“E qualquer que escandalizar um destes
pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma
grande pedra de moinho e que fosse lançado no mar. ....ires para o inferno,
para o fogo que não se acaba” (MARCOS 9:42-50)
INTRODUÇÃO:
Amado leitor é meu prazer tomar a
Palavra de Deus e pregar a respeito de um tema tão desconhecido em nossos dias.
A ignorância acerca do inferno é tanta que o assunto não causa qualquer temor,
além de ser usado como alvo de zombaria e motejo. Acredito que até mesmo entre
os evangélicos modernos, muitos acreditam que o inferno não passa de um mito,
ou mesmo que Deus já tem enviado um “corpo de bombeiro celestial” e apagou o
fogo.
Talvez vocês tenham ouvido a respeito
do inferno, mas como um mito e não como um fato; mais como uma diferença de uma
vida boa agradável aqui em contraste com um viver cheio de problemas. Mas quero
pregar neste como um fato, especialmente porque o próprio Senhor Jesus tratou
desse assunto e advertiu seus ouvintes para os perigos que aguardavam suas
almas, caso eles não se arrependessem.
Outra razão que trago esse assunto aqui
é porque vocês não ouvirão a respeito desse assunto em nossos dias. Não é um
tema que os sofisticados pregadores modernos ousam falar, porque, segundo eles,
não eleva a estima do homem e nem ajuda o homem. Mas venho dizer-lhes que é um
dos assuntos mais proeminentes nas Escrituras, porquanto a Palavra de Deus
destaca os juízos de Deus. Digo que todas as ameaças de Deus são avisos
terríveis acerca do inferno. Nosso Deus também fala mais acerca do inferno do
que sobre o céu. Em livros como Salmo vemos como o assunto é destacado em
solene advertência aos ímpios. Vemos no livro de Jó como o assunto sempre foi
conhecido e tratado como um fato. Jó menciona o assunto no cap. 26. Pensamos
enganosamente que não é sabedoria falar do inferno, mas o livro de Provérbios
fala a respeito desse lugar, para onde vão os insensatos e tolos.
Poderia gastar mais tempo usando o
espaço para mostrar como esse tema nunca foi assunto controvertido, mas sim uma
mensagem tão normal quanto qualquer outra apregoada pelos servos de Jeová.
Também, quando acontecem avivamento e conversões de almas em abundância,
certamente o temor ao Senhor marca os corações de homens e mulheres com o fato
que eles correram para o Salvador com medo do inferno. Foi isso o que ocorreu
quando o grande João Batista pregou e viu as multidões chegando apreensivas e
amedrontadas. Sua mensagem não poupou ninguém e todos viam que logo cairia
sobre eles a punição, caso eles não se arrependessem: “...Raça de víboras, quem vos
ensinou a fugir da ira vindoura?” (Mateus 3:7).
Enfim, mesmo que não usasse o termo
“inferno”, as mensagens dos apóstolos e de todos os santos servos do Senhor sempre
traziam consigo a ideia. Quando pregou para Félix na prisão, ao falar sobre o
juízo vindouro, Paulo referia ao inferno, por isso o governador saiu dali com
medo. No avivamento ocorrido em Tessalônica aqueles convertidos abandonaram
seus ídolos e passaram a servir ao Senhor, a fim de escapar da Ira vindoura
(1Tessalonicenses 1:10).
Não fiquemos a pensar que é falta de
amor pregar sobre esse tema, pois assim estaríamos declarando que Deus é cruel
e sua mensagem é destituída de consolo e ajuda. Estaríamos declarando que
homens santos de Deus, grandemente usados para proclamar a mensagem nada tinham
desse sentimento, pois eles sempre falavam do inferno, dos ais e da Ira de
Deus. É falta de amor deixar de pregar toda verdade, todo conselho e
advertência de Deus. Esse sentimentalismo meloso e apimentado de humanismo tem
mantido os homens aprisionados em seus pecados e caminhando para um destino
aterrorizante, tudo por falta de conhecimento do Deus que se revelou nas
Escrituras Sagradas.
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