“Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)
A NECESSIDADE DESSE SALVADOR.
Não esqueçamos que o texto de Isaías 59, não somente é revelador, como também trata-se de um texto profético, pois Deus, em toda extensão desse maravilhoso livro está anunciando a vinda do Salvador e também mostrando a necessidade que o mundo tem desse Salvador vindo da parte de Deus, como é apresentado no capítulo 53 desse tão maravilhoso livro. O que estamos presenciando nesses 4 versos do capítulo 59 é a forma como Deus olha a situação do mundo e realmente mostra que não tem e nem pode achar mediador entre os homens.
Veja como ele afirma que não há intercessor: “...e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Aliás, todo histórico do Velho Testamento é Deus mostrando que não há entre a raça qualquer pessoa capaz de mediar essa situação e servir de perfeito mediador entre Deus e os homens. A história da raça caída é essencialmente uma história de idolatrias. Vemos como os homens no pecado sempre criaram seus deuses do estilo que cada um sempre quis. Tomemos como exemplo a vida de Labão, como quando perseguiu Jacó, sua preocupação maior foi o fato que haviam roubado seus deuses (Gênesis 31). Ali estava aquele homem que viu claramente como o Deus de Jacó abençoou sua casa através da vida de Jacó; teve um sonho com Deus falando com ele para não tratar Jacó com violência, mas mesmo assim queria saber quem roubou seus ídolos. Veja a loucura do homem no pecado.
Tomo outro exemplo foi quando Deus permitiu que a Arca da Aliança fosse roubada pelos filisteus (1 Samuel 5). Aquele povo pagão presenciou como Deus lidou com dagom, o deus deles; viu como Deus castigou duramente a nação e como a arca foi devolvida milagrosamente aos judeus. Mas mesmo assim ninguém daquele povo se converteu. Poderia expandir bem esse assunto, para entendermos o por que Deus está falando o que vemos em Isaías 59: “...e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Notemos bem como nas Escrituras Deus deixa o tema central de toda Escritura, como que brilhando com todo tipo de explicação, a fim de que toda raça saiba que não há outro mediador, fora daquele que o Pai enviou ao mundo.
Outro detalhe no texto deve chamar nossa atenção. É o fato que o Salvador deve ser um intercessor: “...e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Meditemos bem nesse qualificativo. Mas como pode qualquer intercessor entre os homens, visto que todos estão igualmente na mesma situação. Li acerca de um grupo de homens que ficaram jogados no mar pelo fato que o barco bateu. Poderia entre eles haver um salvador? Não! Para livrar esses homens da morte era necessário que houvesse um interventor do lado de fora do mar. A bíblia fala de homens que se colocaram entre Deus e homens que estavam em perigo da ira de Deus, como o caso de Abraão que intercedeu por Ló e sua família (Gênesis 18) e Moisés que buscou o socorro do Senhor, o qual estava irado e pronto para destruir o povo que havia feito o bezerro de ouro (Êxodo 31). Mas, tanto Moisés como Abraão foram homens caídos como qualquer outro, mas que conheceram o poder de Deus em suas vidas, por isso puderam orar. Esse importante requisito de ser um intercessor perfeito, sem qualquer mancha de pecado foi achado somente e tão somente em Cristo, perfeito intercessor pelo Seu povo.
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