas uma entrega aos padrões corrompidos e idólatras daqueles homens e a vida seria excelente. Mas aqueles homens viam tudo à luz da verdade eterna, por isso o fogo e as dentes dos leões em nada os amedrontaram. O que eles miravam aqui era a ressurreição e não o conforto promovido pelos bens terrenos. 
Outro exemplo que nos passa despercebido é a vida de Mardoqueu, um homem de incrível humildade, mas cheio de coragem para lutar pelo bem do seu povo (Ester). Nada vemos naquele homem que elevasse à grandeza, pois teve coragem de recusar submissão a Hamã, um mortal inimigo do povo judeu. Mardoqueu enfrentou, confiou em seu Deus e obteve estupenda vitória, como aquela que vemos narrada nos 10 capítulos do impressionante livro de Ester.
Quando a fé vem de Deus, os homens e mulheres crentes serão sempre motivados a enfrentar a guerra contra o mal aqui. Foi por essa fé que brilhou nos corações daqueles heróis que eles literalmente venceram. Quando a fé vem dos homens tudo funcionará como uma erva que nasce hoje, mas não demora muito para ser pisada e assim desaparecer. O mundo hoje está cheio dessa fumaça religiosa; não há qualquer temor; não há qualquer interesse em coisas eternas; não há qualquer espírito de renúncia e de santificação nem tampouco o temor do Senhor. Por que viver à luz da ressurreição quando o mundo parece ser tão bonito e atraente? Para muitos que afirmam ser crentes tudo isso parece ser uma opção inútil e inválida. Triste realidade!

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (3)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
        A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
        Devo voltar ao assunto sobre a importância da ressurreição. A primeira lição é que vemos a grandeza da vontade soberana em plena ação. E é exatamente aqui que nos envolvemos em sérios problemas e perplexidades, não porque há problemas com Deus, mas sim porque a natureza corrompida do homem em nada aceita um Deus soberano que age em tudo e em todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade. O desejo de ser um deus está intrinsecamente ligado à natureza do pecado, por isso não gostamos que a glória fique tão somente com Ele; queremos lambiscar um pouco dela.
        Mas é aqui que entra o propósito eterno da eleição em Cristo, porque Deus tinha em mira um povo para si: “Assim como nos elegeu Nele, antes da fundação do mundo...” (Efésios 1:4). A escolha não foi vã; Deus não opera inutilmente, porque em tudo Ele tem como objetivo Sua glória e o bem eterno do Seu povo. Assim, entendemos claramente que na redenção na cruz Deus tinha em vista a transformação completa do Seu povo. A graça opera para suplantar completamente o maligno e pervertido serviço feito pelo pecado: “...onde abundou o pecado superabundou a graça” (Romanos 5:20). Compreendemos que toda história da criação e tudo o que aconteceria na história tiveram um santo e eterno propósito nos planos de Deus. Como ter um povo para si sem que houvesse um trabalho portentoso e transformador da graça? Era impossível!
        Com essas verdades em mente entendemos que a salvação não tem em vista apenas levar pessoas para o céu, ou mesmo tirando-as da condenação eterna; é algo infinitamente maior do que tudo aquilo que pensamos e entendemos de forma tão superficial. A morte do Filho veio para esmagar com o poder do pecado, do diabo, do mundo e do inferno, mas Sua ressurreição veio dinamitar e assim destruir para sempre o poder da morte. O pecado e a morte trabalham juntos; um resulta no outro; mas o Senhor veio destruir tanto um quanto o outro, a fim de que os salvos pudessem subir para o reino de glória e serem participantes dessa glória sempiterna. O homem aqui seria transformado para ser perfeito para sempre. Mesmo que aqui vivamos por muito tempo, o período de vida na terra em nada prejudica os feitos da gloriosa obra advindo da morte e da ressurreição.
