sexta-feira, 14 de março de 2014

A PACIÊNCIA DE DEUS (20)




Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 PEDRO 3:9)
A DEMONSTRAÇÃO DA PACIÊNCIA:
Caro leitor estamos chegando ao final da exposição desse texto tão maravilhoso e revelador. Mas, ainda têm algumas considerações em torno da DEMONSTRAÇÃO DA PACIÊNCIA DE DEUS. Não restam dúvidas de que toda essa manifestação de longanimidade do Senhor durante todos esses anos tem como propósito alcançar pecadores. Vemos que Ele comunica isso a esses pecadores; vemos que em todas as gerações todos aqueles que são salvos ficam sabendo dessa verdade. Veja que o termo “convosco” explica isso, pois em todo tempo e em todos os lugares os santos de Deus são informados acerca dessa verdade, pois Deus abriu seus ouvidos e eles agora conseguem ouvir as maravilhas eternas reveladas somente a eles.
         Por fim, mostro que Deus demonstra Sua paciência, porquanto Sua força é manifestada em levar os pecadores ao lugar certo: “...ao arrependimento”. Por que isso? Por que nosso Senhor não leva os pecadores de imediato a crê Nele? Tenho uma explicação que a considero plausível, pois tenho todo apoio das Escrituras. Com esse evangelho tão frouxo e barato, a necessidade de arrependimento tem sido colocada de lado, ou até mesmo completamente ignorada. Muitos dizem que arrependimento é sinônimo de fé, mas considero esse argumento como mentira e digo mais que é um caminho realmente monstruoso no trato com os pecadores. Nosso Senhor sempre pregou ao povo acerca da necessidade de arrependimento; sempre procurou levar homens e mulheres ao lugar certo – à humilhação, a fim de falar-lhes ao coração. Foi essa a mensagem de João Batista e de todos os profetas. Nunca eles primeiramente elevaram a fé, mas sim mexiam com a natureza enganosa do homem, até que eles sentissem sua miséria.
         Caro leitor, eu tenho muitos argumentos bíblicos que provam o ensino de que ninguém pode realmente crer em Cristo de forma salvadora, sem que antes conheça e experimente o arrependimento. É claro que as circunstâncias diferem de pessoa para pessoa. O que ocorreu com Saulo na conversão, não foi o mesmo que ocorreu com outros. Mas a verdade é que todos os salvos foram salvos porque foram humilhados e é nessa condição, nesse território que o Senhor vem falar aos corações de homens e mulheres. Realmente não creio que um mero crê, uma mera decisão mental, um simples levantar de mão num culto leva alguém à salvação imediata. Veja bem que há ocasiões em que isso realmente ocorre, devido ao fato que a pessoa que fez a decisão, levantou a mão e foi à frente era alguém realmente arrependido, pois se humilhou e creu em Cristo para sua eterna salvação.
         Quero que meus leitores fiquem sabendo que sou totalmente contra uma salvação feita tendo como base uma livre decisão do homem, focado apenas na decisão. Normalmente essa fé é como uma vela acesa, pois logo apaga quando toda cera é derretida. Temos visto os efeitos disso nas igrejas, pois elas estão cheias de elementos sem qualquer sinal de vida espiritual, sem amor, sem santidade, pois vivem de forma mundana. A fé por si mesma não tem qualquer efeito, ela é morta (Tiago 2:19). A fé sem a atuação do Espírito de Deus é como uma lâmpada queimada, como um belo carro sem motor, como uma bateria pifada. O evangelho moderno tem lidado com essa fé intelectual, e os resultados são terrivelmente desastrosos.
         O leitor atento há de perceber que nosso Senhor jamais lidou com os homens assim, pois normalmente Ele lançava embaraços no caminho. Quando falou com aquele homem rico que tanto queria um lugar no céu (Lucas 18), nosso Senhor foi até seu coração e descobriu que lá dentro havia um verdadeiro foco de idolatria, pois aquele homem era um amante da riqueza. Por esse fato ele simplesmente deu às costas para o Senhor e foi embora, quando viu que o caminho rumo ao céu era somente para aqueles que são chamados da morte para a vida.

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