“A tua benignidade,
Senhor, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade. A tua justiça é
como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo” (Salmo
36:5,6)
CONHECENDO O GRANDE DEUS. (introdução)
Prezado
leitor, que nossos corações venham estar encantados com a verdade revelada
neste salmo! Eu sei quão aterrorizante foi conhecer nossos próprios corações!
Mas sei o quão necessário é que sejamos humilhados pela própria verdade, porque
sem que isso aconteça, nunca haverá em nós qualquer interesse em conhecer nosso
Deus. Somos inclinados a viver embevecidos pela nossa própria grandeza;
constantemente ostentamos nossos troféus de justiça própria. Que saibamos o
quanto isso é perigoso! Qual é a solução, senão prostrar-nos diante da poderosa
doutrina da depravação total? Precisamos reconhecer que não há sequer uma
gotícula de justiça em nós que agrade ao Senhor. Se você leitor é um crente,
deve saber que somos o que somos somente pela graça; que fomos aceitos no
Amado, do contrário nosso merecimento em Adão é o castigo eterno, e provamos
isso no passado pela maneira ímpia que vivíamos ofendendo ao Soberano Senhor.
Os
versos a seguir nos elevam ao conhecimento do Deus que se revelou a nós. É algo
que deve romper os corações humilhados de profunda devoção, respeito, adoração
e admiração ao Senhor. Que contraste vemos entre o homem e Deus! Cada vez que
examino uma passagem como esta, meu coração ferve de desejo em tornar mais
conhecido o Deus da revelação bíblica. Nesses dias de completo desinteresse
pela verdade, quando vemos os interesses humanos sendo tão relevantes até mesmo
dentro de igrejas evangélicas, e o conhecimento a respeito do Todo Poderoso sendo
colocado como algo obsoleto tenho que pregar em textos como este do salmo 36.
Prezado
leitor precisamos voltar para o Deus da bíblia, porquanto em nada seremos
beneficiados se estivermos voltados aos homens. Se é maldição confiar no homem,
certamente é bendito o homem que confia no Senhor, e este salmo nos leva a
conhecer a respeito de Deus, aquilo que todos devem saber, porque nos foi
revelado: A) Sua misericórdia B) Sua verdade C) Sua justiça D) Seu juízo. Agora
é o momento para que juntos analisemos o que está escrito nesses dois versos.
Eles formam o alicerce para que entendamos o restante desse salmo. Na versão
atualizada aparece a palavra benignidade, mas no texto da
septuaginta é usada a palavra misericórdia: “A tua
misericórdia, Senhor, chega até aos céus...”. Em seguida, eis a próxima frase: “...até
às nuvens a tua fidelidade...”. De novo apelo para a septuaginta onde o termo
usado é verdade, e não fidelidade. Em terceiro lugar vemos a
justiça a qual é comparada às “montanhas de Deus”.
Por fim temos os juízos de Deus que são comparados a um “abismo
profundo”.
Para
que aprendamos a respeito da diferença entre Deus e o homem, o Espírito Santo coloca
perante nossos olhos esses quatro termos: Misericórdia,
verdade, justiça e juízo.
Deu para perceber que a respeito do Deus da revelação é exatamente isso que
precisamos conhecer? Minha tarefa consiste em explicar a razão disso. A
misericórdia aparece em primeiro lugar, porque Deus está lidando neste mundo na
base da Sua misericórdia. Veja leitor, no Salmo 136, como cada verso termina
com a frase: “Porque a sua misericórdia dura para sempre”. A misericórdia é
como o sol que espalha seus raios em todas as direções. Jeremias entendeu isso
quando chorava entre as ruínas de Jerusalém destruída pelos babilônios: “As
misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim” (Lamentações 3:22). O próprio termo está apontando
para a condição miseravelmente culpada do homem, e que não tem outra razão de
Deus atuar neste mundo, senão em estender Sua compaixão a pecadores indignos, a
fim de salva-los dos seus pecados.
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