“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
Prezado leitor aprofundemos mais no conhecimento dessa esplêndida confissão de amor que partiu do coração da esposa em relação ao seu esposo. Cristo é o noivo amado do salvo! Ele é o perfeito homem, cujo nome é Maravilhoso, admirado pelos corações salvos e santificados pela graça. Os salvos podem dizer juntamente com o salmista: “O meu coração trasborda de boas palavras; dirijo os meus versos ao rei; a minha língua é qual pena de um hábil escriba” (Salmo 45:1). Ora, a graça abriu nossos corações para que pudéssemos conhecer o Rei da Glória! Satanás luta arduamente a fim de que nossa atenção seja desviada e focalizada no príncipe deste mundo, o qual diante dos crentes se transfigura em anjo de luz (2 Coríntios 11:14). É óbvio que somente a genuína fé almeja conhecê-Lo e aceita os desafios norteados pela Palavra de Deus. Cristo se revela na Palavra! Então, o brilho desse Sol da justiça não é tolerado pela natureza carnal; desse lugar santo as emoções passageiras fogem, porque Jesus é o Rei da glória, e a natureza adâmica tem pavor dessa glória e esconde-se nas trevas.
Notemos bem que essa confissão: “Eu sou do meu amado...” parte da genuína fé. Sendo assim, resta que seja retirado tudo o que parte de um coração renovado e vivificado pela graça salvadora. É um perigo declarar algo que não é do coração. Verdadeiro amor vem do coração e não de uma mera confissão verbal. Um homem pode declarar que ama sua esposa, porém, se não for do coração logo a verdade virá à tona. O amor é singular, não pode ser dividido, por isso a confissão: “Eu sou do meu Amado” expressa a verdade de que houve genuína conversão no viver. Uma alma não regenerada tem seu coração dividido, o modo de viver será sempre coxeando entre dois pensamentos; na casa de sua vida haverá um pouco de luz na sala, mas os outros compartimentos da alma estarão na escuridão.
Muitos professam fé em Cristo, mas jamais conheceram conversão genuína, porquanto estão indecisos no viver, Cristo está numa mão, mas o mundo na outra. A fé da esposa de Jó foi provada e mostrada ser falsa fé quando perdeu tudo o que tinha de bens materiais. As circunstâncias provaram que o Deus do seu marido não era o Deus dela. Foi nesse momento que a boca revelou o que tinha escondido no coração: “...Blasfema de Deus, e morre” (Jó 2:9). É muito fácil dizer que ama o Senhor quando o sol brilha sobre nossas cabeças e os caminhos terrenos estão abertos cheios de promessas de uma vida plena de bênçãos materiais. A natureza carnal e egoísta gosta de um Cristo abençoador, que nos conduz por sonhos e ambições terrenas. A natureza humana é carnal, egoísta e tremendamente apaixonada por este mundo oco e cheio de ilusões.
Querido leitor, essa confissão de fé está arraigada em seu coração? Todas as dificuldades, aflições e perturbações deste mundo têm provado que tudo pode ser consumido pelas tempestades dessa vida vaidosa, mas o seu amor ao Senhor permanece? Seu prazer em conhecê-Lo mais faz com que seu rumo seja sempre direcionado à Palavra da verdade? Cristo satisfaz completamente sua alma? Ele é o Senhor que se apoderou do seu coração, expulsando o pecado de lá, a fim de habitar e reinar ali? Você pode afirmar pela fé que você é Dele e que Ele é seu para sempre?
Se suas respostas a essas perguntas forem positivas, aleluia! Estou comunicando com uma alma achada e conquistada pelo Rei! Não mais pertence ao diabo! Não mais habita nas trevas! Caminha sim, firme e decididamente para a glória eternal! Sendo assim, essa confissão de fé achada em Cantares é sua confissão. Toda glória e honra ao Rei, porquanto foi Ele quem tomou a iniciativa de amar esse povo e provou isso ao entregar-Se a Si mesmo ali na cruz! Uma alma assim quer conhecer o Rei mais de perto!
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