quarta-feira, 19 de junho de 2013

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (19)




“A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade. A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo” (Salmo 36:5,6)
CONHECENDO O GRANDE DEUS. (introdução)
         Prezado leitor, que nossos corações venham estar encantados com a verdade revelada neste salmo! Eu sei quão aterrorizante foi conhecer nossos próprios corações! Mas sei o quão necessário é que sejamos humilhados pela própria verdade, porque sem que isso aconteça, nunca haverá em nós qualquer interesse em conhecer nosso Deus. Somos inclinados a viver embevecidos pela nossa própria grandeza; constantemente ostentamos nossos troféus de justiça própria. Que saibamos o quanto isso é perigoso! Qual é a solução, senão prostrar-nos diante da poderosa doutrina da depravação total? Precisamos reconhecer que não há sequer uma gotícula de justiça em nós que agrade ao Senhor. Se você leitor é um crente, deve saber que somos o que somos somente pela graça; que fomos aceitos no Amado, do contrário nosso merecimento em Adão é o castigo eterno, e provamos isso no passado pela maneira ímpia que vivíamos ofendendo ao Soberano Senhor.
         Os versos a seguir nos elevam ao conhecimento do Deus que se revelou a nós. É algo que deve romper os corações humilhados de profunda devoção, respeito, adoração e admiração ao Senhor. Que contraste vemos entre o homem e Deus! Cada vez que examino uma passagem como esta, meu coração ferve de desejo em tornar mais conhecido o Deus da revelação bíblica. Nesses dias de completo desinteresse pela verdade, quando vemos os interesses humanos sendo tão relevantes até mesmo dentro de igrejas evangélicas, e o conhecimento a respeito do Todo Poderoso sendo colocado como algo obsoleto tenho que pregar em textos como este do salmo 36.
         Prezado leitor precisamos voltar para o Deus da bíblia, porquanto em nada seremos beneficiados se estivermos voltados aos homens. Se é maldição confiar no homem, certamente é bendito o homem que confia no Senhor, e este salmo nos leva a conhecer a respeito de Deus, aquilo que todos devem saber, porque nos foi revelado: A) Sua misericórdia B) Sua verdade C) Sua justiça D) Seu juízo. Agora é o momento para que juntos analisemos o que está escrito nesses dois versos. Eles formam o alicerce para que entendamos o restante desse salmo. Na versão atualizada aparece a palavra benignidade, mas no texto da septuaginta é usada a palavra misericórdia: “A tua misericórdia, Senhor, chega até aos céus...”. Em seguida, eis a próxima frase: “...até às nuvens a tua fidelidade...”. De novo apelo para a septuaginta onde o termo usado é verdade, e não fidelidade. Em terceiro lugar vemos a justiça a qual é comparada às “montanhas de Deus”. Por fim temos os juízos de Deus que são comparados a um “abismo profundo”.
         Para que aprendamos a respeito da diferença entre Deus e o homem, o Espírito Santo coloca perante nossos olhos esses quatro termos: Misericórdia, verdade, justiça e juízo. Deu para perceber que a respeito do Deus da revelação é exatamente isso que precisamos conhecer? Minha tarefa consiste em explicar a razão disso. A misericórdia aparece em primeiro lugar, porque Deus está lidando neste mundo na base da Sua misericórdia. Veja leitor, no Salmo 136, como cada verso termina com a frase: “Porque a sua misericórdia dura para sempre”. A misericórdia é como o sol que espalha seus raios em todas as direções. Jeremias entendeu isso quando chorava entre as ruínas de Jerusalém destruída pelos babilônios: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3:22). O próprio termo está apontando para a condição miseravelmente culpada do homem, e que não tem outra razão de Deus atuar neste mundo, senão em estender Sua compaixão a pecadores indignos, a fim de salva-los dos seus pecados.

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