quarta-feira, 17 de maio de 2023

“AJUNTANDO TESOUROS” (1)

 

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traças e ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam e roubam. Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:19 – 21)

INTRODUÇÃO:

Amigo leitor, como são preciosas as lições que podemos extrair do capítulo 6 de Mateus! Estamos dentro do Sermão do Monte, o qual começa no capítulo 5 e segue até o capítulo 7. O que o Senhor está fazendo ao ampliar o assunto sobre o Reino do céu, Ele fala sobre a prática da verdadeira religião, que é algo do coração e não da hipocrisia, proveniente das atividades da justiça própria dos fariseus.

Aqueles religiosos eram habilidosos na arte de usar a lei de Deus para estabelecer o sistema religioso deles e subjugar o povo com cargas que eles mesmos não carregavam. E os fariseus eram mestres na arte de mostrar por fora o que nada tinham no coração. Bem camuflados eles praticavam maldades sem que o povo presenciasse o que eles faziam. Obviamente, nem todos os fariseus eram assim, pois haviam homens sérios no movimento e muitos deles se converteram ao cristianismo.

Mas nos interessa a lição que o Senhor nos entrega nesses 3 versos do capítulo 6. Nosso Senhor mostra que há um perigo em ajuntar tesouros na terra. O que significa isso? O que o nosso Senhor está querendo ensinar? Ele está proibindo ajuntar dinheiro? Não! Ele não fala nada de elementos tangíveis na terra, mas sim de coisas que estão no coração. Podemos ter dinheiro, sem que o dinheiro seja um tesouro que opera no coração. Cristo está tratando da forma como vemos o mundo e como essa forma de viver pode ser vista externamente como um ajuntar de tesouros na terra.

Realmente não está tratando de assuntos financeiros, mas sim de preocupações com valores terrenos. Quando a justiça é feita para ser vista pelos homens, então estamos ajuntando tesouros na terra. Quando a justiça é feita para ser vista por Deus, então ajuntamos tesouros no céu. Quando estamos ajuntando tesouros na terra, então, tudo o que constitui tesouros terrenos estarão envolvidos e é isso o que está querendo dizer quando pergunta: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma?”

Notemos também que o contrário sucede com os que ajuntam tesouros no céu, porque será perceptível que as riquezas terrenas não serão consideradas como tesouros, mas sim como coisas úteis, as quais no devido tempo serão tiradas. Notemos bem que no caso dos tesouros eternos, tudo estará ligado ao coração da pessoa, pois se o coração dela está no céu é porque o tesouro dela estará lá e aqui na terra lutará para ajuntar mais lá. Notemos bem que ao ajuntar tesouros no céu a pessoa utiliza os bens terrenos para isso em suas atividades e para ter recursos aqui a pessoa usará dos seus tesouros que estão guardados no céu.

Outra lição notável que emerge da passagem, é que o que é terreno é fruto do que é celestial, porque sabemos que o visível veio do invisível. Segue-se que os tesouros terrenos vão perecer, os do céu são imperecíveis. Sendo assim, pessoas podem trabalhar por aquilo que perece e por isso vão deixa-las para sempre, enquanto outros trabalham por aqui que jamais vão perecer. Descobre que há um grupo que tem sabedoria e outro grupo sem qualquer bom senso nos exercícios de suas atividades terrenas.

Minha esperança é que este tema seja de grande utilidade na vida dos genuínos crentes, a fim de viver ainda mais nas expectativas das riquezas eternas preparadas para eles no céu. Para os que ainda não foram salvos, que venham a se converter de todo coração a Cristo, através dessa tremenda verdade.



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