        Tomemos como exemplo o ladrão na cruz, porque aquele moço foi salvo e não demorou muito para que imediatamente entrasse no reino de glória. O que aconteceu ali? Salvação e ressurreição! Veja bem que nada alterou; ele não entrou menos preparado no Paraíso; ele não entrou lá para obter algumas aulas a mais, a fim de ser aperfeiçoado com o tempo. Não é algo maravilhoso? Levo o leitor para Romanos 8, porque ali vemos o quanto o trabalho foi completo e perfeito com aquilo que ocorreu na cruz: “Ao que predestinou e estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Romanos 8:30). Deus não está remendando as coisas, porque ele nada fez pela metade; todos os seus feitos superam o tempo e envolvem a eternidade.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (2)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
        A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
        O propósito desta matéria é mostrar a ressurreição sob o ponto de vista de Deus. Precisamos saber dessa verdade, porque os planos perfeitos da redenção devem ser benvindos a nós os crentes, porque têm em vista nosso bem eterno. Quando conhecemos a mente de Deus, segundo as Escrituras, certamente nossa fé ganhará resistência, entusiasmo e coragem para prosseguir na jornada. As bases da nossa salvação nada têm de qualquer contribuição do homem; elas foram firmadas na eternidade, porque Aquele que nos escolheu no Amado é soberano e perfeito em tudo. Além disso, devemos saber que a linha vermelha da redenção jamais será arrebentada e que, uma vez que foi Deus quem determinou, quem poderá impedir?
        A primeira lição que emerge da importância da ressurreição é que foi feita a vontade soberana. Vale a pena autenticar esse fato na mente dos santos de Deus, que a salvação dos perdidos não é uma mera salvação; não é um mero livramento de criminosos da penalidade eterna; não é meramente colocar culpados que foram inocentados pelo sangue, a fim de que povoem o céu. A salvação é imensamente maior do que isso, porque nos planos eternos Deus tinha em mira tomar um povo para Si. Vemos isso na própria linguagem do Senhor Jesus em João 6. Ele fala do Pai que elegeu um povo e que entrega agora individualmente cada pecador arrependido para que seja salvo: “...e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora” (verso 37). Mas logo em seguida, por quatro vezes o Senhor afirma que todos os salvos Ele os ressuscitará no último dia. Enfatizo isso porque a ressurreição é a força poderosa da graça para demonstrar no universo o que Deus fez em Sua graça.
        Também, não podemos esquecer que a humilhação do Senhor, Sua morte e ressurreição promove essa manifestação de glória, porque o que Ele é, o povo remido também será. Todos os remidos estão envolvidos nessa glória eterna. Se os crentes querem ver a glória da ressurreição, devem mirar a história do Cordeiro aqui e o que será na eternidade. Os santos estão ligados ao Senhor. Em Romanos 6 Paulo trata sobre isso e tal verdade aparece na preposição “syn” traduzida por “com”. A ideia que essa preposição transmite é de uma ligação que forma unidade e isso é explicado no termo “batismo”: Fomos unidos a Ele pelo batismo. “Batismo” trata-se de identificação, assim como acontece quando colocamos açúcar na água, o açúcar se identifica com a água, formando uma unidade. Assim são os crentes nessa ligação impressionante com o Senhor Jesus.
        Creio que essas verdades devem nos levar a entender que o plano da ressurreição na vontade soberana tinha em vista um povo “criado em Cristo”, completamente diferente da criação em Adão. É uma nova criação; é um povo diferente que brilha aqui em santidade e que há de brilhar em seus corpos de glória na eternidade. Tudo isso deve encher nossos corações de alegria, a fim de sabermos que tudo aqui trabalha para nosso bem. Que tenhamos a viva esperança reluzindo nossa fé e que nossos corações vivam encantados com a glória que agora habita em nós pela presença do Espírito Santo.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (1)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
INTRODUÇÃO:
        O texto acima é tão cheio de riquezas da graça que vale a pena meu esforço em descobrir essas joias e assim passa-las para meus leitores, porque eu sei que os verdadeiros crentes amam aguardam com esperança e com vivo amor o dia bendito da ressurreição. A impressão é que vou repetir o assunto que paralelamente estou digitando e enviando páginas por páginas, mas neste tema quero abordar a ressurreição como uma conquista eterna, enquanto o outro é como devemos viver à luz da ressurreição.
        Por que falo sobre isso? A resposta é que o propósito da salvação em Cristo não é uma mera salvação do inferno. É claro que alegramos pelo fato que os salvos não são mais réus do inferno e que a perfeita justiça de Cristo nos cobriu e nos libertou desse destino terrível da ira vindoura que pairava sobre nossas cabeças: “...e éramos por natureza filhos da ira...” (Efésios 2:3). Não deixemos que escape de nossa lembrança o fato que Cristo veio para levar muitos filhos à glória; que nossa cidade é a Nova Jerusalém e não qualquer cidade aqui e que fomos erguidos no poder da graça para andarmos para lá com firme resolução, assim como Israel andou do Egito até Canaã.
