“Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos
6:23.
Prezado leitor, que preciosa verdade
revelada nesse verso tão conhecido! Mergulhemos nas profundezas da revelação
dada a nós por esse Deus riquíssimo em misericórdia! Conheçamos o império das
trevas, porquanto é ali que Deus está exibindo a portentosa força da Sua graça,
chamando pecadores da morte para a vida! Estou certo que este tema não é aceito
pelo orgulhoso, mas o fato é que esse segredo Deus revela aos humilhados de
coração; aos que foram feridos pela espada do Espírito, mas sentiram o impacto
da graça salvadora em suas vidas.
Estamos vendo que no império das trevas
a morte faz exatamente o oposto do pecado. Enquanto o pecado faz seu trabalho
ludibriador nos corações escravizados, a morte mostra a triste realidade do
resultado do pecado. Não esqueçamos que o salário de qualquer pecado é sempre a
morte. O que parece ser amor desaparece dando lugar ao ódio; o que parece ser
força revela ser fraqueza e covardia; o que parece ser paraíso é transformado
em terror e constante atitude de fuga.
Vejamos o que resultou da atitude de
Caim, conforme o relato de Gênesis 4. O pecado encheu seu coração de
arrogância, quando resolveu não aceitar o mesmo tipo de sacrifício oferecido
pelo seu irmão Abel. Caim estava ciente que era um pecador, mas seu ego fora
enaltecido pelo pecado; seu tipo de religiosidade foi erigido por ele mesmo no
coração, nada de humilhação perante o Deus justo e verdadeiro; nada de
reconhecimento de sua culpa. Abel, entretanto, reconheceu que precisava de um
substituto que ocupasse o seu lugar morrendo por ele, a fim de que fosse aceito
e salvo. Caim brincou com Deus ao fabricar seu próprio sistema religioso, não
aceitando o sangue para a remissão de seus pecados.
Qual foi o salário do pecado como
resultado da arrogância e desobediência de Caim? Eis que a raiva contra seu
irmão sobe ao coração. Até aquele momento Abel andava com ele, era irmão e
amigo. Mas agora tudo mudou, porque a conversão de Abel significava que não
seria mais participante da mentalidade errônea de seu irmão, que não andaria
mais pela mesma vereda tortuosa. Agora as trevas passaram a perseguir a luz; a
fúria de um coração rebelde passou a atacar um simples e humilde crente. Por
que Abel buscou o caminho certo? Porque almejava ir para o Paraíso, queria
estar livre da culpa do pecado. Onde está o covarde Caim? Eis que agora não
passa de ser uma presa fácil da morte. Ele foi algemado pelo medo, achando que
podia fugir para longe de Deus, sem saber que estava indo em direção ao juízo.
Prezado leitor, ninguém escapa do
castigo do pecado; ninguém consegue estruturar sua vida na prática da
iniqüidade; não há liberdade no pecado, pelo contrário, os grilhões da morte
aprisionam a mente, as emoções e a vontade; é poderosa a força que puxa de
volta para servir ao pecado naquilo que o pecado quer. Meu amigo pense no mal
que advém do pecado! Um homem escravizado na imoralidade sexual há de levar
para sua casa o salário recebido em seus atos libidinosos. Agora sua família
sofre com num ambiente de ódio, desrespeito e insegurança. É isso que o pecado
promove. O que faz um homem escravizado ao álcool? Que felicidade estará
concedendo à sua família? Como o pecado engana alguém escravizado nas drogas! O
paraíso é ilusório, momentâneo. A tragédia da morte mostra que já enfiou suas
garras, e que aquela alma é seu prisioneiro.
Meu amigo, talvez você esteja nessa
triste situação, reconhecendo sua culpa diante de Deus, agora vendo que não
passa de um prisioneiro do pecado, camuflando sua situação com atividades
religiosas, ou mesmo tentando mudar por si mesmo. Abel viu sua situação de um
réu culpado e buscou a resposta em Deus. Quando ofereceu um sacrifício de um
cordeiro imolado estava confessando a sua culpa e reconhecendo a provisão de
Deus por meio de um substituto. Cristo é o Cordeiro de Deus, e Seu sangue
purifica o pecador de todo pecado. Chegue a Ele em sincera confissão para obter
seu perdão, purificação e libertação do pecado e da morte.
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