terça-feira, 18 de novembro de 2014

OS PODEROSOS FEITOS DA GRAÇA (11)



 Salmo 107
Amigo leitor estou mostrando no salmo 107 aquilo que o grande Deus faz e está fazendo em favor das almas que neste deserto mundano peregrinam procurando um lar, um lugar de habitação permanente. Essas pessoas estão descritas no verso 4 como almas que andam errantes pelo deserto. Já falei sobre aqueles que buscam nos bens desta vida o lugar de repouso. Falei sobre aqueles que buscam uma habitação permanente em possessões financeiras. Agora quero tratar sobre aqueles que confiam nos homens.
                                    A alma errante neste mundo vive correndo aqui e ali buscando algo permanente, algo que possa lhe proporcionar segurança, e muitos apoiam em confiar no homem, mas eis que o Grande Deus se apresenta para esclarecer que a confiança no pobre mortal é puramente engano e manifestação de falta de sabedoria. A exortação proveniente do Sábio e perfeito criador é para não confiarmos naquele cujo fôlego está no nariz, porquanto, não passa de um pobre miserável que nada pode fazer em favor do próximo. “Maldito o homem que confia no homem e que faz da carne mortal o seu braço,” e quantos homens e mulheres têm apoiado suas vidas nesses frágeis galhos, sem saber que estão armando ciladas para suas pobres almas. Tal confiança um dia poderá tornar um verdadeiro vendaval para a alma, porquanto morrendo o homem, morre com ele toda esperança e toda expectativa de qualquer benefício.
                                    Confiar no esposo, na esposa, nos pais, nos amigos, nos poderosos deste mundo, construindo assim o alicerce de suas vidas em cima de barro, manterá a pobre alma vazia e vagueando neste deserto mundano sem nunca encontrar abrigo seguro e certo. Mas muitos são as almas que peregrinam nesta vida, conforme diz o salmo 107, andando errante pelo deserto, aflitas, desesperadas porque ainda não acharam uma cidade de habitação permanente. E essas pobres almas peregrinam errantes porque nada daqui satisfaz. Então o príncipe deste mundo se projeta lá adiante bem enfeitado como um deus atraente, trazendo consigo uma idéia melhor e mais fascinante que possa manter as almas enlaçadas e atreladas no seu domínio, sem que essas almas percebam. Elas continuam errantes no deserto e vão ficar assim nesta vida sempre enganadas e iludidas, vivendo de sonhos, fantasias e ilusões.                     
                                    O verso 4 afirma que essas almas andam extraviadas por ermos caminhos. Andam por lugares perigosos, cheios de armadilhas. Nesses caminhos escuros do deserto mundano em que essas almas se encontram; tudo aquilo que parece ser belo e agradável, tem curta duração; todo paraíso termina em choro; tudo aquilo que parecia ser vida acaba em luto; tudo aquilo que era tesouro termina resultando em ferrugem porque tudo acaba, é exatamente isso o que o escritor de Eclesiastes queria explicar no primeiro capítulo. Ele fez exatamente o que os peregrinos desta vida fazem. Procurou construir seu paraíso aqui com tudo o que almejava possuir. Ele afirma que tudo o que era agradável para seus olhos e para sua carne, ele conseguiu, mas sua conclusão que tudo não passava de uma louca correria tentando agarrar o vento.
                                    Amigo, será que tu és uma alma que peregrina neste mundo sem ter achado um lugar de habitação permanente para tua alma? Vê amado, como o Deus da verdade descobre tua situação, mostrando aquilo que ninguém deste mundo pode descobrir e que nem mesmo tu compreendeste! Talvez tu tenhas corrido procurando entre os conselheiros deste mundo algum psiquiatra que consiga invadir o território de tua alma, mas tem sido em vão, porquanto quem é o homem mortal que possa penetrar no recôndito de teu coração e descobrir o mal que domina e te deixa nessa situação desesperadora?
                                   

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