“Eu sou a porta. Se
alguém entrar por mim, será salvo, entrará, e sairá, e achará pastagem” (João
10:9)
O PERIGO DO AUTO
ENGANO.
Talvez o maior perigo para muitos é
pensar que por ser filho de crente, automaticamente já entrou e é salvo. A
salvação é pessoal e a fé é pessoal, individual. Por mais que minha mãe me
amasse e quisesse que eu fosse para a igreja, ela não poderia gerar a mesma fé
que ela tinha em mim. Deus opera por chamada e foi isso que o Senhor transmitiu
para Isaque e Rebeca: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”. É claro que com
muitos não entendemos o modo como Deus opera soberanamente Sua salvação, porque
é mistério que muitas vezes Deus não nos mostra. O que vemos é que aquela
pessoa, um filho ou um neto se tornou um crente. O que mais importa aqui é que
os pais crentes devem sentirem honrados em levar seus filhos à igreja nos dias
de culto e durante a semana passar-lhes os ensinos da palavra, conforme Deus
orientou que os judeus o fizessem com seus filhos.
Enquanto nossos filhos estão conosco,
devemos lutar para que eles saibam o quanto é privilégio ouvir a palavra e
participar dos cultos a Deus. A chamada democracia não é motivo para que nossos
filhos recusem a excelência, porque gosta do bom. Por que eles devem dizer não
aos pais, na questão de ir para os cultos? Por que eles devem dizer para a
natureza maligna e dizer sim para o mundo? Afinal, é isso o que Deus quer?
Nosso Deus não é dono absoluto de tudo e de todos? Não nos foi dada a
incumbência de criar nossos filhos para a glória de Deus? Eu li a respeito de
casal crente que na hora do culto um pegava na mão direita do filho e o outro
pegava na mão esquerda e o levava forçado à igreja. Por que não? Não é
infinitamente melhor para ele? Por que na hora de comer, tomar banho, dormir e
ter todo conforto que um filho pode ter de um lar amoroso, eles não se rebelam?
Por que têm que rebelar na hora de oferecer culto a Deus na igreja?
Também, há o perigo de achar que pode
entrar por meio de profissão de fé e pelo batismo. Sem dúvida estou lidando com
dois assuntos que são de real importância para a vida cristã, mas que se for
colocado fora do seu devido lugar poderá ser motivo de perdição. A profissão de
fé é importante na vida de todo crente, assim como o batismo. Ninguém pode
negar isso. Porém, é bom lembrar que profissão de fé e batismo sem que primeiro
a pessoa seja salva pode trazer sentimentos perigosos num coração enganoso e
enganado. Nunca a bíblia colocou essas coisas fora do seu lugar. Muitos creem
em tudo o que sua igreja ensina e muitos desses ensinos são de fato bíblicos,
mas sem que a pessoa tenha entrado pela porta da salvação, tal profissão de fé
de nada serve. Um conhecimento mental de algumas doutrinas e afirmações
bíblicas não traz salvação à alma. Conheci pessoas que acreditavam e acreditam
que são salvos por que fizeram essa profissão de fé, mas vivem longe da
realidade da vida cristã autêntica.
Quanto engano há também no batismo! Não
há quantia de água que pode trazer salvação ao perdido. Sou batista e creio que
o batismo certo é por imersão, mas jamais ensinei que o batismo tem qualquer
efeito na salvação de alguém. Eu sei que nós os pastores somos susceptíveis a
batizar pessoas que nunca foram salvas. Eu mesmo já batizei muitos que jamais
conheceram salvação e suas vidas posteriormente provaram isso. Gostaria de jamais
errar nisso, mas creio ser impossível. Mas o que quero aqui dizer é que tudo
isso é válido se a pessoa já entrou pela porta para ser salva. Os pecadores são
primeiramente chamados ao arrependimento e conversão a Cristo, crendo Nele como
Salvador e Senhor, invocando Seu nome para ser salva. Assim vem o batismo e a
confissão de fé será genuinamente algo do coração de uma alma que foi feita
nova criação em Cristo.
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