        Quando a luz deste mundo apagou perante os olhos de Abraão e Sara, o que nosso pai na fé desejava? Pela fé contemplou e aspirou a cidade santa (Hebreus 11) e nem sequer colocou um pingo de confiança nas promessas deste mundo. A fé deste mundo está timbrada pelas promessas de uma vida aqui; os mundanos vivem e querem curtir este mundo e nem sequer pensam em morar onde os crentes vão morar, porque eles não têm a mesma fé de Abraão; eles agem como a mulher de Ló, a qual pôs seus olhos na direção de Sodoma e Gomorra, a fim de morrer lá e até mesmo a morte traz consigo uma esperança de que viverão num mundo de descanso.
        O que é a salvação? Ela é tão grande que nós os crentes nem sabemos ainda um pouco das maravilhas que nos esperam. O evangelho proclama a glória de Cristo e quem é salvo está sendo elevado a esta glória. A fé que nos salvou nos faz ver que caminhamos por um caminho cuja luz vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Que contraste com este mundo! A luz daqui vai apagando mais e mais até que venha a total escuridão e trevas eternais. Que conquista do nosso Salvador! Ele veio do céu para isso; veio para nos tomar para Si, para sermos Seu povo amado.
        Que o Senhor desvenda nossos olhos para vermos essas coisas; que amemos a ressurreição e que consideremos os tesouros daqui como lixos, quando comparados àquilo que receberemos na glória eternal. Voltemos para a Palavra e veremos que o alvo é a ressurreição; que as exortações e ensinos são dirigidos aos herdeiros da ressurreição, porque os planos eternos da grande conquista na cruz tinha em mira aquilo que dura para sempre.
        Que povo feliz! Que nação santa! Que doce esperança brilha em nossos corações! Foi nessa inspirada esperança que os santos enfrentaram provas e pela fé venceram para sempre!

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (2)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
        A TRISTE REALIDADE DA TRANSITORIEDADE DESTA VIDA
        Entraremos agora aos detalhes desse assunto e estou certo que meus leitores perceberão o quanto precisamos lembrar desse assunto. Sabemos que a vida é passageira, mas a natureza corrompida não quer admitir isso, porque não queremos largar este mundo,  porque estamos conectados aqui pelo sangue e pelas afeições que temos com tudo que amamos e aprendemos a amar. Somos como peixes, que quando são puxados para fora, ao ver a luz lutam para voltar para o fundo. A palavra de Deus veio abrir nossos olhos para a realidade da ressurreição, veio mostrar de fato que não há esperança fora daquilo que Cristo fez quando ressuscitou dentre os mortos.
        Mas quero voltar para pensarmos neste mundo, porque sempre houveram momentos de glórias aqui. Quando Moisés percebeu que a grande conquista de Israel viria, assim que atravessasse o rio Jordão, ele não queria morrer, desejava fazer de tudo para entrar com Israel e conhecer a terra prometida. O mundo passa por períodos de glórias e de grande sucesso financeiro, mas a ressurreição deve ser o tema do coração do santo. A posição de José como governador do Egito não removeu essa verdade gravada em seu coração. Ali estava um homem famoso em todo Egito e que conquistou o coração de todos, mas o fato era que ele era predominantemente do céu. Suas riquezas e glórias não foram capazes de amarrá-lo a este mundo vil; seu coração estava ligado preso à fé dos seus pais e nem mesmo seus restos mortais queria deixar no Egito.
        Deus está sempre chacoalhando os crentes; está sempre mostrando a eles que a luz do vale é passageira e que a glória virá. Por mais que sejamos conquistadores aqui, eis aí tudo indicando pela velhice, dores e morte, etc. que precisamos nos tornar os “jovens da eternidade”. A salvação em Cristo veio do céu para arrancar o povo eleito como se tira uma raiz da terra; como que Deus há de puxar com violência o Seu povo deste sistema passageiro, deste presente século perverso. O evangelho moderno tem maculado tudo e tem aparecido como a luz que ilumina os corações, despertando os homens para um mundo melhor. Aliás, satanás quer fazer deste mundo um lugar melhor, mas sem Deus, sem sua lei, justiça, santidade e todos os princípios abençoados advindos da criação. O espírito do anticristo está presente para encher os corações para o conforto daqui e assim eliminar dos crentes qualquer desejo por coisas eternas.
