terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A GENUINA CONFISSÃO DE UM CRENTE (19)

“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
Prezado leitor podemos aprofundar um pouco mais nessa gloriosa confissão de amor que parte de um coração redimido. Os eleitos de Deus são conhecidos pela sua confissão de amor pelo seu Amado. Ó quanto espero que todos amem o Senhor Jesus! Como anelo ver meus leitores conhecendo mais e mais o Rei da glória!
Digo mais que essa confissão: “Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é meu” revela firme esperança. Não é exatamente isso o que João transmite: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos” (1João 3:2)? E que esperança! O povo de Deus peregrina nesta vida em busca do lar eterno; o povo que foi achado na imperfeição do pecado visa a perfeição na glória! Afinal, somos o povo alvejado pela misericórdia, a fim de chegarmos triunfantemente na glória eterna. Estamos dando adeus a este mundo com suas fantasias, e vaidades; estamos declarando que toda essa beleza natural não passa de papel que rasga com o tempo; todo encanto perde seu fulgor ante a gloriosa perfeição que há de vir.
Amigo leitor, o crente caminha para o grande casamento, porque os santos serão apresentados perante o noivo eterno, assim toda essa imperfeição que agora carregamos em nossos frágeis corpos será transformada em perfeita manifestação de glória. O mundo oco e inútil apercebe-se dessa esperança bendita na confissão do salvo. O salvo pertence àquele que é invisível! Como pode deixar de lado, considerando palha, todo esse vislumbrar de paixões e fama? O mundo é tão belo e agradável à carne, que tal desprezo não passa de loucura para uma mentalidade mundana.
Oh! Mas o que é tudo isso para os olhos da fé? Quem pode entre os homens segurar para si qualquer porção de prazer dado pelo diabo? Abraão, com toda sua riqueza desprezou e considerou farrapo aquilo que tanto os homens se apegam; ele usou as riquezas enquanto aqui viveu e o fez com sabedoria, mas quando chegou o momento de subir, mirou com firmeza a cidade construída por Cristo nos céus, e partiu para receber seu precioso e eterno galardão. O mundo ao redor de Moisés via resplendores em toda fortuna que cercava um faraó. Quem não queria beliscar um pouco daquela riqueza! Mas Moisés conheceu seu Senhor! A visão do Senhor da glória tornou sua alegria, riqueza e prazer, por isso não demorou em reconhecer que toda riqueza e pomposidade desta vida não passava de lixo, quando comparadas à glória de Cristo, então sua decisão foi firme e corajosa: “escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado” (Hebreus 11:25).
Amado leitor, como a bíblia destaca nossa esperança! Ela põe nossos pés neste vale, mas nossos corações estão lá no alto, na firme esperança da glória. Estamos mostrando ao mundo que veremos o Rei e seremos semelhantes a Ele. Como tal verdade é tão importante para nossas vidas práticas! O mundo atual quer sintonizar nossos corações com a prosperidade carnal e egoísta desta vida. Foi assim com o salmista (Salmo 73). Ele começou desviar de Deus quando prestou atenção aos ricos e profanos desta vida. Ele como um crente vivia cheio de dificuldades, enquanto os perversos estavam carregados de recursos materiais. Mas quando seus olhos espirituais foram abertos, correu para o socorro do Senhor e assim pode confessar: “Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita. Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória” (Salmo 73:23,24)
Amigo leitor, onde está firmada sua esperança? Aqui ou na glória eterna? Pode dizer que seu coração despreza as vaidades e ambições terrenas? Está satisfeito por pertencer ao Senhor e com aquilo que será?

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