“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4)
Impressionante essa carta tão prática de Tiago e é no capítulo 4 que ele vai direto à jugular dos crentes para tirar quaisquer conforto carnal. Quando há indecisão em relação a Deus, então a vida se torna miseravelmente voltada contra Deus em todos os seus aspectos.
Tiago ataca as orações feitas com motivações carnais, como fazia Israel no deserto e por toda história de idolatria e de interesses mundanos. Não esquecemos de Israel quando desafiava Deus, pedindo que abrisse uma mesa com todo tipo de manjares que eles tiveram no Egito e que estava faltando, a não ser o Maná.
Não é isso o que ocorre em nossos dias? Hoje as orações são meios usados mais para desafiar Deus do quer render-Lhe graças, motivados por contentamento. Tiago afirma categoricamente que eles estavam pedindo para gastar com seus prazeres (verso 3).
Assim, Tiago, sem qualquer vacilo chama aquele povo de “infiéis”. No grego o termo usado refere-se à infidelidade conjugal. A amizade com o mundo é claro sinal de adultério espiritual. Quando os homens pedem de Deus o que querem para gastar com seus desejos carnais, significa que há sociedade com um mundo que tem tudo para saciar nossos malignos desejos.
Como Tiago conclui o texto? Ele o faz dizendo que a amizade com o mundo significa que somos inimigos de Deus. Não há meio termo. Quando Israel quis ter um rei conforme o padrão das nações, eles pediram e Deus deu Saul, mas o fez na ira e não na vontade diretiva. Deus atende as petições carnais de muitos, mas será para a desgraça e não para o bem.
Que lição terrível! Se não nos humilharmos diante desse fato, certamente teremos que engolir a verdade que estamos resistindo a Deus e submetendo-nos ao diabo (verso 5). Não é melhor que nos humilhemos? Não é melhor que voltemos de coração à Palavra, a fim de alegrarmos somente e tão somente no Senhor?
Nem preciso dizer que muitos que amam o mundo estão apenas dizendo na prática que nunca pertenceram a Cristo. O movimento evangélico moderno acha que pode unir a luz com as trevas, mas aquilo que Deus separou, que ninguém venha unir.
Pecadores precisam se arrepender dos seus pecados, se converter a Cristo, a fim de conhecer o amor de Cristo mostrado na cruz, quando ali o Justo morreu em lugar dos injustos.
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