sexta-feira, 29 de abril de 2011

A plena suficiência da Palavra de Deus (13)

“Não é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23:29). 

PODER DESTRUIDOR:

         Prezado amigo consideremos bem essa declaração do Senhor exaltando a suficiência da Sua Palavra, quando afirma que Sua Palavra é martelo que esmiúça a penha. O propósito principal da Palavra é atingir o coração do homem; o alvo de Deus é atacar as fortalezas do mal, a residência fortificada do pecado. A Palavra de Deus não é um livro, cujo intuito é satisfazer a curiosidade da cultura e responder interrogações mundanas. Como fogo, ela tem a função de queimar toda palha, toda mentira e falsificação religiosa deste mundo. Como martelo ela tem a função de destruir as forças do mal que circundam o coração do homem em sua revolta contra Deus.
         Ora, o trabalho de Jeremias tinha como meta bater fortemente naqueles corações endurecidos. A palavra de Deus em sua boa era um martelo que não cessava de cumprir seu dever de martelo. Naqueles dias os profetas, cheios da misericórdia do alto atacavam as fortalezas e lutavam para por abaixo as altas muralhas do orgulho e do atrevimento daquele povo contra Deus. A mensagem deles era revestida da unção de Deus, cheia da autoridade do “assim diz o Senhor”, desafiando as mentiras dos falsos profetas. Nada havia daquela paz oferecida pelos falsos profetas; nada havia do melado da lisonja e dos interesses avarentos de homens malignos. A mensagem dos profetas era carregada da justiça, do juízo, bem como da misericórdia, por isso era um terror para as consciências cauterizadas.
         É assim a mensagem do evangelho da glória de Cristo e que deve ser pregada em nossos dias. É a mensagem que humilha o homem, glorifica a Deus, mas que de fato eleva a alma arrependida à glória da comunhão com o Deus vivo e verdadeiro. O martelo de Deus é uma verdadeira dinamite! O evangelho puro é o poder de Deus (Romanos 1:16), e a palavra “poder”, usada por Paulo é o termo grego dinamys, de onde vem o nosso vocábulo “dinamite”. Você leitor sabe bem o poder da dinamite. Paulo carregava consigo esse poder onde surgia oportunidade para pregar. Ele sabia bem que a obra era de Deus, não dele, não da filosofia, não da habilidade humana. Ele sabia bem que ao pregar o evangelho, a incumbência estava na própria mensagem em atrair os pecadores para a salvação e afugentar os endurecidos.
         Querido leitor consideremos juntos essa sublime verdade a respeito da Palavra! Nós estamos vivendo dias de extrema apostasia. Igrejas estão abandonando a verdade revelada e estão abrindo os braços para a mensagem humanista. Adocicaram a mensagem para agradar os corações fantasiosos e vaidosos dos homens mundanos. Jogaram fora preciosas verdades da soberana vocação; lançaram ao desprezo as velhas doutrinas como se elas fossem lixo; como os filisteus, pastores jogaram entulhos nas cisternas cavadas pelos apóstolos e profetas.
         O martelo de Deus foi trocado por um martelo de plástico! A mensagem foi alterada e trocada por algo que venha a atrair as paixões carnais! Nada da vergonha da cruz! Nada de arrependimento! Nada de humilhação, nem quebrantamento do homem natural. Querem levar muitos para o céu; querem entregar bilhetes de entrada ao céu de graça para as multidões amantes do mundo.
         Amigo leitor, o Senhor Deus jamais adaptou Sua Palavra ao gosto do mundo. O mundo de hoje, chamado de pós modernidade, não passa de ser o mundo que jaz no maligno. É o mesmo desde a queda em Adão; é o mesmo desde os dias de Paulo. O coração humano é o mesmo depravado, presunçoso e odiador de Deus. O homem no pecado está morto para Deus (Efésios 2:1)! O homem no pecado continua sendo amante do mundo, da carne e almeja ser religioso, desde que a religião favoreça sua liberdade na maldade.
         O que devemos fazer? Mudar a mensagem? Jamais! Quem poderá mudar o homem? Quem poderá chamar o homem da morte para a vida? A resposta é simples e categórica: A palavra inalterada e gloriosa que Deus ordena que Seus servos preguem.

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