segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O AMOR DE CRISTO PELA SUA NOIVA (15)



“...ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5-7).
A NOSSA ORIGEM NO PECADO (continuação):
         Prezado amigo, grande é nossa jornada no conhecimento dessa passagem tão significante para nossas vidas. Estamos perante o fato que Cristo amou Sua igreja e se entregou por ela. Por causa desse amor tão grandioso, inexplicável e incomparável, a igreja é chamada à santidade; é convidada a considerar sua condição anterior e sua submissão agora ao Rei.
         Nossa atenção agora se focaliza na frase: “Debaixo da macieira te despertei...”. Estamos perante a poderosa doutrina da graça irresistível, ensino tão humilhante para nossa natureza terrena, tanto quanto a doutrina do pecado. Eis aí a maneira como o evangelho chega aos pecadores e a condição na qual os homens são achados. A linguagem do Velho Testamento chama nossa atenção para a verdade revelada claramente no Novo Testamento: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados” (Efésios 2:1). Incrível, mas é essa a situação dos homens que ainda não foram salvos – estão mortos! Não é que estão quase mortos, estão realmente mortos! Nada fazem e nada podem fazer no tocante a Deus, assim como um defunto que nada fala, nada sente, nada vê, assim é o homem no pecado. Em relação a Deus nada vê da Sua glória (Romanos 3:23), nada sente de amor e prazer por Deus e não tem qualquer disposição para obedecer e servir a Deus.
         É triste a situação de muitos que estão dentro das igrejas, carregando o nome de que vivem, mas estão mortos (Apocalipses 3:1)! Milhares pensam que têm a vida que há somente no Filho de Deus; acham que uma igreja, o batismo, um bom ambiente religioso, bênçãos materiais são provas evidentes de que acharam vida. Ainda estão mortos! No íntimo estão longe de Deus e da Sua glória e a vida mostra isso, com uma frieza e apatia no tocante a Palavra de Deus e santidade prática. A verdade permanece que Cristo chama os pecadores mediante o poder do evangelho verdadeiro. Não o evangelho adocicado de hoje; não o evangelho conforme o programa maligno e mentiroso da nova era, o evangelho socializado de hoje, mas sim a poderosa e insofismável Palavra da verdade, da justiça, o evangelho que humilha o homem e que chama pecadores do túmulo do pecado para a vida que há no Filho, assim como Cristo chamou Lázaro dentre os mortos (João 11:).
         Notemos bem que é assim que Deus chama pecadores ao arrependimento. Ele mesmo comunica essa verdade ao Seu povo no Velho Testamento: “Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Isaías 43:1). Essa verdade aparece de uma maneira ainda mais significativa em Jeremias 31:3: “Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí...”. Veja amigo como foi a chamada de Mateus. O Senhor apenas disse: “Segue-me”, e aquele cobrador de impostos levantou-se e passou a seguir o Senhor (Mateus 9:9). Não há poder no homem; não há fé em potencial no homem. No evangelho da glória de Cristo tem tudo para que o pecador seja arrancado da morte para a vida (João 5:24).
         Amigo leitor, sem a mensagem santa desse evangelho bendito, os homens continuarão no mesmo trajeto de iniqüidade, com seus corações em franca inimizade contra Deus. Se não houver o chamado eficaz, a alma continuará deleitando-se no pecado e caminhando na falsa paz para o abismo de terror eterno. Bendito o pecado cujo coração é despertado para ouvir a verdade do evangelho! Bendita a alma que é levada ao desespero, ao reconhecimento de sua intensa culpa e da necessidade do Salvador bendito! Cristo veio ao mundo para salvar e está salvando todo aquele que o Pai lhe entrega (João 6:37)!

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