:“...e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44)
A GLORIOSA OBRA DA RESSURREIÇÃO VISTA NOS
SALVOS:
Caro
leitor, ao tratar acerca do cenário tão sombrio deste mundo sei que não tratei
de tudo, porquanto o assunto não somente é vasto, como também sei que sou
incapaz e tão limitado para mostrar a amplitude desse império onde o pecado e a
morte dominam. Por outro lado creio que não preciso avançar tanto, pois
habitamos aqui e sabemos o que realmente significa a miséria do pecado em nossa
própria experiência.
A
partir de agora devemos ver os encantos da maravilhosa obra da ressurreição. O
que Cristo fez nos proporciona é exatamente aquilo que todos nós precisamos
saber, pois tem o efeito contrário daquilo que o pecado trouxe. Mas sei,
contudo, que esse cenário de luz e maravilhas eternas e perfeitas conquistadas
por Cristo certamente não podem ser vistas pela incredulidade; milhares neste
mundo estão cegos pelo pai da mentira; milhares nada enxergam, senão aquilo que
o mundo lhes oferece e que logo é dissipado com o tempo e com a chegada da
morte eterna. Mas importa que levemos essas verdades a todos, pois o Deus de
compaixão ainda está em atuação; Ele, somente Ele é capaz de fazer os cegos
enxergarem; de mostrar ao mundo o quanto até mesmo a incredulidade mórbida
depende inteiramente dessas maravilhas para aqui respirar e viver.
Caro
leitor precisamos saber que a salvação outorgada por Cristo aos pecadores
convertidos é mais do que a bênção de morar no céu. Deus deixou um povo aqui e
esse povo é o POVO DA RESSURREIÇÃO; esse povo mostra os sinais da graça, da
bondade, da justiça e do amor eterno neste mundo; esse povo é a nação santa que
peregrina no meio das nações e representa aqui uma pequena parcela das
maravilhas da Nova Jerusalém; esse povo traz consigo exatamente o oposto
daquilo que o pecado trouxe ao mundo – a morte; eles trazem consigo as
maravilhas eternas da ressurreição, mesmo que ainda não ressuscitaram. O fato é
que eles foram salvos e a vida do Filho está neles e essas verdades são de
incrível importância. Ó que o Senhor me conceda Sua graça para apresentar essas
verdades a todos os meus leitores! Quanto almejo que os santos sejam
fortalecidos! Quanto almejo que eles vejam como suas vidas são de valor
inimaginável neste mundo, caso andem de acordo com os princípios eternos.
A
primeira lição que desponta perante nossos olhos no que tange às maravilhas da
ressurreição é o fato que a ressurreição desfez o poder da morte.
O que nosso Senhor fez foi dar um golpe certeiro para anular completamente o
poder dessa “leoa faminta”. Quando Paulo trata sobre esse assunto em 1
Coríntios 15 ele faz a pergunta retórica: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”
O que isso significa? Ele, o Rei da glória foi sozinho até à cruz e ali
enfrentou a morte e matou a própria morte com a experiência da morte em seu
corpo. O mundo não pode e jamais poderá entender os mistérios da cruz,
porquanto o mundo vê aquilo que a mente natural recebe e entende. O mundo não
vê vitória na morte; não vê conquista em alguém que está morto. O que o mundo
inteiro viu na cruz foi exatamente aquilo que queria ver e que pode celebrar a
derrota do justo e assim tratá-lo como um mero defunto e como um coitado. A
verdadeira guerra estava oculta dos olhos carnais de um Pôncio Pilatos, de um
Herodes, dos religiosos de Israel e de todo ajuntamento blasfemo. O mundo viu
na cruz o que todos veem quando um homem qualquer morre.
Mas,
o que ali ocorreu foi a batalha enfrentada pelo Autor da vida e contra Ele a
morte nada poderia fazer. Ele sozinho foi onde nem Pedro, nem Paulo, nem Maria
nem qualquer outro poderia entrar. Foi o portentoso Senhor, o Deus forte que
enfrentou a rainha dos terrores e ali a venceu e arrancou-lhe seu instrumento
de trabalho – o aguilhão. Tudo isso foi feito para marcar o fim do reinado do
pecado, do diabo, da morte e do inferno, a fim de que o povo eleito pudesse escapar do eterno sofrimento.
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