“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6)
UMA
VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.
O que os eleitos viram no Cordeiro
crucificado? Que noção eles tiveram? O que eu e você, meu irmão em Cristo
pensávamos a respeito da cruz? Será que éramos diferentes? Deus mostra quanta
ignorância habitava em nossas pobres mentes e sentimentos. É claro que toda
essa confissão errônea mostra nossa situação de depravados e odiadores de Deus,
conforme Paulo fala na carta dele a Tito. Oh! Cuidemos para que não olhemos a
doutrina da eleição como se a nossa eleição foi porque éramos diferentes. Não
olhemos para a eleição na eternidade, como se houvesse alguma glória em nós. A
eleição foi feita no Filho e não por alguma virtude nossa. A doutrina da
depravação total vem imediatamente aniquilar toda nossa vangloriosa vaidade, e
a entrega na cruz veio para mostrar o quanto tudo seria inútil sem que nosso
Cordeiro Amado viesse ocupar nosso lugar.
Diante desses fatos é que vamos examinar
de perto o que o verso 6 nos ensina: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele
a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6). No verso 4 vemos como os eleitos
olham para o Senhor, vendo-O como um coitado. A idolatria inerente eleva os
homens acima de Jesus. No sistema idolátrico do coração do homem, a divindade
que ele promove deve ser menor que o próprio homem. Por esse fato, alguém que
sofre, como o caso do Servo de Jeová na cruz é digno de dó é visto como alguém
que merecia aqui e não nós mesmos. Para o povo eleito, Jesus é visto como uma
pessoa aflita, ferida de Deus e oprimida.
Mas quando chegamos verso 6, eis que os
eleitos olham para suas próprias vidas de uma forma diferente. Antes, o Jesus
sofredor era o coitado, agora eles confessam sua miserável condição: “Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas...”. O que levou os eleitos a essa condição?
Não foi algo natural, mas sim uma visitação operante da graça em suas vidas. O
que vemos no texto é os crentes do mundo inteiro e de todas as gerações dizendo
numa só voz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Isso é
incrivelmente revelador, justamente porque é assim que Deus, em Sua palavra
trata Seu povo – como ovelhas. O que vemos é também interessante, porque na lei
Deus põe as palavras de confissão na boca do povo, como vemos em Deuteronômio
26. Ali vemos a ordem de Deus, para que o judeu, quando oferecesse sua oferta
ou dízimo faziam sua confissão de como eram antes e como foram achados por
Deus. Na graça a confissão é posta no coração do crente: “Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas...”.
Impressionante ocupação das Escrituras
com o povo eleito de Deus! O que vemos no texto? Vemos como se Deus estivesse
filmando no passado tudo o que ocorreu, está ocorrendo e irá ocorrer, até que o
último dos eleitos seja salvo. Não é uma história maravilhosa? Todo crente
testemunha de como era seu viver antes, porque essa confissão está gravada num
coração santificado pela graça. Não há na graça para os arrogantes; não há
lugar para homens cheios de justiça própria. Eles não têm essa confissão nos
lábios, porque a graça não chegou neles para salvá-los.
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