segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A GENUINA CONFISSÃO DE UM CRENTE (1)

“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
INTRODUÇÃO:
Prezado leitor, quão preciosa é a mensagem desse livro de Cantares! Obviamente, as maravilhosas vitrines da graça só poderão ser admiradas por aqueles cujos corações foram santificados, porque toda Palavra de Deus é pura. Somos convidados a conhecer essa linguagem do amor conjugal, a fim de que sejamos transportados do reino meramente físico para a sobreexcelência do reino do amor de Cristo em favor do Seu povo (Colossenses 1:13). Ora, se um homem pode realmente amar sua esposa, tomemos esse amor para admirar o infinito amor do Senhor em favor da Sua igreja! Ah! Ele nos amou primeiro! Não foi iniciativa dos salvos, porque cada um dos santos outrora era desgarrado como ovelha, cada um se desviava pelo caminho, (Isaías 53:6), tomando direções perigosas, veredas aparentemente belas e atrativas, sem saber que resultavam em caminhos de morte.
Mas o que vemos em Cantares? A esposa profundamente admira seu esposo amado! Ele é tão perfeito em seu amor por ela! Não há nada de defeito nele! Em tudo Ele é belo aos seus olhos, por isso ela pode declarar perante todos: “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...!” Ela está plenamente segura nesse amor! Seu coração está confiante e nada há de que temer. É essa a genuína confissão de um verdadeiro crente! É isso o que o verdadeiro cristianismo transmite ao mundo. A verdadeira vida cristã não é estribada em filosofia humana; numa mera organização religiosa; em regras e mais regras estabelecidas por homens corrompidos no coração. O mundo está cheio dessas mercadorias carnais, de tudo o que apela para a corrupção da natureza humana.
Mas a Palavra de Deus nos conduz para um relacionamento maravilhoso, glorioso, eterno e insondável à mente humana. O que acontece quando uma alma é salva? Começa um relacionamento admirável! A alma é tomada pela presença do Rei da Glória! Cristo passa a pertencer ao crente e a recíproca é verdadeira, porque o crente passa a pertencer a Cristo. Tomemos a confissão da esposa em Cantares, porque é essa a confissão de um coração regenerado: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu!”. Não precisamos forçar isso, é normal. O trabalho da graça de Deus nos corações somente Ele pode fazer e é isso que Ele está fazendo quando salva os perdidos. Como um pecador, antes amante do pecado, odiador de Deus, passa agora a amar a Cristo? A resposta o próprio Senhor nos dá: “Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne” (Ezequiel 36:26.
Amigo leitor, eis aí em poucas palavras a resposta para a confissão de um genuíno crente. Você quer conhecer uma alma transformada pelo evangelho? Quer conhecer uma casa onde habita a luz da glória do Rei? Quer saber o que acontece num coração onde a liderança agora não é mais do pecado, mas sim do Salvador bendito? É conhecido pela confissão que possui em seus lábios: “Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é meu!”. Sendo algo do coração, ninguém pode tirar. É também uma confissão constante, sincera e revelada no modo de viver. Então, nessa série de meditações neste texto venho apresentar o significado de uma vida santa, consagrada e entregue a Deus.
Querido leitor, cada pessoa tem uma confissão que parte do coração; cada pessoa tem um amado na alma e professa isso pela boca e no procedimento, porquanto a boca fala o que está cheio o coração. A vida cristã não é fundamentada numa igreja, numa atividade religiosa, numa vida de aparência, mas sim num coração transformado pela graça, onde Cristo habita.

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