terça-feira, 7 de junho de 2011

AS AFLIÇÕES DA ALMA (21) intensificando a busca "...levantar-me-ei, pois, e..."



“Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).
INTENSIFICANDO A BUSCA:     “...levantar-me-ei, pois, e...”
         Caro leitor estamos presenciando o esforço incomum da mulher na busca singular pelo Amado de sua alma. Ela foi pela sociedade, no meio dos parentes, amigos e família, mas não O achou. Mas a sua busca não paralisou ante as primeiras decepções. Imediatamente ela ignorou tudo e prosseguiu para a grande descoberta. Ela, então procurou informações com os guardas que rondavam a cidade. Estamos diante de uma lição impressionante a respeito daqueles que buscam a verdade de todo coração. A conversão é baseada em fatos bíblicos, porquanto caminho para o céu é nitidamente claro. O evangelho nada deixa de obscuridade, são fatos simples e claros de uma tão grande salvação e são dirigidos aos que têm ouvidos para ouvir. Ao percorrer o caminho iluminado que vai em direção à cruz, o pecador que anseia a salvação tem profundo discernimento daquilo que ouve e busca. Não tem libertação na mentira, mas sim na verdade (João 8:32).
         Após ter rodeado a cidade em busca do Amado é dito que ela não achou. Então ela persistiu saindo à noite e perguntando aos guardas que rondavam a cidade. Na meditação anterior pude mostrar como os guardas revelam a confiança que o mundo tem nos fortes, nos cultos e nos ricos. Foi isso o que Paulo mostrou para a igreja de Corinto: “Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados” (1Coríntios 1:26). O mundo deposita sua confiança naquilo que Paulo apresenta para os orgulhosos corintos: Sabedoria, poder e nobreza. Essas coisas representam os guardas que rondam e protegem este mundo.
         Quando a alma está em busca da verdade, ela investiga esses guardas. Pensemos na sabedoria deste mundo. Por acaso o mundo com toda sua pompa e orgulho de conhecimentos tem algo que dê resposta a uma alma com sede da verdade? Jamais! Os maiores intelectuais deste mundo, os grandes cientistas têm mostrado que “inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22). O mundo sempre foi assim, mudando sempre seus conceitos filosóficos e psicológicos. No decorrer dos séculos este mundo tem procurado mostrar a verdade e tem fracassado. É diante de seus livros e em suas pesquisas que eles têm dado as costas para a verdade bíblica. Não podem nem querem tolerar a linguagem simples, clara e inequívoca da Palavra de Deus, porque ela foi dirigida a homens e mulheres simples, cujos olhos e ouvidos foram abertos por Deus para conhecer as maravilhas oriundas da cruz.
         Em nossos dias o ataque à verdade tem partido especialmente de intelectuais “evangélicos”. São eles que têm duvidado da autenticidade das escrituras e da fé segura e absoluta que pertence ao povo eleito (Tito 1:1). O caminho pelo qual somente a fé pode percorrer não pode ser tolerado por aqueles que querem abrir um caminho melhor para o mundo chegar a Deus. Aquilo que parece reluzir como ouro, não passa de bijuteria para a alma que repousa na suficiência das Escrituras. O livro de Deus é suficiente para a fé que luta em busca do Amado salvador. Esses guardas mundanos nada têm para satisfazer a sede de uma alma sedenta pela verdade, como diz o autor de um antigo hino:
                                      Vim a Jesus e me prostrei, às águas e bebi
                               Jamais a sede sentirei estando sempre aqui.

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