“Para o sábio há o caminho que da vida que o leva para cima, a fim de evitar o inferno em baixo” (Provérbios 15:24)
HÁ UM ESPÍRITO DE DISCERNIMENTO: “... a fim de evitar o inferno em baixo...”
Amigo leitor creio que pude realçar bem, de forma bíblica a importância dessa frase: “...a fim de evitar o inferno em baixo”. Estou convencido que será de grande valor se entrarmos nas considerações profundas que envolvem essa frase. Primeiramente vemos ali a linguagem do evangelho conforme as Escrituras nos apresentam em toda sua extensão. A bíblia profere a mensagem exatamente como vemos nesse incrível verso de Provérbios. Não há meio termo, não há qualquer relativismo; ela não abranda seu ensino. A mensagem do evangelho proclama que há somente duas direções: céu ou inferno; que o homem está salvo ou está condenado (João 3:36); que está debaixo do amor de Deus, ou está sob a Ira santa e justa do Todo-Poderoso; ou é filho da obediência (1Pedro 1:14), ou é um filho da desobediência (Efésios 2:2); que possui a vida que há no Filho (João 3:16), ou se encontra morto em seus delitos e pecados (Efésios 2:1. Não é exatamente isso o que o texto nos mostra? Ora, o sábio é uma alma que correu para Deus, porquanto percebera o perigo, que estava pendurado na corda de misericórdia preste a cair no abismo de terror. Por esse fato ele correu para cima; apressou-se em buscar o refúgio certo, o lugar onde pudesse para sempre estar abrigado.
Em segundo lugar somos despertados para outra lição que é de considerável importância que é o temor ao Senhor. Estejamos certos de que qualquer mensagem que não resulta em temor nos corações, certamente não é a mensagem do evangelho em sua completude, em sua glória e poder. Os homens nunca desejarão subir, a não ser que conheçam o Deus de glória, de terror, que pune o culpado (Naum 1:3), que não respeita o soberbo, mas tem prazer naqueles que se humilham e buscam o socorro mediante o sangue do Seu Cordeiro amado.
Tenho procurado ressaltar esses fatos justamente porque vivemos numa época quando a mensagem do evangelho tem sido adocicada com os sabores das opiniões mundanas. Pregadores estão oferecendo refrigerantes espirituais ao povo, não a pura e cristalina água viva destinada aos que têm sede: “...Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7:37). A conversão sincera é mobilizada pelo temor ao Senhor. A ausência desse veredicto no coração faz com que o homem fique imobilizado onde sempre esteve desde seu nascimento. Como resultado da pregação de Pedro, cerca de três mil homens se converteram a Cristo no dia de pentecoste (Atos 2). A prova de que aquelas almas realmente se converteram foi que “...Em cada alma havia temor...” (Atos 2:43).
Notemos também, que foi exatamente isso o que aconteceu no íntimo de Saulo de Tarso. Por três dias ficou cego até que o temor do Senhor ocupou todo seu ser e sua alma foi aprisionada pelo amor ilimitado do Salvador e Senhor (Atos 9). Com sua alma humilhada e quebrantada, Paulo pode afirmar doravante que ele era o principal dos pecadores (1Timóteo 1:15). Tomemos aquele ladrão que se convertera na cruz, conforme o relato de Lucas 23. Nada aquele homem estava presenciando acerca dos perigos eternos. Sua sentença de morte pairava sobre sua cabeça como algo normal, até que seus olhos foram abertos e aquela pobre alma contemplou o Salvador bendito à sua frente. Foi ali que um tolo se tornou sábio quando invocou o Nome do Senhor: “...lembra-te de mim quando entrares no teu reino!”.
Querido leitor, minha esperança é que o impetuoso e glorioso evangelho chegue agora inundando sua alma, trazendo o temor ao Senhor. Quando isso acontece você fica sozinho com Deus; o medo dos homens foge, sua culpa aparece e você passa a entender que no mundo não existe um pecador maior do que você. É nesse momento que há o encontro do perdido com o Deus de toda misericórdia!
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