        Então, a mensagem da cruz aparece e sua luz nos leva para o que virá após nossa morte. Cristo morreu? Sim! Mas ressuscitou! O Cordeiro foi morto, mas agora está vivo para sempre! Eis aí onde está o fulgor do verdadeiro evangelho, pois veio iluminar os corações para aquilo que é excelência. Quando os crentes de Colossos perceberam o que viria após esta vida aqui, eles se entregaram de coração ao trabalho do Senhor, para servir e amar uns aos outros. A força da nova era que expulsar até mesmo os antigos e maravilhosos hinos, a fim de instituir louvores estranhos à realidade daquilo que os santos sempre entoaram em louvor ao Senhor: “Excelsa glória, desponta a aurora; aurora eterna com meu Salvador!”


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (1)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
        INTRODUÇÃO:      
        Prezado leitor, quando aproximamos das Escrituras com nossos corações cheios de temor e prazer pela verdade, eis que as luzes da graça brilham perante nossos olhos, para nos mostrar as riquezas eternas. Eis aí a diferença entre o crente e o não crente no que tange à busca pelas sagradas letras. Os olhos naturais procuram de Deus aquilo que é natural, passageiro e supersticioso, enquanto os olhos espirituais buscam as minas de tesouros eternos. Tais tesouros são vistos em todas as páginas sagradas e todo Velho e Novo Testamento. E o Salmo 110 não é nem será diferente. Por isso quero chamar meus leitores ao exame tão precioso dessa frase “...como orvalhos da emergindo da aurora serão os teus jovens”.
        Por que pulei para tratar sobre esse verso, deixando de lado o começo desse Salmo? A razão é porque já escrevi o que vem acima. Quero tratar sobre o tema da ressurreição porque não somente o texto mostra isso, como também deve ser um assunto tão desejado pelos verdadeiros crentes. A obra de Cristo na cruz e no sepulcro tem como meta salvação e ressurreição. Se sairmos dessas verdades certamente brotará outro evangelho. O plano redentor de Cristo tinha em vista arrancar os homens do poder do pecado e da tirania da morte física, espiritual e eterna. Falando de forma prática, a salvação eterna faz os crentes aspirarem a ressurreição; eles amam coisas eternas porque têm vida eterna. Noutras palavras, a salvação eterna marcou eles como pessoas que hão de viver aqui à luz da ressurreição.
        Afinal, a frase: “...como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens” refere-se à ressurreição? Não há dúvida! O texto está falando claramente de salvação e de ressurreição, porque a vinda do Senhor tinha isso em mira. Não foi assim ali na cruz, naquele encontro entre Ele e o ladrão arrependido? Em pouquíssimo tempo aconteceu a salvação e a salvação marcou aquele homem para ser um participante da ressurreição. O Espírito de Deus marcou bem essas lições no Salmo 110, a fim de nos mostrar o quanto esta vida aqui nada tem de valor eterno e que não há qualquer plano da parte de Deus em melhorar este mundo. No íntimo os crentes sabem disso. É claro que eles lutam, trabalham e são os melhores funcionários neste mundo, mas sabem que aqui não é o lugar deles e que haverá algo eterno, perfeito e revestido de suprema glória.
        Também, é fato que essa verdade foi impressa de forma indelével nos corações dos santos, de tal maneira que todos sabem disso. Não importa se os santos são cultos, ricos, pobres e ignorantes. A verdade da ressurreição foi impressa em seus corações e a firme esperança da glória (Romanos 5:1,2) está gravada em seus corações. A ressurreição virá para tirar de uma vez por todas essas diferenças causadas pelo pecado; vem para elevá-los ao território da perfeição; vem para fitar para sempre a glória de Cristo e não a presença furtiva, traiçoeira e criminosa do pai da mentira. As coisas antigas, de uma vez para sempre passarão e nunca mais lembrarão desses picos e vales de um mundo sombrio e perigoso por onde trilharam.
        Essas são as verdades que emanam dessa impressionante frase: “...como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens”.