Salmo 107
Amigo leitor estou mostrando no salmo
107 aquilo que o grande Deus faz e está fazendo em favor das almas que neste
deserto mundano peregrinam procurando um lar, um lugar de habitação permanente.
Essas pessoas estão descritas no verso 4 como almas que andam errantes pelo
deserto. Já falei sobre aqueles que buscam nos bens desta vida o lugar de
repouso. Falei sobre aqueles que buscam uma habitação permanente em possessões
financeiras. Agora quero tratar sobre aqueles que confiam nos homens.
A
alma errante neste mundo vive correndo aqui e ali buscando algo permanente,
algo que possa lhe proporcionar segurança, e muitos apoiam em confiar no homem,
mas eis que o Grande Deus se apresenta para esclarecer que a confiança no pobre
mortal é puramente engano e manifestação de falta de sabedoria. A exortação
proveniente do Sábio e perfeito criador é para não confiarmos naquele cujo
fôlego está no nariz, porquanto, não passa de um pobre miserável que nada pode
fazer em favor do próximo. “Maldito o homem que confia no homem e que faz da
carne mortal o seu braço,” e quantos homens e mulheres têm apoiado suas vidas
nesses frágeis galhos, sem saber que estão armando ciladas para suas pobres
almas. Tal confiança um dia poderá tornar um verdadeiro vendaval para a alma,
porquanto morrendo o homem, morre com ele toda esperança e toda expectativa de
qualquer benefício.
Confiar
no esposo, na esposa, nos pais, nos amigos, nos poderosos deste mundo,
construindo assim o alicerce de suas vidas em cima de barro, manterá a pobre
alma vazia e vagueando neste deserto mundano sem nunca encontrar abrigo seguro
e certo. Mas muitos são as almas que peregrinam nesta vida, conforme diz o
salmo 107, andando errante pelo deserto, aflitas, desesperadas porque ainda não
acharam uma cidade de habitação permanente. E essas pobres almas peregrinam
errantes porque nada daqui satisfaz. Então o príncipe deste mundo se projeta lá
adiante bem enfeitado como um deus atraente, trazendo consigo uma idéia melhor
e mais fascinante que possa manter as almas enlaçadas e atreladas no seu
domínio, sem que essas almas percebam. Elas continuam errantes no deserto e vão
ficar assim nesta vida sempre enganadas e iludidas, vivendo de sonhos,
fantasias e ilusões.
O
verso 4 afirma que essas almas andam extraviadas por ermos caminhos. Andam por
lugares perigosos, cheios de armadilhas. Nesses caminhos escuros do deserto
mundano em que essas almas se encontram; tudo aquilo que parece ser belo e
agradável, tem curta duração; todo paraíso termina em choro; tudo aquilo que
parecia ser vida acaba em luto; tudo aquilo que era tesouro termina resultando
em ferrugem porque tudo acaba, é exatamente isso o que o escritor de Eclesiastes
queria explicar no primeiro capítulo. Ele fez exatamente o que os peregrinos
desta vida fazem. Procurou construir seu paraíso aqui com tudo o que almejava
possuir. Ele afirma que tudo o que era agradável para seus olhos e para sua
carne, ele conseguiu, mas sua conclusão que tudo não passava de uma louca
correria tentando agarrar o vento.
Amigo,
será que tu és uma alma que peregrina neste mundo sem ter achado um lugar de
habitação permanente para tua alma? Vê amado, como o Deus da verdade descobre
tua situação, mostrando aquilo que ninguém deste mundo pode descobrir e que nem
mesmo tu compreendeste! Talvez tu tenhas corrido procurando entre os
conselheiros deste mundo algum psiquiatra que consiga invadir o território de
tua alma, mas tem sido em vão, porquanto quem é o homem mortal que possa
penetrar no recôndito de teu coração e descobrir o mal que domina e te deixa
nessa situação desesperadora?
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